11. Viagens

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304 d.c

Jon Snow tocou em seu dragão, Daenerys observou ainda montada em Drogon, o homem era nurro ou corajoso o bastante para se atrever a tocar em Drogon, que era o mais rebelde. Ela se impressionou, principalmente por Drogon permitir, talvez o dragão também sentisse o que ela sentia e estava avaliando o homem. Talvez, fosse graças a conexão dela com Drogon que Jon conseguisse se aproximar tanto, os sentimentos de montador e dragão são muito interligados. Ela desceu de Drogon.

- São lindos, não são?

- Não é a palavra que eu usaria - Jon quase riu, mas o olhar da rainha o fez mudar de ideia - Mas sim, são belas criaturas.

- Não são criaturas para mim - Ela olhou os três dragões voando - Não importa o quanto cresçam, o quão aterrorizadores se tornem. São meus filhos.

- Voltou rápido.

- Sim - Ela se virou para ele.

- E?

- E tenho menos inimigos hoje, do que tinha ontem.

[...]

- Quantos homens o seu exército matou ao retomar Winterfell dos Bolton 's?

- Milhares.

- Nós dois queremos ajudar as pessoas, só podemos fazer isso se tivermos força. E, às vezes, a força é terrível.

Daenerys comentou sobre a tal facada no coração de Jon, mas ele não parecia querer tocar no assunto, como se fosse complicado ou difícil demais. Por um momento, ela esqueceu, quando Sor Jorah foi trazido pelos dothraki.

- Ele é meu amigo.

Jon observou a cena, um homem vindo por vontade própria até Daenerys para servi-la como rainha, se esse homem era filho do Lorde Comandante Mormont, devia ser de boa índole, e estava ali, para ela. Deviam ser próximos.

[...]

- Não queima-lo vivo ao lado do próprio filho? - Varys disse. Adhara estava passando pelos corredores próximos e ouviu, entrou na sala do trono.

- E quais opções o senhor daria, lorde Varys? - Ela usava um vestido preto, cuja saia crescia somente da lateral para trás, usava calças de couro para cobrir as pernas - O homem se recusou a ajoelhar, se recusou a vestir o preto, já que de acordo com ele, ela não era sua rainha e não podia o mandar para a muralha, o filho dele se recusou a ajoelhar e escolheu morrer ao lado do pai. O que ela deveria ter feito?

- Assim como fiz com o pai dela, apenas trago informações - Lorde Varys bebeu vinho - Eu via os inimigos dele implorarem e dizia a mim mesmo que não tinha nada a ver com aquilo.

- Daenerys não é o pai - Tyrion também se serviu de vinho.

- E nunca será - Varys concordou - Com o aconselhamento certo.

- E o que é certo na guerra? - Adhara se aproximou mais dos homens sentados nas escadarias - O que parece certo para nós, será errado para os inimigos. Não existe decisão fácil na guerra. Lorde Tarly teve uma escolha e uma consequência. Vocês escolheram seguir a Mãe de Dragões, a consequência é saber que pessoas serão queimadas vivas.

- Você fala muito bem, para quem teve sua primeira batalha ainda ontem - Varys disse.

- Sempre gostei de estudar história - Ela juntou as mãos na frente do corpo - É assim que se aprende tanto. Aegon Targaryen não conquistou Westeros com um pedido amigável.

Adhara se afastou, mas ainda pode ouvir uma conversa sobre uma carta para Jon Snow, com nenhuma notícia boa. Ela foi até uma das salas do castelo, usada para confraternizações, foi a última a chegar e ficou surpresa ao se deparar com um homem de idade ao lado da rainha, observando perplexo os seus irmãos e primo.

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