23 - O que tu fazes aqui?

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*Capítulo Revisado*

          Acordo sobressaltado com alguém a empurrar-me brutamente dizendo "Acorda logo Guilherme". Abro os meus olhos habituando-os há claridade e vejo que a dona da voz é a Alysa, agora já me lembro, adormeci aqui ontem.

– Bom dia princesa – Dou um sorriso fofo, mas não adiantou grande coisa, ela parece desesperada.

– O que é que tu estás a fazer aqui no "meu" quarto, na "minha" cama, o que se passou ontem há noite? Eu não me lembro de grande coisa – Diz desesperada e a exagerar.

– Ei calma – Digo pondo o meu polegar delicadamente na cara dela, mas a mesma afasta-me com certa brutalidade – Eu ontem vim ver como estavas e tu estavas a dormir tão calma, eu simplesmente limpei as tuas lágrimas e queria reconfortar-te que meio que abracei-me a ti, mas acabei por adormecer, não se passou mais nada, tu não te lembras porque estavas a dormir, não fiz de propósito adormecer, era para acordar cedo e ir para o quarto do Ruben. – Digo com a minha voz rouca por causa de ter acordado.

          Quando ela ouviu o nome do Ruben, instantaneamente vieram-lhe as lágrimas aos olhos, fazendo-me sentir culpado.

– Desculpa, e-eu não queria que ficasses assim, eu sou um idiota – Digo gaguejando e baixando a minha cabeça. – Sinto a Alysa a levantar-me a cabeça.

– Tu não fizeste por mal e não és um idiota Gui, senão falasses nele mais tarde ou mais cedo eu irei vê-lo e eu iria ficar assim, não te sintas culpado, por favor.

– Anda cá minha pequena – Faço um gesto com a mão para ela se aproximar mais de mim e envolve-a nos meus braços para ela poder chorar há vontade – Ficará tudo bem Aly, eu prometo, podes deitar tudo cá para fora. Eu sempre estarei aqui para ti.

          Deixo-a chorar nos meus braços enquanto sussurro ao seu ouvido que tudo ficará bem. Olho para o meu relógio que trago sempre no pulso e vejo que já são 9h.

– Aly – Digo afastando-a delicadamente um pouco de mim e limpo as suas lágrimas – Vamos descer para tomar o pequeno-almoço?

Aly *Nega com a cabeça*: Eu não tenho fome – Diz com a voz trémula e rouca.

– Mas tens que comer, pelo menos beber um iogurte fazes esse esforço, por mim? Não podes ficar sem comer. Prometes que bebes pelo menos um iogurte?

          Ela assente e foi lavar a cara para descermos, a mesma voltou e ajudou-me a pôr em pé, pego nas canadianas e vou indo atrás da Alysa até às escadas e agora deu-me um certo medo, subir é uma coisa, descer é outra coisa completamente diferente, ponho-me a pensar como é que ontem eu consegui subir estas escadas todas.

          A Alysa olha para mim e vê a minha cara de pânico, o que lhe faz soltar um pequeno riso e eu sorri. Ao menos serviu para a fazer rir.

– Eu não sei como subi isto ontem, e-eu não consigo descer.

– Deixa de disparates, é fácil descer, vá dá cá uma canadiana, apoia-te em mim que eu ajudo-te – Dá um sorriso forçado.

          Eu assim o fiz e lá desci a medo, chegando ao fim das escadas, eu dou um suspiro de alívio.

– Vês não custou assim tanto totó.

– Não, que ideia – Digo ironicamente – Pois a ti não custou, mas a mim sim – Finjo que estou amuado.

– Oh tadinho amuou. – Aperta as minhas bochechas, eu odeio isso.

– Alysa odeio que me façam isso, tu sabes, mas desta vez passa – Rio-me – Lembra-te do que prometeste.

          Seguimos até há cozinha, já todos estavam lá e pelas caras que nos estão a olhar, imagino que já saibam o que aconteceu.

– Senta-te Aly que eu vou buscar-te um iogurte. – Ela assente e assim o faz. Silêncio total.

          Eu vou ao frigorífico buscar dois iogurtes de beber a sabor a morango, um para ela e um para mim e sento-me ao lado da Alysa.

– Toma e é para o beberes todo – Ela assente contrariada.

           Estava nos meus pensamentos até que o Ruben decide quebrar o silêncio constrangedor que se instalou.

– Bom dia aos dois. Alysa só vais comer isso?

– Bom dia Ruben.

– Só, não tenho fome e senão fosse pela insistência do Guilherme eu nem comia nada e bom dia. – Diz a Alysa.

– Deve ser a consciência pesada – Ela pensa alto demais.

          Quando se dá conta põe a mão na boca e tentou desculpar-se, mas esta não foi a tempo, porque a Alysa levantou-se de rompante e sai a correr de casa batendo a porta bastante de força que até me fez estremecer.

– Tens noção do que acabaste de fazer?

          Nem lhe dou tempo de me responder e levanto-me apressadamente, pegando nas minhas canadianas indo o mais rápido possível atrás dela. Saio de casa e abro a porta fechando-a de seguida e vou pelas escadas descendo duas a duas parece que perdi o medo, mas ainda tenho um pouco de receio.

          Ao meio das escadas ia caindo, apoio-me nas escadas e respiro fundo e começo a descer as escadas novamente, mas desta vez mais devagar.

          Chego há porta de saída, abro a mesma, fechando-a de seguida. Olho para todos os lados e vejo se encontro a Alysa, mas sem sucesso, vou caminhando em uma direção qualquer e como não a vejo, vou até um parque infantil com um jardim e lago a ver se a encontro , sento-me num banco de jardim. Estou no meio dos meus pensamentos, até que ouço gritos e no meio de tantos gritos eu reconheço uma voz que é a da Alysa é impossível confundi-la. Olho para a minha frente e não acredito naquilo que vejo. Meu primeiro pensamento e instinto é ir lá e protegê-la. O segundo é ligar para a polícia e assim o faço. E sigo em direção a ela sem fazer o menor barulho possível. E estou chocada, ela é maluca e corajosa ao mesmo tempo.

     Olá meus amores, têm aqui mais um.

     O que será que o Guilherme viu para ficar naquele estado?

     E porque é que ele diz que ela é maluca e corajosa ao mesmo tempo? O que acham que irá acontecer no próximo capítulo?

     Se gostaram votem e comentem, deixem as vossas opiniões e as vossas críticas construtivas e o que acham que devo mudar e até mesmo sugestões.

Love You All

Dreamer? - EditadaWhere stories live. Discover now