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— Que…? — Minha voz quase não faz barulho por causa do choque ao ouvir sua pergunta repentina

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— Que…? — Minha voz quase não faz barulho por causa do choque ao ouvir sua pergunta repentina.

— Se eu beber seu sangue enquanto transamos, você não sentirá nenhuma dor.

— Mas seria minha primeira vez, então…  eu sentiria outro tipo de dor de qualquer maneira.

— Você nunca…? — Balanço a cabeça negativamente e ele suspira, soltando meu braço. — Esqueça, é melhor eu apenas descansar — Ele se distancia.

— Não, tudo bem — O agarro novamente para impedir que vá embora. — Eu teria que sentir a dor da primeira vez em algum momento.

— Sua primeira vez tem que ser especial, e não algo feito apenas para não sentir a dor de uma mordida.

— É só você fazer ela ser especial — Nos olhamos por longos segundos.

— Você é muito teimosa, Manson.

É quase imperceptível quando ele me puxa pela cintura, e com uma mão em minha nuca arrebata meus lábios para um beijo molhado e sedento. Nossas bocas tem o encaixe perfeito, como se fossem feitas sob medida um para o outro. 

Minhas mãos abraçam seu corpo enquanto ele faz nosso caminho até a beirada da cama, sem que paremos de nos beijar. Sua pele é macia e extremamente fria como a de alguém que já perdeu a vida. Mas seus arrepios me fazem lembrar de que ele ainda é uma pessoa como qualquer outra, e o meu toque tem reação sobre ele.

Paramos o beijo por um breve momento para tirar as nossas roupas. Ele me deita nua sobre os lençóis e permanece em pé, me observando. Minhas pernas permanecem fechadas pela vergonha, mas ele as abre para debruçar seu corpo sobre o meu. Seus beijos descem vagarosamente do meu pescoço para os seios, dos seios para o ventre, e do ventre para meu íntimo. Os movimentos habilidosos que ele faz com a boca e a língua naquela região, me proporcionam espasmos pelo corpo todo.

Tudo parece um sonho, o melhor sonho. Até que ele se prepara para se encaixar em mim, colocando uma camisinha que pegou da calça. Mas no seu primeiro avanço, a dor já se faz presente.

— Dói? — pergunta, parando o movimento ao notar minha feição. — É melhor pararmos.

— Não! — Enrosco meus braços em seu pescoço. Se ele tirar, vai doer mais ainda! — Eu aguento.

— Manson…

— Eu disse que aguento! — Ele suspira.

— Não se arrependa — Abafo meu grito com a mão quando ele entra de uma vez. — Aguente, Manson.

Seus movimentos se tornam repetitivos e a dor começa a sumir dando lugar ao prazer. Seu rosto excitado e o rosnar baixo de seus gemidos, me fazem agarrá-lo com mais força. Sinto seu baforar em meu pescoço e em seguida um líquido quente desce pela minha pele. Mas sequer tenho tempo de pensar na mordida quando meu quadril se ergue em sua direção, chegando ao ápice.

Acordo entristecida ao perceber que Levi já não está ao meu lado na cama. Apesar de me sentir abandonada também sinto alívio de não ter que encará-lo depois do que fizemos. 

Meu íntimo ainda sente as sensações da noite passada, como se tivesse sido marcada por ele. E o seu cheiro tomou posse da minha cama já que ele deitou-se nela esperando eu adormecer. Eu realmente gosto dele. Largo as memórias de lado e me levanto para o banho.

Depois de relutantemente deixar a água limpar todos os cheiros e sensações do meu corpo, começo a olhar-me no espelho do banheiro à procura de alguma marca de mordida no pescoço. Mas não há nenhuma. 

Agora, definitivamente, devo tomar cuidado com Jade. Se ela foi capaz de ferir Levi sem um motivo plausível, imagine o que ela faria com a pessoa que transou com ele, o que é um baita motivo para ela querer acabar comigo.

Ao voltar para o quarto, me deparo com os lençóis evidenciando duas manchas de sangue, uma da mordida e a outra da minha virgindade perdida. Droga! Os junto em um saco de lixo e, ao perceber que não há ninguém em casa, jogo na lixeira lá fora.

Após me vestir, decido ir à uma loja de camping, pois já perdi o horário da escola e ouvir de Levi que a prata pura é um veneno para vampiros, me fez querer comprar alguma arma desse material para me proteger desses seres. 

— Bom dia, posso ajudar? — Uma mulher me atende quando entro no local.

— Tem alguma arma branca de prata pura aqui?

— Temos sim! Por aqui, por favor — A sigo até uma bancada de vidro onde estão expostos canivetes. — Esse aqui é o mais puro, 100% prata — Ela mostra um dos canivetes que pegou do expositor.

— Vou levar esse — digo, sorrindo.

Agradeço a moça atenciosa por ajudar na minha procura e quase saio dali. Quase, pois uma lâmina atravessa o ar em frente aos meus olhos, me vejo sendo atingida por ela, mas por milímetros de distância eu me salvo dessa quando ela atinge o alvo de dardos na parede do lado contrário de onde veio. Meu coração congela por poucos segundos, assustado com minha quase morte, e meus olhos procuram quem lançou o objeto cortante. Para meu desagrado, avisto Jade com um sorriso convencido no rosto perto de uma das bancadas de atendimento.

— Ei!! Não saia jogando as coisas assim! Podia ter ferido alguém! — diz um homem que trabalha ali.

— Infelizmente, não feri ninguém — O sorriso em seu rosto se torna assustador, chegando a me dar calafrios na espinha. 

Ela é completamente louca! Me apresso para sair, querendo manter aquela doente o mais longe possível.

Da Cor Do SangueWhere stories live. Discover now