Dizem que os melhores acontecimentos de nossas vidas são os que não foram planejados, mas será ela se permitirá aproveitar o que o universo tem lhe reservado?
Mal sabia Mavis Verlac, que ao desembarcar em solo Britânico, toda sua percepção de vida m...
Mas eu não estou queimando por você Nós começamos errado e eu acho que você sabe Let It All Go, Birdy (feat. Rhodes)
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O abracei e ele permaneceu estático, afastei-me encarando o homem a minha frente como se ele fosse o quebra-cabeça mais complexo que eu já vi na vida, ele não soube o que falar, nem como agir, estava assustado e franziu a testa sem entender por qual motivo eu o tinha abraçado. Olhei em seus olhos azuis e segurei minha atenção neles, e como um desafio, ele fez o mesmo. Me mantive firme, não gosto de admitir, mas sou uma péssima perdedora. Para a minha sorte, ou melhor, para o meu azar, Tom interviu dizendo:
– Mavis, gosta de abraços, Ewan.
Teria sido melhor se ele tivesse permanecido calado, pois foi nesse momento que eu percebi o que havia acabado de fazer, ele não me conhece, é claro que ficaria incomodado
– Bom, eu não sei se ele gosta de abraços, me desculpe. – Pedi um pouco envergonhada com a minha falta de noção.
– Ontem você também não sabia se eu gostava ou não e mesmo assim o fez.
Pelo amor de Deus Tom, cale a boca. A voz dentro de minha cabeça gritou em desespero.
Ewan observava aquilo com atenção e parecia que ele era capaz de ler minha mente, pois seu lábio se curvou em um sorriso mínimo forçado, tentando apaziguar a situação.
– Eu já havia bebido, Tom. Álcool tem a capacidade de deixar as pessoas mais descaradas.
– Eu que o diga. – Ewan resolveu se pronunciar, referindo a frase ao nosso amigo em comum.
– Tudo bem, agora que já fomos apresentados, me deem licença, tenho assuntos a tratar. – Falei passando pelo mais alto, indo até Matt.
Matt me olhou de canto de olho e sorriu sugestivamente, dei um tapinha de leve em seu ombro e encostei na parede onde o rapaz estava antes. Ele me analisava intercalando seu olhar entre mim e Ewan. O choque foi tanto que comecei ter uma crise de riso, devido ao meu comportamento desengonçado, comecei a sentir ódio de tudo aquilo, por que a presença dele me causa esse efeito?
Matt percebeu o que estava acontecendo e me conduziu para fora do estúdio, para que não chamasse a atenção das pessoas que estavam lá.
– Qual o motivo da graça? – Matt perguntou rindo.
– O motivo sou eu, o quão patética estou sendo. – Respondi entre as risadas. – Nesse momento gostaria de ser um avestruz, para colocar minha cabeça embaixo da terra.
