Capítulo 32

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Aleksander encarava a residência a sua frente, estava ali há alguns minutos, decidindo se seguiria com aquilo.

Ele não iria se arrepender, afinal, ele é um monstro.

Mas...por alguma razão ele não tinha certeza do que faria.

Capturar Kieran foi uma surpresa para ele, afinal, não achou que Amélia diria algo sobre ele.

Amélia...

A mão de Aleksander se fecha em punho.

Ele largaria seus planos por ela, deixaria de lado seus princípios por ela, cederia a qualquer coisa por ela.

Ele não se importaria em perder suas forças, em se deixar transformar em Grão-feérico, por ela.

Mas ele foi um idiota.

Um tolo por acreditar que alguém iria sentir algo por ele.

Ninguém o queria ali.

Em nenhum lugar.

Aleksander é indesejado naquele mundo.

E ele não poderia confiar em ninguém.

Ele não confiaria.

A única pessoa em quem ele podia confiar estava agora nas mãos dos seus inimigos.

Eles tinham algo de Aleksander.

Roubaram algo dele.

E Aleksander faria o mesmo.

Pegaria algo que eles gostavam também, como um aviso.

A fêmea abriu a porta com um sorriso, que aumentou ao vê-lo ali.

- Meu jovem, que bom aparecer, não lhe agradeci direito por ter me acompanhado - ela diz.

- Infelizmente para você, teremos que deixar os agradecimentos para outra vida - diz, a voz fria.

O sorriso dela some lentamente e conforme seus olhos varrem o rosto frio e sombrio de Aleksander, sua expressão se fecha, medo tomando seus olhos.

- O que está fazendo, menino? - ela pergunta.

O macho sorriu cruelmente.
- Deveria rever suas companhias, Nala, não se pode confiar em estranhos - ele diz.

Em um rompante ela fecha a porta, mas Aleksander a impede com um movimento, abrindo a mesma com força.

Ela tenta correr, mas grita quando uma sombra se materializa na frente dela, revelando Horus, que sorri.

A mulher cai no chão, lágrimas enchendo seus olhos ao observar com terror o que estava acontecendo.

- Sabe, eu realmente não queria fazer isso, você foi legal comigo - ele põe a mão no peito, fingindo.

Ela grita e se debate quando sente as mãos de Horus prendendo suas mãos.

A criatura sorri ardilosa.

- Mas veja bem, eu preciso seguir com meus planos - Aleksander continuava, caminhando pela sala aconchegante da fêmea.

Ele parou em frente a um quadro pendurado na parede.

E sorriu ao ver quem estava ali.

- Seu filho é muito parecido com você, ele vai adorar vê-la comigo - a crueldade estava presente em cada palavra.

E quando Horus ergueu a fêmea nos braços com facilidade, uma amarra de sombras cobrindo a boca dela.

Aleksander parou em frente a ela, um sorrisinho em seus lábios.

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