Capítulo 48

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Depois de pegar uma estaca de prata pura emprestada com Jade, e que queima minha mão com o contato direto ao material, eu corro o mais rápido que posso até Rosalie. Quando chego até ela, a pego desprevenida pelo cabelo e a jogo de costas no chão.

- Sua vadia! Como ousa! - Ela reclama.

Vou para cima dela com a estaca, mas ela se move para o lado, fazendo-me acertar o chão. Droga! Mal tenho tempo de tirar a estaca de dentro do chão quando ela quem me agarra pelos cabelos, o que desfaz o meu coque, para então me levantar do chão e morder meu pescoço tão profundamente que a dor chega a ser insuportável. Gemo, com dor. Ela me solta e eu caio no chão fazendo pressão no local da mordida para diminuir a dor.

- Acha mesmo que pode contra mim? Você é apenas uma vampira de quinta categoria. - Ela se agacha até mim erguendo minha cabeça pelo meu cabelo. - Não achei que fosse tão burra. - Ela abre a boca, pronta para me morder novamente, mas antes lhe dou uma cabeçada que faz minha cabeça doer e nossas testas sangrarem, mas também a faz recuar.

Rosalie se recupera rapidamente e avança até mim se arrastando no chão como eu, que recuo até alcançar um canteiro de flores, onde eu pego parte da terra e jogo em seus olhos quando ela está perto o bastante. Ela tapa os olhos e aproveito a oportunidade para pegar a estaca. A arranco do chão, mas no mesmo instante, braços se entrelaçam em meu pescoço, me enforcando. Tento me desprender deles os puxando com as mãos e arranhando com as unhas. Porém, quando percebo que estou prestes a desmaiar, uso da última alternativa: enfio a estaca em minha própria barriga, pois ela é longa o bastante para se cravar em dois corpos. Rosalie solta um suspiro entrecortado e solta meu pescoço, o que me faz deduzir que eu a atingi também. Caímos de lado. Gemo pela dor ao me arrastar para longe do corpo dela para que a estaca saísse de mim. Me ajoelho com dificuldade em cima dela, e pressiono mais fundo a estaca que está no meio dos seus seios. Sangue escorre pela sua boca, e ela tosse como se estivesse se engasgando com o próprio sangue.

Apesar dela só ter me feito mal, fico com pena de seu sofrimento em seu leito de morte e decido apressar as coisas. Enfio minha mão no rumo do seu coração, o que faz com que mais sangue saia pela sua boca. Agarro o órgão que bate vagarosamente e digo:

- É melhor não cutucar uma mãe com vara curta. - Arranco-lhe o coração, vendo a última faísca de vida se esvair de seus olhos.

Uma chuva grossa de repente atinge o meu corpo, e eu solto o órgão. Um silêncio paira sobre o local, o que me faz olhar ao redor e notar que perto de Levi, Peter e Alicia se encontram os outros Invictos mortos no chão, enquanto aos meus lados, vampiros e caçadores pararam de lutar e apenas me olham petrificados. Subitamente, os vampiros se ajoelham com as caras no chão e gritam:

- Glória para o Invicto!

Foi aí que me lembrei, que arrancando o coração de um Invicto, eu me tornaria um. Então, agora, eu sou uma Invicto.

                               FIM

E esse é o fim. Agradeço a todos que acompanharam a estória até o final, e espero de coração que tenham gostado de cada parte dela, e que de alguma forma alguma cena tenha lhe marcado como o livro inteiro irá marcar a minha vida.

Antes de tomar coragem para postar a estória aqui no Wattpad e estar fadada a receber críticas, mas em maior parte elogios e motivação, eu havia escrito vários rascunhos e mudado dezenas de partes para que eu pudesse entregar o melhor para os meus leitores. Espero ter conseguido entregar uma boa estória para vocês!

Obrigada pelo carinho, e até (talvez) uma próxima estória!!

Da Cor Do SangueWhere stories live. Discover now