Capítulo 5

1K 117 26
                                    

Amélia on:

Eu não sabia há quantas horas estava aqui, de pé em frente a porta.

Talvez fizesse duas ou três horas.

Mas, depois de muito tempo eu comecei a ouvir coisas.

Eu poderia estar enlouquecendo, mas jurei ouvir uma voz me chamando.

"Amélia"

A voz sussurrou, como se estivesse em minha mente.

"Amélia"

Ela chamou novamente e eu olhei ao redor, vendo o corredor vazio.

Eu não sentia ninguém aqui, então caminhei até o fim do corredor, depois até a outra extremidade, mas não tinha ninguém.

Então assim que me aproximei da porta a voz chamou novamente.

"Amélia"

Olhei para a porta da sala, o cenho franzido em confusão.

- Quem está aí? - Chamo em alto e bom som.

Mas apenas o silêncio me recebe.

"Entre"

Arregalei os olhos ao constatar que a voz na minha cabeça era real.

- Quem está aí? - Perguntei, me aproximando da porta.

Assim que minha mão toca a madeira da porta ouço um "click".

Cambaleio para trás, sentindo meu coração na boca quando a mesma se abre.

Essa porta estava com tantos feitiços que seria impossível ela abrir sozinha.

Senti algo me puxando em direção a sala.

Então, deixando qualquer ideia racional de lado eu caminhei em passos lentos e cautelosos para dentro da sala.

A mesma estava escura, a única fonte de luz eram algumas tochas presas a parede, o lugar era maior do que eu pensei.

A sala era fria e eu jurei estar sozinha, mas então outra tocha acendeu, e outra e outra, iluminando mais adentro da sala.

Eu arfei.

O caldeirão.

Ele estava...

Quebrado.

Estava quebrado em pedaços.

Um macho, com a armadura da corte dos pesadelos estava jogado no chão, morto.

E em frente ao objeto quebrado que eu achei ser a fonte de toda a vida estava...

Ele se virou.

Meus olhos se arregalaram tanto que eu jurei que saltariam para fora.

Era Aleksander, e ele sorria para mim como se tivesse acabado de realizar um sonho.

A razão ganhou da emoção e eu corri, corri em direção a porta aberta.

Mas ela se fechou bruscamente e eu senti os feitiços que a selavam novamente.

Me prendendo aqui dentro.

Nos prendendo aqui dentro.

Eu respirava pesadamente, olhando para a porta a minha frente, sentindo meu coração bater tão forte em meu peito que eu podia senti-lo.

Desembainhei a espada, me virando para Aleksander que tinha o cenho franzido em confusão.

Ele olhou para o macho morto ao seu lado e compreensão cobriu sua face.

O Vilão Onde as histórias ganham vida. Descobre agora