38. Volte

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Lordes Fossoway e Redwayne se deslumbraram com Daenerys, assim como os homens que os acompanharam até ali. Mais que isso, eles se fascinaram pelos dragões, e a destruição que poderiam causar, não demoraram a dobrar os joelhos, mesmo com o casamento valiriano causando burburinho. Entretanto, Lorde Redwayne tinha um assunto muito mais importante a tratar.

- Uma Tyrell? - Daenerys perguntou surpresa. Estava apenas ela, Lorde Redwayne, Adhara e Daeren sozinhos.

- Olenna era minha tia, Majestade - Lorde Paxter Redwayne disse. - Minha esposa é irmã do falecido lorde Mace e filha de Olenna.

- E o que o senhor deseja? - perguntou Daeren.

- Tenho dois filhos gêmeos - foi franco. - Horas e Hobber, e é desejo de minha esposa, e meu, que um deles dê continuidade a casa Tyrell.

Os reis se entreolharam. A Casa Tyrell foi destruída quando Cersei Lannister explodiu o Septo de Baelor e Jaime Lannister matou Olenna, juntamente com os outros Tyrell que estavam no castelo. Mas os Tyrell eram um nome de forte relevância, força estrondosa e, se os ajudassem a se reerguer, seria mais uma garantia da lealdade dos Tyrell e dos Redwayne. Apenas benefícios.

- Por que vir até aqui? - Adhara quem perguntou. - Por que não ir até Bran Stark e o pedir?

- Meus filhos foram feitos de reféns pelos Lannister durante a guerra - disse com desprezo. - Tyrion é a mão de Bran. Além do mais, vossa graça, minha lealdade está com meu sangue, com Redwayne e Tyrell.

- É bom ouvir isso - Dany sorriu. - Acho que é justo que o filho mais novo seja escolhido, não? O mais velho...

- Horas, Majestade.

- Horas! Ele será seu herdeiro, e Hobber será herdeiro de Highgarden, em terras e em nome, assim como os filhos, e netos, e todos que vierem depois dele - Daenerys decretou e, assim, a linhagem Tyrell, pelo sangue de Olenna Tyrell, retornou.

[...]

"Não, não, não" Sansa pensava repetidamente enquanto andava apressadamente. Aquelas três letras eram tudo em que ela pensava desde o momento que uma das empregadas veio, chorosa, dar a notícia. "Ele não pode ter feito isso", ela disse a si mesma, negando a realidade. Parou bruscamente ao virar a torre e encontrar o corpo estirado no chão, a poça de sangue já tinha se espalhado muito. A expressão de Sansa se tornou um misto de descrença e desespero. Ela se aproximou um pouco mais, observando o rosto de Maegon, ela notou que, ao se jogar pela janela, o Targaryen estava sorrindo. Morto e sorrindo.

A neve finalmente havia parado de cair na noite anterior, ela poderia reavaliar seus planos, mas Maegon se jogou da torre sabendo que estava destruindo as chances de Sansa, e ele fez isso sorrindo. O peito da ruiva subia e descia rapidamente, inflado pelo ódio, estresse e inquietação.

- Levem o corpo para o Meistre - ordenou.

Ela deu as costas, meio cambaleante, ignorando a única lágrima, de raiva, que caiu. Um pouco atrás, um dos chefes dos guardas do castelo a acompanhavam, Agner, era seu nome.

- Alguém que saiba da morte dele saiu do castelo? - ela perguntou.

- Algumas pessoas estão saindo do castelo desde de manhã cedo, Majestade - explicou. - Muitos estavam ansiosos.

- Então, talvez a notícia já esteja fora de Winterfell - falou consigo mesma, quase lamentando. - Feche os portões, ninguém mais entra e nem sai até segunda ordem.

[...]

Daevon estava caminhando em direção ao dragão Maegor, quando Elia Martell apareceu atrás dele o chamando. O jovem foi pego de surpresa, mas olhou quase encantado para a noiva.

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