Dizem que os melhores acontecimentos de nossas vidas são os que não foram planejados, mas será ela se permitirá aproveitar o que o universo tem lhe reservado?
Mal sabia Mavis Verlac, que ao desembarcar em solo Britânico, toda sua percepção de vida m...
E você é inesquecível Eu preciso ter você sozinha Por que não? Um tempo bom pra caralho, nunca machucou ninguém Unforgettable (feat. Swae Lee), French Montana
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Dirigia calmamente pelas ruas de Londres, apreciando o toque de Mavis em minha perna, enquanto ela mantinha seus olhos fixos no percurso, parecia estar tentando descobrir nosso destino e por consequência, decorando o caminho.
Saímos da cidade, e o céu se ascendeu ainda mais, os conjuntos de constelações chamaram atenção da morena, que abriu o vidro, melhorando sua visão, fugindo do esperado – como a mulher sempre fazia – ela se debruçou, deixando parte do seu tronco para fora do veículo, sorrindo empolgada, fitando as estrelas. O vento esvoaçando seus fios castanhos, me proporcionava a vista singular e bela da mulher dos meus sonhos.
No mesmo instante me lembrei da conversa com Tom, que ele disse que meu pesadelo teria vindo em forma de sonho, e não pude negar, não dessa vez, não nessas circunstâncias, a verdade estava explícita, bem ao meu lado, a moça que chegou como um furacão, mudando as coisas de lugar, abrindo portas que a muito estavam inacessíveis, tudo isso com seu jeito autêntico e despreocupado, sem pretenção de me conquistar, ela havia conseguido, sem ao menos tentar, roubou minha atenção, meus pensamentos e por fim meu coração, é estranho admitir que estou me apaixonando por ela.
Devo admitir, o último mês que mantive distância dela, como havia pedido, foi difícil, primeiro porque meu desejo era estar próximo e segundo porque vê-la diariamente e não conversar, tocar, compartilhar risadas, e também perceber seu olhar triste, mesmo tentando fingir estar tudo bem, o ciúmes, o ciúmes que senti a cada vez que Jason se fez presente e esteve ao seu lado, aquilo me causava uma raiva genuína do homem, mesmo sem ele ter feito nada contra mim, perceber os olhares enciumados dela, por causa das cenas com Eugenie, me causava a sensação de vingança, imaturo, eu sei, mas sempre fugiu do meu controle, uma vez que estava cego por meus sentimentos confusos por ela, sentimentos esses que agora consigo nomeá-los por suas definições corretas. Desejo, saudade, ciúmes, paixão e o mais temido dentre todos esses, amor.
— O que foi? — A voz de Mavis me puxou de volta a realidade, me tirando de meus devaneios.
— Nada. — Não diria a ela que estava pensando sobre o que sinto a seu respeito. — Estamos chegando.
A morena mirou seus olhos para o grande portão que se abria vagarosamente, erguendo a sobrancelha ao se deparar com uma estrada de pedregulhos.
— Está me levando para um abatedouro? — Perguntou ironicamente. — Porque se for, garanto que ninguém encontrará meu corpo nesse lugar.
— Digamos que sim. — Sorri malicioso e ela ao perceber, acertou um tapa em meu ombro.
— Idiota. — Riu.
— Chegamos. — Anunciei estacionando o veiculo.
Mavis desceu do carro, olhando tudo com atenção, vi o vislumbre através de suas íris castanhas, enquanto encarava o jardim que se estendia até o lago.
