Prólogo

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Milênios antes da divisão de Prythian:

O macho sorria ao observar a paisagem a frente.

Em pé na sacada de seu castelo, as mãos apoiadas no parapeito e usando nada mais do que um robe de seda, cujo deixava parte do seu tórax a mostra, ele sorria satisfeito ao ver sua criação.

As florestas, rios e inúmeras montanhas que faziam a vista ao longe ser espetacular de se ver.

As grandes construções que se erguiam até onde os olhos podiam ver e abrigavam a maior parte do seu povo.

Seu povo...

O sorriso satisfeito em seu rosto se transformou em um de escárnio.

Que patético.

Ele sequer conseguia se importar com os feéricos que faziam parte do seu império.

Ele não conseguia sentir nada, além do vazio.

Ele nem sabia se era capaz de sentir algum tipo de sentimento.

Era só o vazio e o ódio.

Desde que ele conseguiu se libertar de sua prisão.

O caldeirão.

Sua mãe tinha usado o seu poder para criar toda a vida naquele mundo.

Ele tinha odiado.

Com todas as suas forças.

Ele tinha se sentido fraco, usado e sem qualquer utilidade.

Apenas para criar esses seres, que sequer sabiam dar valor ao que importava.

Eles tinham visto a superfície rasa de seu poder, uma mísera demonstração que Aleksander decidiu mostrar, e tinham decidido servi-lo.

Fora tão simples ganhar a lealdade deles.

Ele imaginou que seria necessário matar algumas centenas de feéricos e dizimar alguns acampamentos.

Mas não, bastou que ele criasse uma cidade do zero e todas aquelas pessoas se ajoelharam perante a ele.

Ele sabia que todos eram ingênuos.

Mas não sabia que seriam tão burros, não que tivessem escolha, eles não eram páreo para o poder de Aleksander.

Ninguém era.

Ele usou a mão para jogar os cabelos platinados para trás, afastando-os de seu rosto e um farfalhar nos lençóis chama a sua atenção.

Olhando por cima do ombro, ele avista a fêmea em sua cama, ele tinha ido a um baile em sua homenagem na noite passada, onde encontrou a fêmea, bastou apenas alguns minutos de conversa para que ambos fossem para o quarto.

Ele tinha que admitir, foi uma noite divertida, mas já tinha acabado.

Ele se afastou da sacada, caminhando pelo quarto enorme que o pertencia, o robe de seda tinha sido descartado no meio do caminho para a cama.

A fêmea sorriu maliciosa para ele e se ajoelhou na cama, vendo-o se aproximar, ela deu uma olhada minuciosa em seu corpo, sem qualquer descaramento e ele sorriu maliciosamente para ela.

Ela tinha cabelos castanhos e olhos verdes, era linda, mas Aleksander não conseguiu sentir nada ao olhar para ela.

Nada além do vazio.

Ele sentiu prazer, quando esteve com ela e queria sentir de novo.

Qualquer coisa além do ódio com o qual estava acostumado.

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