Capítulo 43

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A conversa rola solta no nosso almoço do dia seguinte que estamos a passar junto com Alicia e Peter depois que ela o encontrou ocupado trabalhando no negócio que montaram. Para não deixar Alicia comendo sozinha, eu, Levi e Peter fomos forçados a comer comida de humanos mesmo que não tenha gosto de nada para nós. Enquanto isso, ficamos com inveja do pequeno Cristian com sua mamadeira de sangue fresco. Impressionantemente, ainda não senti fome ao ponto de ficar sedenta por sangue e acabar atacando alguém como daquela vez com Peter na casa do lago.

- Então sua escolha de nome foi Cristian? - Pergunta Peter.

- Exatamente! - Afirmo, orgulhosa.

- Sem querer me gabar, mas os meus nomes combinavam mais com ele. - Comenta Alicia.

- Eu fico com Cristian. - Diz Peter, levantando a mão como numa votação.

- Eu também. - Concorda Levi, também levantando a mão.

- Parece que eu ganhei. - Canto vitória sorrindo para Alicia que bufa com sua derrota enquanto os outros dois abaixam suas mãos.

- O nome Cristian é um pouquinho bonito. - Alicia amolece.

- Eu sabia que tinha gostado! - Diz Peter com um sorriso gozador.

- Eu disse um pouquinho bonito, não totalmente!

- Oh, vamos! Assuma sua derrota, Lili. - Peter a provoca, e fico feliz ao ver a proximidade dos dois.

- Não me chame de Lili, sabe que não gosto desse apelido! - Retruca Alicia.

- Eu sei que você ama quando te chamo assim. - Peter diz, se abaixando até o pescoço de Alicia para beijá-la ali.

- Eeii! Há crianças aqui! - Levi os lembra, tampando os olhos de Cristian que está numa cadeira de bebê ao seu lado tomando sua mamadeira, e me fazendo rir da situação. Alicia e Peter riem também enquanto se desculpam pelo momento indiscreto.

- Parei, parei. - Diz Peter que se recompõe e Levi destampa os olhos do menino. - Mas, e esse anel no seu dedo?

- Ah! - Quase me esqueci dele. - Vamos nos casar! - Revelo com um sorriso enorme para demonstrar minha felicidade, mas estranho quando os dois não dizem nada. - Não vão falar nada?

- Ah. - Peter começa a falar, mas para para limpar a garganta. - Uau! Parabéns! - Ele bate palmas.

- Fala sério, sua reação foi muito óbvia! - Desaprova Alicia, fazendo Peter parar para olhá-la como quem diz "disfarça".

- Eu tentei o meu melhor! - Peter retruca.

- Se o seu melhor é esse... - Alicia tenta responder de volta, mas eu a interrompo:

- Então vocês já sabiam? - Arqueio uma sobrancelha, e os dois me dão um sorriso falso.

- Pois é, então... - Começa Peter a se explicar, mas Alicia intervém:

- Levi quem nos pediu para fingir surpresa, mas esse daqui não sabe atuar. - Ela aponta com o dedão para Peter, indicando que ele é o péssimo ator.

...

Depois que Peter e Alicia terminaram de discutir sobre quem era o culpado por eu ter descoberto a farsa, para se redimirem eles se ofereceram para ficarem de babá de Cristian enquanto eu e Levi fomos para uma floresta na fronteira da cidade para testar quais habilidades eu tenho como vampira.

- Bom, a primeira é força. Tente quebrar o tronco de uma das árvores aqui apenas com um soco. - Levi me orienta, e eu fico em silêncio por algum tempo tentando achar a árvore mais grossa daqui. - Quer que eu te ensine como socar? - Eu rio da sua pergunta.

- Quem não sabe como socar? - Me posiciono e faço uma demonstração de soco para ele.

- Você com certeza não sabe. - Ele ri. - Faça assim. - Ele vem por trás de mim e passa as mãos pelo meu corpo arrumando cada gesto da minha posição de pré-soco, deixando meu tronco virado de lado e meus braços encolhidos na altura da cintura. - Agora estique seu braço para frente para dar um soco rapidamente. - O faço, e sinto o ar ser cortado pelo meu punho fechado. - Belo soco! Agora faça na árvore.

- Ok. - Faço a mesma posição em frente à uma árvore grossa e fecho os olhos quando vou dar um soco nela. Assim que finalizo a ação, ainda de olhos fechados, ouço algo se quebrando e em seguida alguém se agarra ao meu corpo e nos joga para o lado. Abro os olhos quando sinto minhas costas na grama para me deparar com Levi sobre mim e a árvore caindo atrás de si e no lugar onde eu provavelmente estava parada. Caramba, quase fui esmagada na primeira fase do processo!

- Você está bem? - Levi pergunta, preocupado.

- Por enquanto, sim. - Ele ri.

- Essas coisas só acontecem com você.

- Pelo menos temos a prova de que tenho força! - Rimos, mas por pouco tempo, pois nossas bocas se interligaram antes que eu pudesse ver, me arrebatando em um beijo avassalador.

Enquanto me beija, sinto que as mãos de Levi sobem pelas minhas coxas, passando por debaixo da minha blusa folgada e agarrando meus seios que notei estarem maiores hoje de manhã. Sua boca desce pelo meu pescoço, sugando a pele a cada descida, enquanto suas mãos apertam gentilmente meus seios. Quase sou tomada pelo desejo, mas a razão prevalece já que percebo o lugar que nos encontramos.

- Levi... - Ele continua com as carícias. - Levi, nós viemos aqui para outra coisa. - Sinto o vento saído de seu suspiro tocar minha barriga.

- E você quer fazer essa outra coisa? - Ele me olha com o olhar manhoso.

- Quero.

- Certo. - Ele se levanta e pega minha mão estendida para me ajudar a levantar. - Vamos continuar com o teste.

Da Cor Do SangueWhere stories live. Discover now