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*Capítulo Revisado*

Pov André's

          Vamos em alta velocidade que nem sei como até ainda não nos despistámos, pelo que vejo e ouço aqui dentro do INEM, é muito grave. Se lhe acontecer alguma coisa, eu não me perdoo. Quem devia de estar ali era eu, não ele.

          Começo a pensar nos momentos que passei com ele e nos últimos momentos nossos,  meio chateado comigo, mas eu só beijei a Matilde, por causa da Viviana, quis protege-la, protegi a ela, mas não o irmão, neste momento escorregam algumas lágrimas pela minha face, mas nem me importo e deixo-as rolarem livremente. Eu confesso que já não a amava, mas nunca a trairia, eu simplesmente acabava, mas não podia, mas acho que sinto algo pela Matilde, mas não sei se ela gosta do Guilherme, pois eles já se beijaram. Foco André, foco.
          

           Que disparate, o meu melhor amigo aqui neste estado e eu a pensar nestes disparates.

           Uma enfermeira, veio o carro do médico do Inem, junto à ambulância e a enfermeira acabou por vir na ambulância e o médico no carro se fosse preciso alguma coisa, vinha atrás da ambulância, ela vê as minhas lágrimas e vem até a mim e no seu crachá diz que se chama Hanna.

– Eu não lhe vou mentir menino, o estado do seu irmão é bastante grave, mas tem de ter fé, não chore, seja forte por ele. – Diz a Hanna.

– Obrigado, enfermeira Hanna, mas ele não é meu irmão, mas é como se fosse, ele é o meu melhor amigo e salvou a minha vida, quem devia de estar ali, era eu, não ele.

– Eu compreendo menino, mas tenha fé, reze por ele. Nós temos é de ver quem é compatível com ele, acho que ele precisará de uma transfusão de sangue, nós temos em reserva, mas será mais rápido assim. Mas não temos a certeza, possa ser que não precise.

– Acho que eu sou, não me importo nada de doar.

           Entretanto chegámos ao Hospital São João do Porto que era o mais rápido e eu saio junto há maca do Rúben e sigo com ele e os médicos e a enfermeira às pressas até ao momento que sou barrado e a enfermeira Hanna informa-me das coisas.

– A partir desta porta é proibido a pessoas que acompanham os seus "familiares" – Ela faz aspas com os dedos – Lamento mas não posso deixá-lo passar menino...Ela faz pausa para que eu lhe diga o meu nome, eu respondo "André senhora enfermeira" – Então, menino André quando tivermos notícias, alguém as trará. Com licença.

          Dito isto, ela desaparece por aquela porta restrita a pessoas "normais", nisto o meu telemóvel toca, eu penso em não ir ver quem é, mas lembro-me dos meus amigos e vejo que era o Guilherme e eu atendo.

*O que está a negrito e a itálico é a chamada*

– Olá.

– Então puto, novidades?

           Nem ligo ele ter-me chamado puto, se fosse noutra situação até sim.

 Não nada, levaram-no por uma sala adentro e não me deixaram entrar, não preocupes a Aly, mas ele poderá precisar de uma transfusão de sangue, mas não se tem a certeza, ainda, por isso não comentes nada com ela. Ele tem um sangue raro, eu acho que sou compatível com ele.

– Vai dando novidades, que nós já vamos a caminho do Hospital, aquela psicopata foi presa, por isso nós demorámos tempo e assim demos comida e cuidamos da bebé. Finalmente consegui acalmar a Alysa e fazê-la a adormecer. Prepara-te porque ela está insuportável, vai dando notícias e não te preocupes em relação aquele assunto. Até já puto.

          Ele desliga sem me deixar de responder, eu vou até aquelas máquinas que tem doces, águas, sumos e bolos e tiro uma garrafa de água e bebo meia num só gole. Ando para trás e para a frente impaciente há espera de notícias do Rúben, nunca mais davam notícias, já estou a passar-me, até que vejo a enfermeira Hanna e vou em sua direção, ela não me parece com cara de boas notícias.

– Então diga-me algo sra. enfermeira.

– Tem que ser forte, ele está vivo, por enquanto, houve complicações durante a cirurgia, ele precisará da tal transfusão, pois ele perdeu muito sangue, ele não está fora de perigo ainda, nem saberemos se ele ficará, pode-me acompanhar por favor?

          Eu assinto e pego no meu telemóvel e redijo uma mensagem para enviar ao Gui, com o seguinte conteúdo:

Vou doar sangue ao Rúben, então não estranhem eu não estar na sala à vossa espera, não comentes nada com a Alysa. Tchau Puto.
Xx André Silva Xx

          Continuei a seguir a enfermeira, mas quando passo em frente a um quarto, eu espreito para lá, vendo o Rúben deitado numa cama, num estado miserável. Eu dou um olhar há enfermeira e a mesma assente dando-me permissão para entrar no mesmo e vou até ele.

– Senhora enfermeira nós temos o mesmo tipo de sangue O negativo é raro, acabo de me lembrar que sou compatível do Ruben, por causa de fazermos análises no futebol. Não precisa de fazer exames. Está tudo bem comigo. Faço exames regularmente, que eu sou futebolista profissional.

          Ela assente e vai buscar as coisas que precisa e volta num ápice. E eu sento-me numa cadeira perto do Rúben e a enfermeira passa algodão com álcool no meu braço e espeta uma agulha no meu braço  e outra na do Rúben.

– Tente descansar e feche os olhos.

          Eu assinto e acabo por adormecer. Passado não sei quanto tempo, sinto alguém a abanar-me e acordo e vejo a enfermeira Hanna. Eu ia levantar-me, mas a mesma impede-me.

– Tu ainda estás fraco. Trouxe-te um lanche para recuperares as energias.  Faz um esforço para comeres senão ainda te dá alguma coisa má. Enquanto te ponho a par de tudo.

         Eu assinto e pego no tabuleiro que ela pôs ao meu lado.

– Então?

– A transfusão ajudou bastante, se ele não tivesse recebido a transfusão a tempo...Ele já não estaria aqui entre nós - Faz uma breve pausa e eu assinto afirmativamente com a cabeça para ela que podia continuar – Ele não está livre de perigo. O estado dele ainda é muito reservado...Lamento dizer isto, mas o seu amigo está entre a vida é a morte. Mas nós estamos otimistas que ele irá sobreviver, mas ele está em coma induzido. Faremos os possíveis e impossíveis para o salvar.

          Eu assim que acabo de ouvir isto eu não quero acreditar. Cai-me tudo o que tenho nas mãos ao chão e desabo a chorar sem me importar que a enfermeira me veja neste estado. Ela olha para mim com pena e põe-me a mão no ombro dizendo que tudo ficará  bem. Eu apenas nego com a cabeça.

#Pov André's Off#

     Olá meninas não me matem. Coitadinhos dos nossos meninos.

    Estão a gostar? Querem segunda temporada quando esta acabar? O Rubén sobreviverá?

    Se gostaram votem e comentem

Love You All

P.S: Não me mates Suh e é dedicado a ti

Dreamer? - EditadaUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum