[+𝟏𝟖] 𝐁𝐄𝐀𝐔𝐀𝐍𝐘 𝐅𝐀𝐍𝐅𝐈𝐂𝐓𝐈𝐎𝐍
"Nem em toda a minha existência poderia esperar tanto de você"
Any Gabrielly é o novo alvo dos homens mais procurados pelo FBI, entre eles está Josh Beauchamp, um homem que não mede esforços para realizar...
O jeito como você sabe o que eu pensei que sabia A batida do meu coração pula quando estou com você Mas eu ainda não entendo Como o seu amor consegue fazer o que ninguém mais consegue
Crazy In Love | Beyoncé (feat. Jay-Z)
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━ ANY GABRIELLY EUA · Nevada · las Vegas
Desde a noite de piscina, onde Josh se declarou, e eu também me declarei, e a noite na mansão no meio de pinheiros em uma floresta vasta, eu não conseguia tirar todas as palavras dele da minha cabeça.
Tudo o que eu disse era verdade, por mais que eu tenha rejeitado esse sentimento por algum tempo desde que passei a entende-lo como um perigo a minha estabilidade emocional.
Amor.
Eu não sabia nada sobre isso e nunca tive alguém que me amasse, eu nunca ouvi um verdadeiro eu te amo.
Meu pai me criou como seu objeto de troca, ele me dava para um homem que oferecesse um bom benefício. Eu tive uma mãe, claro, mas ela morreu quando eu era ainda muito pequena, ela também não era amorosa pelo o que eu sei. Ela era uma mulher bonita, eu vi nas fotos, mas era tão vazia.
Ela e meu pai não se amavam, acho que eles viveram o tipo de relação que meu pai quisera para mim. Minha mãe não teve a sorte de escapar como eu tive.
Então com meus seis anos eu a vi na piscina, era madrugada e tinha uma tempestade horrível. Eu sempre tive medo dos raios e trovões, mas quando eu a vi boiando na piscina e o líquido transparente se tornar vermelho o medo da chuva, por um todo, me pegou.
Eu tentei ajudar minha mãe, eu pulei na piscina, mas eu não sabia nadar, me afoguei com ela.
Eu acordei no dia seguinte em um quarto de hospital com a notícia que minha mãe havia se matado.
Eu nunca ouvi um eu te amo da minha mãe, eu deveria ser um fardo para ela, mas sei que de alguma forma ela se importava comigo, porque apesar de nunca ter dito ela me protegia dos ataques de meu pai.
Ela deveria ver em mim um retrato dela mais jovem. Talvez esse fosse o maior fardo.
Eu nunca tive crença, mas naquele quarto de hospital ainda fraca eu pedi ao papai do céu para que não tirasse ela de mim. Ele não me ouviu.
Uma memória impressionante a minha, enquanto umas mentes lutam para esconder os traumas a minha só continua remoendo, dia após dia.
Eu pensava que Ele deveria ter outras pessoas para cuidar, mas porque não de mim naquela hora? Fiquei órfã de mãe e meu pai descontou sua frustração diária com aquele cinto. As cicatrizes se formaram e eu implorei a Deus mais uma vez.
