30. Limbo

212 39 2
                                    

305 Depois da Conquista

Se a contagem dele estava correta, Maegon não via ninguém além do guarda que levava comida para ele a três dias. No momento, ele consumia o almoço, olhando pela janela, que era alta demais para que ele pudesse fugir, o garoto já havia pensado naquilo muitas vezes. Provavelmente a queda o mataria.

Dez guardas foram colocados no corredor de seu quarto, para impedir qualquer tentativa de fuga do garoto. A espada dele, dada a Sansa quando seus sequestradores o levaram até ela, ele não sabia onde estava. Nas refeições, ele não tinha faca, nem mesmo um espelho em seu quarto que ele pudesse quebrar e usar para cortar o pescoço de alguém. Ele estava odioso. Seu único entretenimento era a conversa dos guardas em sua porta.

A porta do quarto foi aberta para dar passagem a Sansa Stark, sozinha, ela mandou que a deixassem a sós com o garoto de, agora, quinze anos. Ele estava sendo bem alimentado, e todos os ferimentos que ganhou no dia do ataque a King's Landing foram tratados pelo Meistre de Winterfell, no geral, estava saudável, e que os deuses ajudassem Sansa caso não estivesse, porém ainda era um prisioneiro dela.

— Maegon — ela comprimenta. — Já está pronto pra falar agora?

— Será que eu não posso nem me alimentar em paz?! — ele revirou os olhos. — Já disse que não sei onde meus irmãos estão e mesmo que soubesse não diria a uma traidora.

— Posso mandar decapitá-lo por esse insulto.

— Já tivemos essa conversa, Lady Sansa.

— Rainha do Norte — ela corrige, segurando as mãos na frente do corpo. — Sendo tão unidos é difícil acreditar que não sabe onde seus irmãos estão.

Maegon não estava mentindo, ele não sabia nem onde Rhaenys estava, considerando que ela saiu de Westeros antes de todo caos acontecer.

— Já esteve em uma batalha? — ele pergunta abruptamente.

— Já vi algumas.

— Mas nunca lutou em uma — ele se levantou. — Duvido até que saberia segurar uma espada. Enfim, deixe-me lhe explicar algo: o campo de batalha é uma loucura.

— Não acho que precise ser um soldado para saber disso — ela disse ironicamente.

— Você sabia que Jon perdeu o controle dos homens dele durante o ataque?

— O que? — ela se incomodou.

— Os homens do Norte foram os únicos a atacar o povo da cidade — ele a olhou intensamente. — Não os Imaculados. Não os Dothraki. Nortistas.

— Daenerys destruiu a cidade — ela acusou. — Junto com seus irmãos e os dragões.

— Pessoas morrerem queimadas sob o fogo de dragão na guerra é compreensível — rebate. — não podemos controlar as chamas. Os homens que agora são seus súditos atacaram as pessoas do Norte por vontade própria — então ele cruzou os braços e zombou. — Como são honrosos, o povo do norte.

— Não estou aqui para discutir honra — ela se irritou. — Quero saber o paradeiro dos seus irmãos.

— Me desculpe, Lady Sansa — ele debochou. — Mas não tive tempo de perguntar a eles antes de ser sequestrado.

[...]

Daenerys estava usando todo seu ódio para atacar um boneco de palha e, sem experiência alguma com espadas, aquilo só a atrapalhava.

— Se acalme — Adhara pediu, tocando em seu ombro. — O boneco não lhe fez nada.

— Estou tentando aprender.

Renascença | GOTWhere stories live. Discover now