Capítulo 04

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Poderia ter escolhido vê-la antes, mas assim que tirei seu véu, era inevitável pensar que ela finalmente era minha, para proteger dos perigos do nosso mundo, do nosso estilo de vida perigoso e sem saída, e a única saída era a morte.

Mas nesse momento ela estava negando o que era meu. Porra, eu nunca a machucaria, nunca iria ser um monstro como meu pai ou outros são com suas esposas.

— O que você quer que eu faça? Não pode renegar o que é meu.

— O corpo é meu. — falou se virando. Ela estava definitivamente perfeita na no conjunto branco de lingerie com a cinta liga pretendo as meia 4/8. — Você... não pode me forçar a nada. — suspirei fundo tentando não perder a paciência. Peguei seu braço a vendo me olhar com medo.

— Você deve medir suas palavras, querida esposa. Posso ser seu marido, mas acima de qualquer coisa eu sou o Dom, mando em você, e você faz o que eu mando.

— Me... me solta, está doendo. — murmurou, soltei seu branco vendo ela cai sentada na cama enquanto massageava o mesmo.  Fui até a cômoda com uma jarra de água e coloquei no copo bebendo, mesmo que eu quisesse Bourbon puro para raciocinar o que eu faria com Theresa, amanhã teria o espetáculo dos lençóis manchados.

— Então, tem alguma solução? Quer ser acusada por ser maculada e não ter se guardado pra mim?

— Mas eu sou virgem. — ela exclamou.

— Sem os lençóis, ninguém vai acreditar. — murmurei, virei para a cômoda vendo frutas ali, e uma faca. Era sangue que eles querem não é?

Peguei o cabo preto da mesma e fui até ela, ela se afastou subindo na cama.

— O que você vai fazer? — indagou assustada. Era nítido e visível o medo em seus olhos, o provavelmente achando que eu faria algo monstruoso com ela. Nunca seria capaz de machucá-la.

Peguei seu braço e passei a faca no seu antebraço, em seu rosto lágrimas escorregaram enquanto ela gemeu de dor. O sangue pingou no lençol branco, manchando o mesmo.

— Pronto, sua virgindade falsa. Mas não pense que eu vou pisar em ovos com você, ou que aturarei por tanto tempo sem tocar no que é meu. — falei deixando ela na cama e indo até o banheiro aonde lavei a faca e coloquei no mesmo lugar.

— Está saindo sangue demais...— murmurou com a voz de choro. Fui até ela e levei a mesma até o banheiro lavei o corte vendo que tinha sido bem fino, quase invisível.  — Por que você me cortou? Por que não poderia ser em você? — indagou me olhando com a maquiagem borrada.

— Por mais que você seja minha esposa, não daria meu sangue por escolhas estúpidas que você faz.

Ela suspirou fundo e se afastou de mim com o pano na ferida, mas tirei rapidamente.

— Você é burra? Se manchar a toalha vão querer saber o por que. — falei, abrindo uma das gavetas e vi uma caixa de primeiro socorros, era inevitável não ter.

Coloquei um band-aid no seu corte fino, soltei seu braço.

— Eu... eu não sou burra. — murmurou. Suspirei fundo revirando os olhos, passei meu polegar no seu rosto enxugando suas lágrimas.

— Tome um banho, e vá dormir. — murmurei saindo do banheiro.

Saindo do quarto vi alguns homens bêbados, levando suas mulheres para o quarto, na sala pude encontra uma mesa cheia de Whisky's. Peguei uma garrafa e um copo, precisava me intupir de bebida, para esquecer o fracasso que tinha acontecido.

Esperava uma noite diferente, menos uma que eu não pude ter minha mulher. Assim que cheguei no quarto escutei som do chuveiro. Tirei minha camiseta e meus sapatos deixando minha arma sobre a cômoda, fui até a janela abrindo a mesma, pude ver que ainda havia a festa, muitos deles estavam mais felizes que eu. Ouvi a porta se abrir e vi ela saindo do banho, com seus cabelos soltos e molhados.

— Eu posso... — engoliu em seco. — Usar sua camiseta? É que meu quarto fica ao lado, e aqui não tem roupas minhas...— falou.

— Pode. — interrompi ela. Ela pegou a camiseta do chão e se virou, vi ela tirar o roupão mostrando seu corpo palido com algumas marcas da roupa. Porra, como eu queria ter tirado, ou melhor, rasgado toda aquele enfeite de noiva do seu corpo...

Theresa vestiu minha camiseta e se sentou na cama, em seguida se cobrindo. Sai do quarto entrando no banheiro, a água gelada bateu contra meu corpo tirando a tensão. Apenas queria me deitar com aquela porra de mulher, mas ela se negou a mim. Cazzo, se alguém soubesse, teriam motivos pra me tirar do meu lugar por direito, muitos queriam isso, meus tios, primos, até minhas tias.

Contrai meus corpo, queria socar alguma coisa, isso ajudaria muito. Sai do banheiro e enxuguei meu corpo, no quarto, me deitei na cama vendo ela de costa para mim. Pus minha mão na sua cintura a puxando para mim, sentir o seu cabelo em meu nariz e afastei.

— Você... — começou baixinho. — Não precisa pisar em ovos comigo. — murmurou por fim. Theresa se virou devagar e me encarou, encarei seus olhos verdes de volta. — Apenas preciso conhecer você.

— Theresa...— murmurei saboreando seu nome na minha boca, seu nome era lindo. Ela me olhou atenta. — Eu não sou nem um príncipe encantando da Disney, mesmo que você me conheça, não irá mudar nada. — murmurei. Ela acenou e voltou a se virar, assim que sentir sua respiração normalizar, pude dormir em paz.

Na manhã seguinte acordei sentindo um peso sobre mim, olhei devagar e vi ela, Theresa com sua cabeça a loirada sobre meu peito. Me movi devagar pegando meu telefone vendo que eram 10hrs, acho que nunca dormi tanto na minha vida. Ela sentiu e saiu de sobre meu peitoral.

Essa não era minha intenção. Ela bocejou devagar e abriu seus olhos e suas esferas verdes me encararam.

— Bom dia...— murmurou, acenei para ela. Ouvi os passos ao outro lado e logo vozes femininas. As mulheres vieram buscar os lençóis. Theresa saiu da cama rapidamente, fiz o mesmo, e fui até a porta abrindo, e quase me esqueci que estava nu, as mulheres gritaram se virando. 

— Meu Deus garoto. — uma delas falaram

— E para vocês aprenderem a ser menos invasivas, atrapalharam meu amanhecer. — ouvir os farfalhas dos lençóis e vi Theresa com os mesmos nos braços.

— Aqui. — disse e deu a uma das mulheres em seguida fechando a porta. Segundos depois ouvi gritos felizes, e sabia que iriam correndo para por o lençol sobre a mesa para os homens verem.

Era humilhante de fato essa tradição, mas era necessária, nunca pensei em mudar, e nunca mudaria, isso evitava muitas coisas. Peguei minha cueca e vestir a mesma vendo ela indo para o banheiro.

Seria uma manhã e tanto eu diria. Os homens querendo detalhes, se tivesse maltratado ela, ou tivesse sido como eles foram, monstruosos, e frios. Nem mesmo Carlos Marizzi se preocupava com a filha.

♡♥︎♡♥︎♡
Espero que tenham gostado amores.

Bjs moranguinhos 🍓

Acna.♡

Marcas Esmeralda. - Saga Marcas 1. Where stories live. Discover now