Capítulo 18.( O mar, mar-amar)

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⚠️Esse capítulo possue uma cena hot!

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⚠️Esse capítulo possue uma cena hot!

No final do dia, em uma terça-feira de sol brando, Kauã e eu arrumamos nossas malas na caranga velha do pai dele. Sr. Marino me abraçou forte, como se quisesse transmitir através do aperto no peito um "Cuidem de vocês. Se cuidem!". Sua postura madura contrastava com minha mãe, que insistia com regras e lições de autocuidado. "Nós não vamos morar juntos, mãe", digo, e ela me lança um olhar mortal. Despedimo-nos de Kill Bill, o cachorro que latia incessantemente, e partimos para Lisboa, a praia que fica pertinho de casa.

Ao entrarmos na BR1023, deixamos para trás os prédios e casarões de nossa cidade. A brisa gelada do mar nos envolveu, e a partir desse ponto, o que nos aguardava eram lugares e cidades à beira-mar. Kauã cantarolava "Beira do GUPE", escolhendo cada música com precisão para expressar seus sentimentos. Parecia tentar comunicar suas emoções por meio das canções, transformando as palavras dos cantores em suas próprias mensagens de amor. Apoiado na janela, fechei os olhos, permitindo que o vento balançasse meus cabelos e a brisa refrescante tocasse meu rosto. O som dos carros na pista contrária misturava-se ao canto das gaivotas, criando uma trilha sonora mágica.

"Amor, amor, amor!!" exclamou cutucando minha costela. Ao me virar, deparei-me com o seu sorriso voltado para o horizonte. Um casal se beijava em frente ao postinho de gasolina, semelhante a nós. Jovens, apaixonados, belos e, acima de tudo, um casal gay. Compreendi a euforia estampada em seu rosto; era exatamente isso que ele desejava. Queria me beijar e mostrar ao mundo nosso amor. Eu também ansiava por isso, queria agarra-lo agora mesmo, neste instante, beija-lo e proclamar aos ventos o quanto o amava. Contive-me, preocupado em causar um acidente.

Ao passarmos finalmente pelo casal, tínhamos combinado de gritar o quanto eram lindos. Assim fizemos. Gritamos, berramos, e eles soltaram uma gargalhada. Observando-os pelo retrovisor, vi que riam e se beijavam. Acredito que nosso apoio tenha encorajado mais demonstrações de afeto público, e, no fundo, percebo que esse grito de apoio reverberou em mim de maneira que nem imaginava. Foi um grito de validação, uma injeção de força interna. Era exatamente o que precisava, um grito de amor leve.

Antes das duas da tarde, Kauã e eu chegamos à casa dos avós dele. Para ser honesto, não definiria essa residência como uma "casinha" qualquer. A casa possui três andares à beira da praia, que lhe cobrem por uma elegância sutil, à uma vieira esverdeada que abraça todo o lado esquerdo, destacando-se contra pilares desgastados pelo tempo e pelo sal do ambiente. Todos os pilares são esculpidos de maneira que lembravam a arquitetura romana. No entanto, o contraste moderno do telhado dava uma aura moderna.

Conduzi as malas para o interior, uma a uma, enquanto Kauã tentava realizar uma baliza para estacionar o carro sem colidir com os pilares romanos de pedra. Ao abrir a porta, fui surpreendido por um interior ainda mais magnífico do que a fachada exterior. Kauã nunca havia mencionado o quanto seus avós possuem dinheiro, mas eu não estava inclinado a tocar nesse assunto naquele momento.
O interno da casa de praia é formado por paredes claras que capturavam a luz do sol que se filtrava pelas janelas, móveis de madeira, um lustre gigantesco pendurado majestosamente, sala gigantesca repleta de plantas, estante de livros, escadaria enorme de madeira maciça e o cheiro suave de sal e maresia são a ambientação perfeita. A brisa fresca balança as cortinas, sussurrando sons do oceano. Do lado de fora, o som das ondas se misturava com os risos distantes de outros veranistas e as gaivotas entoam canções agudas sobre o céu.
Voltei para fora e as malas estão paradas perto da porta e ele vem do outro lado com um sorriso brilhante.

Kauã & Hugo ( Romance Gay )Where stories live. Discover now