Capítulo 3

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Amélia on:

Eu pisquei diversas vezes, tentando focar minha visão, mas eu não via nada além da pura escuridão.

Eu sentia o chão frio sobre meus pés descalços, mas não conseguia enxergar nada.

Algumas tochas presas a parede foram acesas, iluminando o ambiente e vi que estava em uma sala grande, as paredes eram feitas de pedra e pareciam antigas.

Não tinha porta ou janelas.

Mas no canto da sala eu conseguia ver grilhões presos a parede, eu estava sozinha.

Até que comecei a ouvir passos e fiquei tensa, tentando usar meus poderes para me preparar, mas não os senti.

Franzi o cenho.

Eu não tinha mais poderes ou o quê?

- Você não tem poderes aqui - A voz grossa e masculina fez com que eu me sobressaltasse.

Olhei ao redor rapidamente, procurando o dono da voz.

Mas eu não conseguia ver.

Ouvi uma risadinha, vinda do canto da parede, que por coincidência ou não, estava escuro, como se uma sombra estivesse cobrindo algo, ou alguém.

Meu coração estava acelerado, mas os batimentos dobraram quando algo caminhou para fora da escuridão.

Algo não... alguém.

Perdi o fôlego.

Céus...

Se eu tivesse que descrever ele em uma palavra, diria "Perfeição".

Ele era alto, mais do que meu tio Cassian, talvez tivesse dois metros ou quase isso.

Seus cabelos eram longos e platinados, chegando ao meio de suas costas, sua pele era clara, as sobrancelhas escuras e arqueadas e os lábios eram carnudos, eu não via seus olhos, ainda não.

Ele era...

Espetacular.

O ser mais lindo que eu já tinha visto.

Ele vestia um tipo de couro negro, não illyriano, mas que marcava seus músculos, que por sinal ele tinha de sobra.

Talvez sua beleza tenha me afetado e eu estou parecendo uma demente, olhando pra ele dessa forma.

- Parece que causei exatamente a reação que eu queria - Ele diz, se aproximando em passos lentos.

Seu andar era despreocupado, mas elegante.

- Quem é você? - Minha pergunta saiu tarde demais.

- Que falta de educação a minha - Ele parou a minha frente e tive que inclinar o pescoço para cima para olhar para ele, um metro nos separando, ele estendeu a mão - Me chamo Aleksander, mas você pode me chamar da forma que preferir.

Eu conhecia seu tom, se ele não estava flertando comigo, então iria fazer isso.

Hesitei em lhe dar a mão, mas o fiz, esperando que ele apertasse, mas ele segurou minha mão e ergueu minha palma, sem tirar os olhos dos meus ele deixou um beijo nas costas da minha mão.

- Onde eu estou? - O questionei, esperando que ele soubesse, ele sorriu.

- Você está deitada provavelmente em sua cama, na sua casa eu suponho, mas eu estou no seu sonho - ele responde.

Dou um passo para trás, puxando a mão da sua, que eu não tinha notado ele segurando até aquele momento.

Aleksander franziu o cenho, olhando para a sua mão erguida, que ele baixou em seguida.

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