Capítulo 37

744 81 173
                                    

Autora on:

Aleksander pediu a Kieran que caso Amélia não lembrasse de jantar, ele levasse o jantar da fêmea e o amigo não viu problema.

O macho ainda tinha uma conta pendente, com um certo monstro que esqueceu quem manda.

Guenlock ouviu o chamado de Aleksander mesmo estando em uma corte completamente diferente e assim que o macho chegou em sob a montanha, encontrou a criatura o esperando.

Guenlock se curvou em sinal de respeito e obediência.

- Meu senhor - saudou.

Aleksander sorriu, estava com uma túnica cinza e calças pretas, uma simples roupa social para uma pequena reunião.

- Guenlock, como estão indo as coisas? - o macho pergunta como quem não quer nada, caminhando pela sala do escritório em que estavam.

- Estão indo bem, meu senhor - o monstro disse.

- Tem certeza? Não tem nada para me contar? - questionou, a expressão ficando séria.

A criatura engoliu em seco, sentindo que aquela conversa não terminaria exatamente bem, para ele.

- Não senhor, estamos seguindo as regras, eu estou seguindo - falou, mas quando Aleksander se aproximou, ficando na frente do monstro, esse baixou a cabeça.

- Isso é estranho, achei que você me diria sobre a ordem clara que quase desobedeceu quando capturou Amélia - ele diz, a voz se tornando fria como a morte.

Quando viu seus olhos escurecerem, Guenlock se ajoelhou no chão.

- Meu senhor, eu peço perdão por ter pensado tal coisa mas...

- Mas? - Aleksander riu sadicamente - E tem algo que explique o que quase fez?

A criatura se irritou.

Tinha milênios e estava sendo repreendido por uma simples Grã-feérica que não tinha uma centena de sua idade, uma simples mortal.

- Eu só queria ajuda-lo a se libertar, aquela Grã-feérica não é digna de tanta proteção - o monstro rosna.

Mais rápido do que a criatura espera, Aleksander agarra seu pescoço com uma mão e a joga na parede, que racha com o forte impacto do corpo da criatura.

Guenlock cai de joelhos no chão, gemendo de dor e Aleksander trinca a mandibula ao sentir suas costas latejar pelo esforço.

Ele segura o monstro e o ergue no ar, ignorando a dor em suas costas.

A coisa arfa sem ar, mas sequer tenta retirar a mão do macho de seu pescoço, ele sabia que teria as mãos arrancadas se o fizesse.

- Agora repita, qual foi a minha ordem? - a voz soou baixa, letal.

- Não...machucar...a feérica - repetiu a ordem, a voz falhando devido a falta de ar.

- E diga-me, o que eu deveria fazer para punir você? - pergunta, os olhos vermelhos tinham um brilho cruel.

- Peço perdão, meu senhor.

Aleksander rosna em seu rosto.
- Pense duas vezes antes de sequer tocar nela, Guenlock, ou eu arrancarei cada órgão de seu corpo e depois o esquartejarei, garantindo que esteja vivo na maior parte do processo, ouviu?

O monstro assente.

Mas Aleksander aproxima o rosto, pressionando ainda mais o pescoço da criatura.

- Sim...senhor - sibila.

Aleksander o solta e a criatura permanece ajoelhada.

- Agora, aguarde minhas ordens e nem pense em chegar perto da corte noturna, ouviu? - ordenou.

O Vilão Onde as histórias ganham vida. Descobre agora