Renascença | GOT

44. Frio

308 Depois da Conquista

— Não! — ela gritou, cansada. — Não é possível!

Sua família já não havia perdido demais? Sansa suspirou alto. Os Targaryen fizeram a cortesia de levar ela até o salão do trono para informar sobre seu irmão mais novo. Sansa se lembrou do início de tudo, antes de sair de Winterfell pela primeira vez, os Stark eram uma grande família e, agora, daquela época, restavam apenas ela e Jon. Nem mesmo o castelo estava de pé. Jon estava estático e acorrentado ao lado dela.

— Seu irmão é o Rei da Noite — Adhara repetiu. — Eu não sei como, nem porquê, mas temos que achar ele e matá-lo antes que se torne mais perigoso do que já é! O Rei da Noite com os poderes de Bran? Estamos mais perdidos do que antes.

—Adhara está certa — Aerion disse. — Se o Rei da Noite pode ver tudo o tempo inteiro, não temos como nos defender.

— A verdadeira longa noite está para chegar — a rainha anunciou.

— Majestades — Kuvira se pronunciou pela primeira vez. — Foi para isto que vim a Westeros, ajudar contra a magia de Brandon Stark.

— Faça o necessário — Daenerys pediu.

— Farei, majestade. Porém, após isso, devo retornar. Meu trabalho acabou em Westeros.

Daenerys encarou a mulher, tinha uma gratidão especial por ela. Apenas concordou com a cabeça.

— Antes de fazermos planos, temos que descobrir como Bran se tornou o Rei — Rhaenys apontou.

— Está certa — Daeren disse, olhando para Sansa. — Você deve saber algo.

Sansa não sabia. Não se lembrava. Ela quase pode sentir seus pensamentos se movendo por sua mente enquanto tentava pensar. A resposta surgiu como um estalo.

— Uma vez, durante…o momento de Bran — arquejou. — O Rei da Noite o tocou.

Um minuto de silêncio.

— O Rei da Noite está possuído Bran — Adhara constatou, ao fechar os olhos e suspirar, irritada.

— Então foi por isso — Rhaenys quase sussurou, sendo a primeira a compreender. A encararam esperando uma continuação. — Só o Príncipe ou Princesa prometidos poderiam matar o Rei da Noite, ao invés disso, foi Arya quem o apunhalou.

— Ele nunca esteve morto — Daenerys constatou, sentindo o estômago revirar.

— Mas queimaram o exército dele — Elia disse.

— Pessoas morrem com facilidade — Daeren disse. — Daario está no Norte, chame-o de volta. Yara também. Envie um aviso a todos os lordes. Temos que nos preparar.

— Coloque fogueiras por toda a cidade, e nos muros também — Adhara ordenou. — Quando a noite chegar, precisamos estar iluminados.

Os preparativos para se defender dos mortos começaram rapidamente. Todos deveriam ir para o Sul.

[...]

Apesar de todos os problemas, Adhara suspirou aliviada ao finalmente poder ver os filhos, um garoto e uma garota. A menina era a criança que estava virada. Adhara sabia que seus olhos estavam vermelhos, mas se controlou.

— Rhaenor e Rhaenyra — anunciou os nomes.

— Lindos nomes — Rhaenys sorriu, observando os sobrinhos.

— Teremos tempo para apreciá-los quando matarmos o Rei da Noite de vez — Adhara se recompôs. — Embora eu não acredite que seja possível.

— Porque? — Elia questionou, tensa.