15. Fosso dos Dragões

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305 d.C

Daella domou Rhaegal. Foi uma surpresa para todos. Eles estavam prestes a sair se Dragonstone para o encontro com Cersei quando a garota apareceu na praia voando nele. Ela descreveu como conseguiu.

Falou com Daenerys em segredo na noite anterior, Daella ja tinha pensado em domar Rhaegal mas queria esperar os ovos de dragão chocarem e, como ela não foi escolhida por nenhum dos filhotes, decidiu tentar com o dragão mais velho.

— Sou boa com a espada, ótima com adagas — Ela disse a Daenerys — Mas fogo é uma arma muito melhor.

Enquanto o dia amanhecia, ela saiu do castelo e foi até os dragões, ainda adormecidos, por sorte ela não acordou Drogon, mesmo que ele estivesse acostumado com a presença da garota, era um dragão mal humorado pela manhã. Com passos lentos e silenciosos, se aproximou de Rhaegal, o dragão dormia como um gato, com a cabeça por cima da pata e com as garras à mostra.

— Porra! — Ela xingou quando Rhaegal se moveu bruscamente. O dragão acordou, ela estava bem na direção de seus dentes. — Rytsa, Rhaegal (Oi, Rhaegal) — O som que o dragão emitiu não foi muito receptivo.

Ainda assim Daella tirou suas luvas e esticou a mão devagar, querendo tocar as escamas dele, Rhaegal avançou como se fosse arrancar seu braço e ela caiu para trás com o susto.

— Não pensei que seria fácil.

Se ergueu outra vez e passou a caminhar na direção da coluna do dragão. Daella começou a falar em valiriano, falou sobre os irmãos conquistadores e seus dragões, quando fez menção de subir em Rhaegal, ele a jogou para trás. Daella caiu em cima de uma pedra pontuda, rasgou o vestido e parte da pele, xingou em valiriano, mas não desistiu. Se ergueu, continuou a história e voltou a se aproximar, dessa vez olhando diretamente nos olhos do dragão. Aproximou a mão devagar e sorriu ao sentir as escamas. Daella conseguiu montar em Rhaegal, quase caiu quando ele iniciou o voo, mas se tornou a montadora dele.

Ela foi no navio com os outros para trocar de vestido e fazer um curativo na ferida do braço, ia ficar com uma cicatriz de oito centímetros, mas comparado a um dragão era a mesma coisa que nada.

[...]

Daenerys levou seus dois exércitos e dois dragões ao encontro com Cersei, sabendo que a mulher não seria receptiva. Eles preferiram deixar os filhotes vigiados em Dragonstone.

— Quantas pessoas moram aí? — Jon perguntou a Tyrion, ainda no navio.

— Um milhão, mais ou menos.

— É mais gente do que o norte inteiro — Jon falou — Espremidos aí. Porque escolheriam viver assim?

— Tem mais emprego na cidade. E bordéis melhores.

— Claro, o que é uma cidade sem um bom bordel — Aerion riu irônico — Reed Keep, sempre quis ver o castelo. O Septo de Baelon também, mas sua irmã estragou meu sonho.

— Vera o Fosso dos Dragões — Tyrion respondeu.

— Considero o Fosso uma das maiores estupidez que os Targaryen cometeram — Aerion deu de ombros — Dragões não são feitos para viverem presos. É contra a natureza deles.

[...]

— Sim, majestade — Qyburn confirmou para Cersei que Tyrion estava com os visitantes, embora Daenerys não tivesse sido vista.

— Outros Targaryen? — Ela bebeu vinho.

— Sim, majestade.

Cersei parou, respirou fundo e analisou. Daenerys não tinha aliados em Westeros, mas qualquer um que soubesse a história do reino saberia a realidade: Targaryens eram perigosos. Sinônimos de problema, principalmente se você estivesse sentada no trono que eles julgam ser deles.

Renascença | GOTWhere stories live. Discover now