[+𝟏𝟖] 𝐁𝐄𝐀𝐔𝐀𝐍𝐘 𝐅𝐀𝐍𝐅𝐈𝐂𝐓𝐈𝐎𝐍
"Nem em toda a minha existência poderia esperar tanto de você"
Any Gabrielly é o novo alvo dos homens mais procurados pelo FBI, entre eles está Josh Beauchamp, um homem que não mede esforços para realizar...
E se alguém machucar você, eu quero brigar Mas minhas mãos foram quebradas muitas vezes Então eu usarei minha voz, serei rude pra caralho
Another Love | Tom Odell
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━ JOSH BEAUCHAMP EUA · Nevada · Las Vegas
Eu respirei fundo antes de falar sobre as tatuagens, pois os significados que cada uma carrega são trechos de uma história que ainda não terminou, uma história de quem vive em um mundo fodidamente cruel. Contaria tudo sobre o que eu deixo enterrado no mais profundo da terra da memória.
Mas como eu disse que o diálogo seria o ponto chave para nossa relação dar certo resolvi que deveria me abrir, confessar, parte de minha história oculta e dos meus sentimentos mortos.
Olhei para os íris castanhas como chocolate, ela me observa com atenção. Eu toco sua cintura e acaricio com o polegar em circulos.
— Esta águia... — eu aponto iniciando. Any passa o dedo sobre a tattoo. — Ela é usada como o símbolo universal do poder, a tatuei quando me tornei consigliere da Camorra. — Lembro como se fosse ontem. — O Leão...
Ela acariciou o enorme Leão em meu bíceps.
— Carrega muitos significados por ser o "Rei da Selva", mas para mim o principal é a proteção e justiça. Tatuei quando consegui escapar de Cavallaro, o homem que me criou. — contei e nomeie. — A Cruz representa para mim a fé e a Jesus. Fiz essa muito jovem, foi uma das primeiras, eu estava meio revoltado com Deus na época. — ri me recordando. — Mas eu rezei em uma madrugada e senti a presença dEle como nunca senti antes, fui a única vez que me senti realmente amado.
Senti meu peito queimar com emoção.
— Ter sido criado por uma mulher de fé foi o que melhor que pôde ter me acontecido, pois me incentivou quando criança e me fez conhecer Deus, por mais que eu não seja nenhum religioso, ou não sou de rezar, eu ainda tenho um pouco de fé. — confidenciei a Any.
Ela sorriu um pouco emocionada.
— Eu acreditava quando era bem pequena, mas com o tempo eu acabei desacreditando que existisse mesmo um deus que me amava, porque eu nunca entendi como Ele poderia permitir que tudo aquilo acontecesse comigo quando eu era apenas uma criança. — ela contou.
Limpei uma lágrima que escorreu no canto de seus olhos.
— Nunca me liguei a crença nenhuma, porque sempre vi isso como um ponto fraco nas pessoas, por mais que eu acho bonito a fé e devoção, como a que você tem, por mais que não seja tão exemplar assim. — comentou e eu ri fraco.
