Amélia on:
Eu não sabia há quantas horas estava aqui, de pé em frente a porta.
Talvez fizesse duas ou três horas.
Mas, depois de muito tempo eu comecei a ouvir coisas.
Eu poderia estar enlouquecendo, mas jurei ouvir uma voz me chamando.
"Amélia"
A voz sussurrou, como se estivesse em minha mente.
"Amélia"
Ela chamou novamente e eu olhei ao redor, vendo o corredor vazio.
Eu não sentia ninguém aqui, então caminhei até o fim do corredor, depois até a outra extremidade, mas não tinha ninguém.
Então assim que me aproximei da porta a voz chamou novamente.
"Amélia"
Olhei para a porta da sala, o cenho franzido em confusão.
- Quem está aí? - Chamo em alto e bom som.
Mas apenas o silêncio me recebe.
"Entre"
Arregalei os olhos ao constatar que a voz na minha cabeça era real.
- Quem está aí? - Perguntei, me aproximando da porta.
Assim que minha mão toca a madeira da porta ouço um "click".
Cambaleio para trás, sentindo meu coração na boca quando a mesma se abre.
Essa porta estava com tantos feitiços que seria impossível ela abrir sozinha.
Senti algo me puxando em direção a sala.
Então, deixando qualquer ideia racional de lado eu caminhei em passos lentos e cautelosos para dentro da sala.
A mesma estava escura, a única fonte de luz eram algumas tochas presas a parede, o lugar era maior do que eu pensei.
A sala era fria e eu jurei estar sozinha, mas então outra tocha acendeu, e outra e outra, iluminando mais adentro da sala.
Eu arfei.
O caldeirão.
Ele estava...
Quebrado.
Estava quebrado em pedaços.
Um macho, com a armadura da corte dos pesadelos estava jogado no chão, morto.
E em frente ao objeto quebrado que eu achei ser a fonte de toda a vida estava...
Ele se virou.
Meus olhos se arregalaram tanto que eu jurei que saltariam para fora.
Era Aleksander, e ele sorria para mim como se tivesse acabado de realizar um sonho.
A razão ganhou da emoção e eu corri, corri em direção a porta aberta.
Mas ela se fechou bruscamente e eu senti os feitiços que a selavam novamente.
Me prendendo aqui dentro.
Nos prendendo aqui dentro.
Eu respirava pesadamente, olhando para a porta a minha frente, sentindo meu coração bater tão forte em meu peito que eu podia senti-lo.
Desembainhei a espada, me virando para Aleksander que tinha o cenho franzido em confusão.
Ele olhou para o macho morto ao seu lado e compreensão cobriu sua face.
ESTÁ A LER
O Vilão
FantasyAmélia Archeron sempre foi o orgulho dos seus pais. Filha dos grão-senhores da corte noturna, portando um poder fora do normal e com um coração que mal cabia em seu peito, ela recebia sorrisos aonde passava. Sua vida e a de todos da corte noturna es...