Dizem que os melhores acontecimentos de nossas vidas são os que não foram planejados, mas será ela se permitirá aproveitar o que o universo tem lhe reservado?
Mal sabia Mavis Verlac, que ao desembarcar em solo Britânico, toda sua percepção de vida m...
Eu não estou aqui para jogos Eu te disse a verdade, você escolheu ficar, oh Renegade, Aaryan Shah
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Traição.
A traição ela dói, dói tanto emocionalmente, que é possível senti-la corroendo meus ossos, dói o suficiente para a dor ser física, palpável. E dói porque ela sempre vem de quem nós menos esperamos, sempre vem de alguém que confiamos. Quando voltei a realidade, Ewan estava a minha frente, falando milhares de coisas que eu não conseguia entender, não estava ouvindo, estava imersa no choque.
— Mavis, não é nada do que você está pensando, eu posso explicar. — Ele dizia apavorado.
— Já começou errado. — Tábata falou para ele chacoalhando a cabeça em negação.
— Okay. — Falei recuando. — Eu não quero saber. — Corri para fora.
— Falei... — A loira disse olhando para ele, que olhou para ela de volta, em dúvida.
A medida que Ewan se aproximava, eu recuava instintivamente. Tudo estava em câmera lenta, que não vi em que momento Matt havia descido daquele carro, só despertei quando senti os seus dedos envolverem minha mão.
— O que está havendo? – O mais velho perguntou para mim, perdido.
— N-não sei... — Gaguejei, antes de soltar uma lufada de ar, que nem sequer notei que mantinha em meus pulmões. — Pergunte a ele. — Falei ao me recompor, ajeitando minha postura. — Tenho certeza que ele tem a resposta para tudo isso, se ele não tiver, ela com certeza tem. — Apontei para Tábata, enquanto caminhava de um lado para o outro, tentando filtrar a raiva. — Quer saber, não pergunte nada, já vi o suficiente, não estou disposta a ouvir.
Entrei no carro de Matt, ocupando o banco do motorista, girando a chave na ignição, dando partida, olhando para eles após o barulho potente do motor ecoar.
— Vamos Matt. Entre logo na droga do carro. — Falei no tom mais sério que consegui, sentindo o nó formando em minha garganta.
Sem questionar, ele fez o que pedi, me deixando que dirigisse para fora daquela propriedade. Na pista, os pneus deslizavam rapidamente, mantendo uma velocidade elevada. Engoli em seco o nó, que atingiu a boca de meu estômago como um soco. Neguei a mim mesma, quando todos os meus instintos insistiam para que deixasse as lágrimas rolassem, não faria aquilo, não me submeteria a chorar por ter sido enganada pela pessoa que eu mais amava, e que droga de situação para assumir para mim mesma os sentimentos que venho nutrindo por esse homem.
O que mais doía, era a sensação de ter sido enganada, de ter ao meu lado uma "amiga" que sequer se importava de fato comigo e como me sentia, mesmo que minha relação com Ewan não fosse escancarada aos quatro cantos do mundo, as pessoas ao nosso redor tinham plena noção do nosso envolvimento, era nítido a química, até mesmo quando brigávamos como cão e gato, desde o primeiro momento eu soube, que se esse homem se aproximasse de mim, com aqueles malditos cabelos loiros e a marra de quem é intocável, eu cederia, e eu cedi.
