Autora on:
Reina estava na metade de seu livro, ela passou horas lendo já que não tinha nada mais para fazer além disso.
E ela preferia ler do que sair e correr risco de morte.
Ela já corria na verdade.
Aleksander a mataria a qualquer momento, afinal era pra isso que Horus a mantinha ali.
Em algum momento as palavras se tornaram um borrão e Reina cochilou na cama, caindo em um sono tranquilo.
Não por muito tempo.
Sonho on:
Ela conseguia sentir o cheiro do sangue fresco.
Seu sangue.
Era como se estivesse lá novamente, ela sentia tudo.
Sentia o desespero para sobreviver.
Sentia o medo.
Sentia a dor.
A fêmea gemeu ao sentir a dor aguda em seu abdômen.
Ele estava tentando mata-la.
Ele estava tentando matar seu filho.
Ela se recostou em uma árvore, respirando fundo e tentando se acalmar, o desespero crescente em seu peito a impedia de pensar com clareza.
Seu filho, ela precisava salvar seu filho.
Ele não ia tira-lo dela.
Como se soubesse disso a criança chutou.
Ela estava com seis meses de gestação.
O filho era de Baltazar, seu marido, se é que ele pode ser chamado assim, ela preferia chamá-lo de monstro.
Ela não queria nada daquilo.
Ela não queria casar.
Não queria servi-lo.
Ela nunca tinha deitado com um macho antes, ela certamente não queria que sua primeira vez fosse com ele.
Mas ela não teve escolha.
Baltazar era mais velho e mais forte.
Ela não conseguiu impedir e ninguém a ajudaria.
Afinal, ela tinha que manter suas obrigações como esposa dele.
E assim foi por três anos.
Reina poderia suportar isso.
Toda a tortura que ele a causava.
Mas não com um filho.
Ela gritou quando uma mão agarrou seus cabelos e ele a socou com força demais.
A fêmea foi jogada no chão, sua barriga recebeu todo o impacto e ela gritou, sentindo a dor se alastrar por todo o seu corpo.
Seu bebê...
A fêmea chorava no chão, segurando a barriga, como se estivesse segurando seu próprio filho no colo.
- Esse bastardo não vai carregar meu sobrenome - Baltazar rosna.
Reina cospe no chão.
- Ele não é seu, nunca vai ser - ela diz, raiva em seus olhos, embora seus olhos estivessem com lágrimas que escorriam por seu rosto.
- Você é uma puta, vou mostrar para você o que faço com putas do seu tipo - ele agarra seus cabelos, um sorriso sádico no rosto.
ESTÁ A LER
O Vilão
FantasyAmélia Archeron sempre foi o orgulho dos seus pais. Filha dos grão-senhores da corte noturna, portando um poder fora do normal e com um coração que mal cabia em seu peito, ela recebia sorrisos aonde passava. Sua vida e a de todos da corte noturna es...