𝐒𝐡𝐨𝐭𝐨 𝐓𝐨𝐝𝐨𝐫𝐨𝐤𝐢- 𝐃𝐨𝐞𝐧𝐭𝐞

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   Tossi novamente, sentindo minha garganta arder como se várias agulhas estivessem a espetando ao mesmo tempo.

   Tentei me levantar para pegar o cobertor no guarda-roupa. Talvez seja a febre, mas eu estou com muito frio. Tentativa falha, a força do meu braço não foi o suficiente para me fazer ficar de pé.

   Todoroki: O que está tentando fazer, S/N? -Perguntou entrando no quarto com uma bandeja em mãos.

   — Frio... -Murmurei, colocando a mão no pescoço pela dor que eu senti ao falar.

   Todoroki: Ah sim. Espera um momentinho.

   Ele deixou a bandeja na minha penteadeira e pegou o cobertor que estava guardado, o estendendo sobre mim.

   Todoroki: Pronto. -Ajeitou o tecido no meu pescoço, dando um beijo leve na minha testa.

   — Obrigada. -Fechei os olhos.- O Aizawa não vai ficar irritado com você por estar perdendo aula para cuidar de mim?

   Todoroki: Espero que não. -Deu de ombros- Ele pareceu entender quando eu expliquei. -Mexeu no meu cabelo- Ah, eu fiz um caldo para você. Li que caldo faz bem para quem está doente.

   — Você é o melhor namorado que alguém poderia ter. -Comentei me sentando, juntamente com o cobertor em volta de mim.

   Estendi os braços para pegar o prato, mas antes que eu alcançasse, a mão do Shoto segurou a minha.

   Todoroki: Eu também li que não é bom se esforçar demais. Deixa que eu faço isso. -Ele segurou o prato e encheu uma colher, assoprando e estendendo para mim.

Tão fofo.

   Sorri. Não conhecia esse lado tão cuidadoso dele.

   Todoroki: Agora só faltam os remédios. -Disse assim que terminei a sopa.

   Fiz uma careta, deitando de novo me escondendo no cobertor. Espero que ele esqueça isso e vá embora com esses comprimidos.

   Todoroki: S/N... -Falou em tom de repreensão.

   — Não! -Sussurrei- Remédios não.

   Todoroki: Mas você precisa. -Tirou a coberta da minha cabeça- É para o seu bem, linda. -Neguei com a cabeça.

Embora eu quase tenha cedido com esse "linda".

   — Você não vai me convencer. Remédios são ruins. -Pronunciei as palavras, sentindo uma dor horrível a cada uma.

   Todoroki: Por favor. -Neguei novamente e o ouvi respirar fundo- Você não me deixa escolha. -Houve um breve silêncio- Alô, mãe?

   Tive que segurar uma gargalhada. Além do sofrimento com a garganta, acho engraçado ele ter que ligar para a mãe pedindo instruções de como cuidar da namorada doente que não aceita tomar remédios.

   Todoroki: Isso, é a S/N. -Ouvi um gritinho vindo do outro lado da ligação- Fuyumi está ai também, não está? ...Imaginei.

   Mais alguns segundos em silêncio depois, Shoto se levantou para se ajoelhar na minha frente, estendendo o celular para mim.

   Todoroki: Elas querem falar com você. -Olhei para o celular, que estava no viva voz.

   Rei: Olá, minha querida. Como você está?

   — Melhor do que ontem. -Tentei rir, mas pareceu mais um pedido de socorro vindo das minhas cordas vocais.

   Fuyumi: O Shoto disse que você não quer os remédios. Tem que se cuidar, cunhadinha. Você precisa estar bem para nos visitar de novo.

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