Capítulo 82

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O coração de Aleksander estava tão acelerado que ele não conteve o impulso de colocar a mão no peito, para tentar diminuir aquele som que retumbava em seus ouvidos.

Ele piscou os olhos, congelado no lugar, como se a figura na porta de sua sacada pudesse sumir a qualquer momento.

Mas ela não sumiu.

Amélia estava lá, olhando pra ele com um sorriso amoroso no rosto.

Mas Aleksander não acreditou que aquilo pudesse ser real, ela estava morta.

Ele só poderia estar sonhando.

- Por que está aí parado? - ela questionou, dando alguns passos a frente.

Mas ele não se moveu, Aleksander continuou congelado no lugar.

O sorriso carinhoso dela aumentou quando viu lágrimas brilhando nos olhos dele, mas ele hesitava, como se a simples ideia dela estar ali fosse impossível.

Como se ele estivesse com medo de se mover e fazê-la sumir.

Por isso, com uma calma surpreendente, para mostrar a ele que ela não era uma alucinação, a fêmea se aproximou.

Ela ergueu a mão, vendo a respiração dele se acelerar a medida que os segundos passavam.

A mão dela se abriu e Amélia tocou seu rosto, um toque suave e gentil.

Aleksander agiu, mais rápido do que ela esperava ele a agarrou, passando os dois braços ao redor dela e a embalando em um abraço que deixou a fêmea sem fôlego.

Ele enfiou o rosto em seus cabelos, lágrimas caindo por seu rosto, mas Aleksander não deixou de abraçar a fêmea.

Amélia retribuiu, sentindo seu coração esquentar ao sentir o calor dele, a pele e o amor que ele transmitia com aquele abraço.

Foi quando o primeiro soluço preencheu o ambiente.

Seguido por outro e mais outro.

Aleksander estava chorando, ele a abraçava com firmeza, como se não fosse soltar a fêmea jamais.

Como se ela fosse sumir se o fizesse.

Ele não a soltou quando colocou a fêmea no chão e Amélia o abraçou com mais força, ouvindo os soluços baixos que ele soltava, sentindo as lágrimas dele molhando seu ombro.

Lágrimas de saudade.

Ela acariciou seus cabelos consideravelmente mais curtos e suspirou ao sentir a maciez deles, seus olhos também estavam cheios de lágrimas que ela não impediu que caíssem.

- Alek...- ela murmurou em seu ouvido, sentindo seu coração se partir com o choro dele.

Ela imagina o quanto ele deve ter sentido a sua falta e mesmo que soubesse que a culpada era a mãe, Amélia se sentia grata por ela ter permitido aquele encontro.

Mesmo que não fosse para sempre.

- Amor...- ao ouvir a fêmea chamando-o daquele jeito, Aleksander ergueu o rosto úmido pelas lágrimas, seus olhos se fixaram nos dela e Amélia sentiu seu coração aquecer mais do que ela achou que seria possível.

O amor que ele sentia por ela estava ali, nos olhos dele.

Ele segurou o rosto da fêmea com uma delicadeza tão grande que Amélia quase desabou ali mesmo.

E quando ele tocou seu rosto, Amélia notou como suas mãos tremiam.

- É você mesmo? - seu sussurro foi quebrado, como se não estivesse acreditando.

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