Kauã & Hugo ( Romance Gay )

Capítulo 16.( Te Amar é Massa Demais )

⚠️Esse capítulo possue uma cena hot.

" Não vamo' esperar o ano acabar de novo
Pra gente se ver. Escala o oceano, Búzios. Que eu nado montanhas. Pra gente se achar "
⎯ AnaVitória

Sou suspeito de falar da recepção calorosa de minha mãe. Pelo simples fato dela ser minha mãe. Mas sei muito bem que ela já deve ter posto a mesa. Ela é apaixonadíssima por levar as visitas para comer em nosso jardim, perto das rosas. E para ser honesto, aquele é um dos lugares mais bonitos que orbitam minha casa. Numa mistura de ansiedade e nervosismo, Kauã caminha ao meu lado, inseguro. O sol dourado banha os contornos das folhas do jardim que agora, aos olhos dele, parecem transformar-se em uma tapeçaria. No caminho, ele arrumou os cabelos inúmeras vezes, como se ela fosse se importar com cada fio de sua cabeça. Fora as vezes que olhou o rosto na tela do celular.

"Kauã, relaxa. Minha mãe não vai analisar cada detalhe. Você é incrível de todas as formas." Tento acalmá-lo, mas foi totalmente invao. Ele olhou para mim e com os olhos brilhando me disse:

"Você não entende, Hugo! Estou prestes a conhecer a mãe do meu namorado... Quero causar uma boa impressão!"

Ao cruzar a esquina, ele simplesmente para. "De todas as vezes em que vim aqui escondido ou sem que eles soubessem, essa casa era apenas uma casa. Mas agora, parece que não é a mesma casa."

Ele está estático. Eu o seguro pela cintura, mergulhando no emaranhado verde esmeralda de seus olhos. Poderia me perder dentro deles e nunca mais me achar.

"Amor, estamos juntos nessa! Eu também estou nervoso. Na verdade, estou muito, mas muito nervoso! Nunca trouxe ninguém para casa, nunca apresentei nenhuma namorada. E agora estou aqui, na frente da minha casa, prestes a mostrar meu namorado para minha mãe. Você não está sozinho nisso! Estou com você."

Ele me beijou com tanta intensidade que meu corpo se entregou aos seus braços. Por um momento, meu nervosismo desapareceu. "Ok. Vamos fazer isso juntos!" Ele diz, segurando minha mão com firmeza. Chegamos até a porta de casa, abro lentamente e coloco nossos sapatos no cantinho perto da cômoda. Kauã ficou parado junto à porta da sala, como se precisasse de mim para se movimentar pela casa. Parecia um daqueles bonecos do The Sims, aguardando o jogador para tomar suas ações no ambiente.

Vou até ele e coloco minha mão em sua cintura. Seu olhar encontra o meu, e um sorriso encantador se forma em seus lábios. Eu retribuo o sorriso com um beijinho. O som é ligado lá fora, no jardim, e a melodia de "Por Enquanto", na voz marcante de Cássia Eller, preenche o ar.

Kauã: Eu não acredito! ⎯ Diz, dando-me um sorriso radiante. ⎯ Adoro essa música.

Hugo: Posso ser suspeito para falar, mas...acho que ela fez o dever de casa! ⎯ Ele me beija, e eu o beijo. ⎯ Está pronto? ⎯ Passo delicadamente meu nariz em seu pescoço.

Kauã: Pronto, pronto... eu não estou. ⎯ Sorrimos. ⎯ Mas estou confiante e quero muito conhecê-la!

Cruzamos a porta para o jardim de mãos dadas, corações acelerados, e um sorriso que tenta esconder a ansiedade. Lá estava ela, minha mãe, parada um pouco distante de nós, segurando uma taça de vinho e com um sorriso que iluminava seu rosto. Vestia um vestido cheio de flores, irradiando alegria. Ela colocou a taça sobre a mesa e veio até nós de braços abertos, um sorriso exuberante em seu rosto. Minha mãe adora vestidos, e aquele era simplesmente esplêndido.

Os abraços se prolongaram, e ela passou mais tempo com Kauã do que com seu próprio filho. Não que eu estivesse com ciúmes ou algo do tipo, eles se olhavam e abraçavam como se agradecessem mutuamente. "Obrigada por amar meu filho", dizia o olhar dela; "Obrigado por ter feito esse garoto", respondia o olhar dele.