21.O caminho da espada

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Na caverna, Zoro observava Mia fazer o rotineiro café no pequeno fogão portátil, o líquido preto lembrava das tatuagens no braço direito da mulher. Se sentia inquieto, mas não sabia o que era isso. Sorveu um gole da bebida amarga sem fazer careta. Riu que não acontecia o mesmo com a inventora.

- Se você não gosta, por que beber?

- É a única coisa que me faz acordar de manhã. Eu evito colocar açúcar de tanto que a Lilly fica pegando no meu pé. - Ela entrega o prato com o presunto, linguiça e bacon, além de um pão amanteigado. - Coma. É a última provisão de café da manhã reforçado. Ainda tem duas porções para o almoço, mas depois vamos ter que nos virar.

- Você não vai comer?

- Eu estou bem, fique tranquilo.

Zoro ignorou e repartiu igualmente, fazendo um lanchinho com o pão e entregou para Mia.

- Se você estivesse sozinha, iria durar mais. - O espadachim comeu em uma bocada só e logo em seguida finalizou seu copo de café.

- Verdade, mas não seria a mesma coisa. - Mia percebe que ia falar alguma coisa melosa e encheu a boca de comida, se engasgando. Tomou o café oferecido pelo espadachim, que a olhava sereno. - O que eu quero dizer... - Continuou virando o rosto vermelho. - É que está sendo muito bom ter a sua companhia. 

Zoro dá um sorriso de canto, arrumando as coisas e levando a mochila sobre o ombro esquerdo.

- Digo o mesmo. - Disse por fim. Foi andando a frente em direção à saída do túnel. Tentava entender esse sentimento que o invadia. Nunca foi de dar bola para essas coisas, se sentia vontade de sexo, se masturbava, se conhecia alguém pela primeira vez, demorava para confiar nela, então por que com Mia estava sendo diferente? Queria saber mais sobre ela, do que gosta, seus medos, seus sonhos, seu passado. Suspirou e coçou a nuca. Olhou para o lado e ficou vermelho, ao vê-la tirando a roupa e os sapatos.

Mia correu para a luz no fim do túnel enquanto ia se despindo, ficando apenas com suas roupas íntimas. Acelerou e pulou para dentro do lago, espirrou água como uma bola de canhão.

- Ahhhh! Que delícia! - Mergulhou e voltou, arrumando seus cabelos para trás. O espadachim se aproximou, deixando a mochila no chão. - O que? Você não vem?

- Eu passo. - Sentou-se ali perto e riu da cara emburrada da mulher. Tentou se proteger com os braços dos respingos de água jogados pela inventora. - Você é uma criança por algum acaso? - Mia abriu um largo sorriso, aquele de quem vai aprontar algo. - Ei, ei, ei, nem vem com essa! - Zoro se levanta, mas Mia saí do lago e o agarra pelo pescoço.

- Vem cá, para de ser rabugento! 

Mia estava molhada e seus cabelos respingavam água no corpo do espadachim, que soltava um gemido toda vez que isso acontecia. Tentava se desvencilhar da moça, mas ela não desistia, sempre o levando cada vez mais próximo da borda do lago.

- Tudo bem, eu entro! Só pare de... - Olhou para os seios pressionados no seu peito e o rosto inocente e alegre de Mia. Um toque e ele caí direto para a água, mas antes agarra o pulso de Mia, que vai junto com ele.

Ela gargalha com gosto, jogando água no parceiro, que revidava do mesmo jeito. Depois de alguns minutos de brincadeira, Mia busca em sua mochila o sabonete biodegradável. Sentou-se na beira do lago e chamou o homem para mais perto.

- Vem, deixa eu lavar seu cabelo.

Zoro se aconchega entre as pernas dela, relaxando com a massagem no seu couro cabeludo.

- É por isso que você cheira a morangos. - Descansou a cabeça na coxa dela.

- É gostoso, né? E pode usar assim que não faz mal para a natureza! Eu tenho tanto orgulho dos meus companheiros! - Entregou o sabonete rosa para Zoro e continuou esfregando os ombros e as costas. - Você deve estar com saudades dos seus, né?

Laços verdadeiros [One Piece x OC] [+18]Where stories live. Discover now