Capítulo 62

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Amélia suspirou enquanto tomava mais um gole de vinho.

Estava sentada no balcão da cozinha com duas garrafas de vinho vazias do lado e uma pela metade nas mãos.

Lágrimas banhavam seu rosto, enquanto ela sentia a culpa se alastrar por seu corpo.

Culpa.

Era isso que ela tava sentindo.

Aleksander não tinha saído do quarto desde então, provavelmente para não esbarrar com ela.

Cassandra não estava lá e Amélia não tinha com quem conversar.

Ela não estava bêbada, tinha uma boa resistência a bebida, mas não iria sair daquele jeito, ela tinha chorado por um bom tempo.

Então atravessou para o quarto, onde tomou um banho e vestiu uma calça preta, uma regata de cor roxa e botas.

Ela amarrou os cabelos em um rabo de cavalo e saiu do quarto, parando em frente a porta de Aleksander.

Ela ergueu a mão, pronta para bater na porta, mas travou.

Ela não queria sair sem avisar, mas Aleksander provavelmente não queria falar com ela.

Então a fêmea se afastou e com receio atravessou.

A caverna estava em sua frente, Amélia não atravessou diretamente para dentro, estava há alguns metros dela e conseguia sentir a magia que rodeava o lugar.

Magia de Horus.

- Horus - Amélia chamou e em um segundo ele se materializou em sua frente, fazendo uma reverência.

- Senhora - ele cumprimentou.

- Ela já acordou? - questionou e Horus assentiu.

- Sim, acordou há algumas horas - ele respondeu e Amélia assentiu.

- Falarei com ela - Amélia deu um passo , mas Horus se prostrou em sua frente, impedindo que a fêmea continuasse.

Ele hesitou.
- Senhora...

- Não vou matar ela, por que acha isso? - questionou e ele negou.

- Nada, não é nada - respondeu.

- Horus...o que há com você? - ela estreitou os olhos e Horus não respondeu - Tem sentimentos por ela?

- Não, eu não sinto esse tipo de coisa - respondeu.

Mas Amélia franziu o cenho.
- Por que não?

- Sou uma criatura, não um Feérico - foi o que ele respondeu.

Amélia o encarou incrédula.
- Você não é um monstro, sabe disso não é?

Ele assentiu.

- Irei ver ela, não vou matar Reina.

Horus assente e sai da frente.

Amélia segue para a caverna, Horus faz com que sua magia recue e uma Reina desconfiada sai de lá.

Ela dá um passo para trás assim que vê Amélia, os olhos arregalados.

Amélia a encara séria.
- Oi de novo.

- O que faz aqui? - Reina dispara, seu coração acelerado.

Ela iria mata-la?

- Não vim matar você - Amélia diz, ouvindo os pensamentos que a fêmea dispara.

Reina percebe isso e rapidamente ergue suas barreiras mentais, Amélia as derrubaria, mas não faria isso a menos que fosse necessário algum dia.

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