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*Capítulo Revisado*

Pov Ana's 

          Vejo o Gui a descer as escadas um pouco depressa demais, quase que cai, vejo que está um bocado nervoso, tentando não demonstrar, mas eu já o conheço demasiado bem, mas não é o único que está nervoso, eu também, tenho medo por ele, não por mim, mas por ele, pela minha família, eu não tenho medo de morrer, era capaz de me meter há frente de qualquer coisa e dar a minha vida por qualquer um deles até da Alysa, apesar de termos tido as nossas divergências. 

– Olá princesa. – Diz ele dando-me um beijo carinhoso. – Espero que corra tudo bem, mas senão correr ou se me acontecer alguma coisa, quero que saibas que eu te amo muito e que foste e és a melhor coisa que me aconteceu na minha vida. – Diz esta parte ao ouvido.

– Chiu. – Digo colocando o meu indicador nos seus lábios. – Não vou deixar que te aconteça nada, eu seria capaz de dar a minha vida por ti, eu também te amo muito, meu amor e também és a melhor coisa que me aconteceu e desculpa qualquer coisa. – Dou-lhe mais uns beijos e ficamos ali a namorar um pouco, ele olha para o relógio de telemóvel e quando vê que faltam apenas 10 minutos, despede-se de mim, dizendo que vai ao quarto, presumo que deve para ir buscar a sua arma, mas volta num instante e vai ter com os outros, "despedindo-se", mas tentando não dizer o que se passa, claro que o meu irmão estranha.

– O que se passa, Gui? – Pergunta o meu irmão.

– Nada bro, só quero agradecer tudo o que tens feito por mim e apesar do início das nossas coisas, quero voltar a dizer-te que tu és um irmão para mim, se que por acaso algum dia me acontecer algo, pode a qualquer momento acontecer, sei lá, a vida são dois dias, posso ter acidente, aleijar-me a sério no campo, quero que tomes conta do meu irmão e da Alysa e promete-me uma coisa, pensa mesmo perder a Alysa a 100 por cento, por favor.

– Estás muito estranho, mas prometo, tens a certeza que está tudo bem? – Continua a rebater o meu irmão.

– Sim, eu sei que estou muito sentimentalista, mas acabei de ver notícias de um acidente e uma pessoa não sabe até quando está cá. – Dá uma desculpa e os restantes acreditam, até porque o Gui estava a falar alto, indo até há Alysa, o que ele disse fez eu ficar com ciúmes, mas lá no fundo compreendo, ele já gostou dela. – És uma miúda especial e incrível e desculpa por tudo. – Diz dando-lhe um abraço e um beijo na testa, o que me fez bufar um pouco internamente, mas não posso sair daqui, até porque tenho de o proteger, de seguida vai ao seu irmão e despede-se dele também: 

–  Apesar de te dar sempre na cabeça, amo-te, meu puto, espero que continues a portar-te bem e se um dia for primeiro que tu, estarei sempre a cuidar de ti, de todos vocês, onde quer que eu esteja e estarei sempre com vocês. E agora tu André, desculpa, qualquer coisa, sempre foste um bom amigo e desculpa de "roubar-te" a miúda, mas os opostos atraem-se, espero que tomes conta de todos. Adoro-vos a todos.

– Oh puto, queres contar-nos algo? – Pergunta o André e o meu namorado nega. – Mas não te preocupes, não me roubaste nada, nós decidimos assim, mas se ficas mais tranquilo, estás desculpado. 

          Eu vou até ele, abraço o mesmo e ele beija-me com saudade, carinho e um pouco de tristeza, ninguém sabe a não ser eu que ele está-se a despedir, mas ele não sabe que eu não deixarei nada de mal acontecer-lhe. De repente somos interrompidos por várias vozes e um estrondo de porta a ser aberta com força, pois o Gui teve de lhe dar as chaves.

– Mãos ao alto, todos, menos o Gui. – Todos ficaram de boquiaberta, menos eu e o meu irmão, ele já deve ter percebido a "súbita despedida" do Gui, mas teve de fingir que estava surpreso. O Gui pega a sua arma e aponta para nós mas no seu olhar pedia desculpa a mim. Está na hora de eu entrar no jogo também.

Dreamer? - EditadaWhere stories live. Discover now