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No fim de tarde de hoje não foi possível ver o pôr do sol, porque o céu apresentava densas nuvens escuras que prometiam chuva

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No fim de tarde de hoje não foi possível ver o pôr do sol, porque o céu apresentava densas nuvens escuras que prometiam chuva. A temperatura estava baixando e o vento começava a soprar forte, balançando as poucas árvores dispostas no estacionamento da escola. Estou na entrada da escola, ainda pensando se vou para casa ou espero para ver o que aquele vampiro pretende fazer.

Pequenas gotas de chuva começam a cair pelo local e molhar o espaço em que estou. O ar frio que toca minha pele se faz despercebido pela inquietude que começo a ter por estar indecisa a ficar ou ir embora. Mas decido ir, pela chuva ter começado a engrossar e eu já ter perdido as esperanças de que aquele garoto apareça. 

Já dentro do carro, Levi aparece de surpresa batendo no vidro do motorista, seus cabelos estão quase encharcados e gotas escorrem de seu rosto enquanto a chuva cai com força sobre sua jaqueta de couro preto.

— Manson! — Abro o vidro. — Está fugindo de novo?

— Você demorou.

— Eu estava ocupado com outra pessoa.

— Ela deve ser muito importante para você ter se atrasado tanto — Quase tampo minha boca, me arrependendo do que falei. Devo ter parecido uma pessoa ciumenta.

— Isso quer dizer que ficou me esperando? — Ele arqueia uma sobrancelha e sorri, convencido. — Mas… voltando ao que interessa, pode descer do carro e me acompanhar? Vou precisar da sua ajuda.

O interior da escola já está submerso na escuridão pelo tempo fechado lá fora, por isso, antes de ir mais afundo, eu ligo a lanterna do meu celular e clareio meu campo de visão, mas fico confusa ao notar o corredor vazio. Ele teve a audácia de me deixar plantada mais uma vez?!

— Levi? — chamo-o. — Seu vampiro falsificado onde se meteu?!

Dou passos para trás iluminando nossa trajetória para ver onde as pegadas molhadas dele se acabam, até que de repente algo me impede de andar. Viro-me rapidamente para o empecilho fazendo o mesmo movimento com meu guarda-chuva para usá-lo como arma, mas uma mão para a minha ação de defesa.

— Caramba, Manson! Não imaginava que tinha tanto ódio por mim — Levi solta meu guarda-chuva quando clareio seu rosto para ter certeza de que é ele, e seus olhos vermelhos inconfundíveis acalmam minha adrenalina momentânea.

— Pensei que fosse alguém perigoso — Abaixo o guarda-chuva.

— Manson… existe alguém mais perigoso que um vampiro?

— Ah…

Já estou tão acostumada que, por um instante, me esqueci desse detalhe sobre ele.

— O que há com essa resposta? Eu não pareço perigoso?

— Não… quer dizer, sim! Muito! — Ele ri.

— Gosto da sua sinceridade, Manson.

Minha boca se abre em milímetros por estar levemente chocada com sua fala. Todos sempre acharam minha  sinceridade um defeito, para mim ele não pensaria diferente dos demais.

Da Cor Do SangueWhere stories live. Discover now