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Oioioi  

Não tive tempo de reler o capítulo, desculpa se tiver qualquer erro!

Não esqueçam de comentar bastante, eu amo ler os comentários de vcs <3

Boa leituraaaaaa!


〚☘〛


Agosto

Quarta-Feira

A casa banhava num silêncio habitual, com exceção da televisão da vizinha que se ouvia até mesmo no meu quarto porque ela era completamente surda e sempre colocava a novela no último volume, e do vira-lata que rondava aquela parte do bairro latindo feito o rei do pedaço que ele achava que era.

Eu estava sentado na minha cama, debaixo das cobertas, com você, meu querido (não tão querido) anti-diário nas pernas e uma caneta vermelha na boca.

Meus olhos estavam ficando cansados de tanto encarar a página em branco. Escreva, Jungkook. Escreva. Qualquer coisa. Nem precisa ser verdade. Finja que é tudo mentira. Assim vai ser mais fácil. Mas não havia jeito, eu não conseguia escrever naquelas páginas terrivelmente brancas, era sempre uma tortura muito grande. Não conseguia, no entanto, precisava. Tinha muito preso dentro de mim. Muito dês de que minha mãe se foi.

Então comecei aquela página — então começo essa página que já não está mais em branco, ou será que está? — com: Acho que nunca gostei muito de Daniel. Só queria alguém para amar e ele estava ali. Foi a pessoa errada no momento certo. Enquanto Jimin (ele que ia e voltava em meus pensamentos), foi a pessoa certa no momento errado.

Escrevi isto para segundos depois barrar a última frase. Como é que eu poderia saber que Jimin era a pessoa certa se o conhecia tão pouco e não o via a mais de um mês? A resposta é que eu não podia. Jimin era um desconhecido. Sequer podia dizer que sentia algo por ele. Daniel era real. Daniel era presente. Tinha que dar certo.

— Filho?

— Pai! — Levantei da cama, deixando o diário sobre a coberta, e caminhei até o meu pai, que estava diante da porta entre aberta do meu quarto. Ele sorriu ao me abraçar. — Você parece cansado. Jantou o que eu deixei na geladeira?

— Ainda não, vim te dar boa noite antes.

Meu pai era a melhor pessoa para abraçar. E o abraço que ele me deu em troca me fez sentir tão bem que meus olhos se fecharam e todo o meu corpo pareceu relaxar. Meu pai era a minha casa, ainda que muitas vezes eu não me desse conta disso.

— Vem pai, te faço companhia. Você precisa comer — disse, segurando a sua mão e o arrastando para a cozinha.

— E você precisa dormir — contrapôs, mas eu não dei ouvidos.

Servi o seu prato com bastante macarrão e molho branco. Ele adorava. Uma vez sentados, me lançou um olhar preocupado.

— Então você está namorando?

— Sim — disse, forçando um sorriso.

Havia um vinco entre as suas sobrancelhas. Meu pai parecia cansado, as rugas cada vez mais presentes no seu rosto. Fiquei me perguntando se estaria como ele quando chegasse a ter a sua idade. Mas de alguma forma estranha, eu não conseguia me imaginar envelhecendo. Talvez fosse porque eu ainda era muito novo e faltava tempo demais para isso...

Carioca Trash • pjm + jjkHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin