𝙲𝙰𝙿𝙸́𝚃𝚄𝙻𝙾 7

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CAPÍTULO 7:
Improvisos.

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𝙿𝚛𝚘𝚝𝚘𝚌𝚘𝚕𝚘 17:

𝙲𝚊𝚛𝚛𝚎𝚐𝚊𝚛 𝚊 𝚖𝚊𝚕𝚎𝚝𝚊 𝚙𝚊𝚛𝚊 𝚝𝚘𝚍𝚘𝚜 𝚘𝚜 𝚕𝚞𝚐𝚊𝚛𝚎𝚜 𝚎𝚗𝚚𝚞𝚊𝚗𝚝𝚘 𝚎𝚜𝚝𝚒𝚟𝚎𝚛 𝚎𝚖 𝚜𝚞𝚊 𝚛𝚎𝚜𝚙𝚘𝚗𝚜𝚊𝚋𝚒𝚕𝚒𝚍𝚊𝚍𝚎, 𝚜𝚎𝚖 𝚎𝚡𝚌𝚎𝚌̧𝚊̃𝚘. 𝙴𝚖 𝚌𝚊𝚜𝚘 𝚍𝚎 𝚙𝚎𝚛𝚍𝚊 𝚍𝚊 𝚖𝚊𝚕𝚎𝚝𝚊, 𝚊𝚍𝚟𝚎𝚛𝚝𝚎̂𝚗𝚌𝚒𝚊𝚜 𝚛𝚒𝚐𝚘𝚛𝚘𝚜𝚊𝚜 𝚜𝚎𝚛𝚊̃𝚘 𝚊𝚙𝚕𝚒𝚌𝚊𝚍𝚊𝚜 𝚊𝚘𝚜 𝚛𝚎𝚜𝚙𝚘𝚗𝚜𝚊́𝚟𝚎𝚒𝚜, 𝚎𝚖 𝚌𝚊𝚜𝚘𝚜 𝚖𝚊𝚒𝚜 𝚜𝚎𝚟𝚎𝚛𝚘𝚜, 𝚊 𝚍𝚎𝚖𝚒𝚜𝚜𝚊̃𝚘 𝚎́ 𝚙𝚘𝚛 𝚓𝚞𝚜𝚝𝚊 𝚌𝚊𝚞𝚜𝚊.

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— Tá bravinha? — Cinco pergunta estupidamente. Eu poderia jogar ele na linha do trem agora mesmo. Sinto que só perdi meu tempo, além de passar horas em agonia por estar tão perto de Cinco, vou ter que suportar ele se gabar pelo cargo novo.

— Se disser mais uma palavra, eu coloco essa pistola na sua boca — eu digo, passiva agressiva como sempre.

Cinco faltava saltitar e cantarolar de tão feliz que estava por ter ganhado a missão e consequentemente a vaga. Sua alegria é sinônimo de tristeza para mim. Se ele está feliz, eu estou no mais profundo buraco de depressão e desamparo já visto na humanidade.

Fala sério, eu devia estar no lugar dele. Eu completei a maior parte da missão, e se não fosse por mim, Cinco não encontraria a Morgan.  Sem contar que sou muito mais qualificada para ser diretora do que ele. Eu sou melhor do que ele.

— Gata, depois podemos brindar na minha sala nova, o que você acha?

— Acho que devia parar de me chamar assim — cruzo os braços, ranzinza.

— Por quê? Você é ga… — Cinco quase termina sua frase quando vê que está prestes a me elogiar — Esquece.

Levanto meu dedo do meio para ele. É admirável o modo como ele me faz querer desistir de viver. Eu gostava muito mais da minha vida quando eu não conhecia Cinco.

Nosso destino, onde Cinco escondeu a maleta, estava um pouco mais a frente, porém ele segura o meu pulso e anda contra mim até me fazer chegar na parede. Se o objetivo dele foi me intimidar, não funcionou.

Ele coloca sua mão na parede, por cima do meu ombro, enquanto o seu outro braço que escorre sangue fica parado ao lado do seu corpo. Com uns olhos cativantes e prontos para resolver esse conflito ele diz:

— O que você quer?

Essa pergunta abre um leque enorme de possibilidades, a minha preferida delas nesse momento é quebrar o nariz dele com um soco.

— Além de você morto?

— Isso. Além de eu morto.

— Essa vaga.

— Não, Eleanor, diga outra coisa. Quer um aumento? Outro assistente? Uma equipe só para você? Posso conseguir tudo, agora.

— Ah, não. De você eu não quero nada — eu me inclino e passo por debaixo do braço dele.

Continuo a andar, mesmo vendo ele vir atrás de mim como se me irritar fosse sua vitamina. Ele achou mesmo que iria me ganhar oferecendo benefícios? Só para mostrar que é ele quem está no poder agora? Ou por achar que não posso conseguir sozinha? É patético.

𝙼𝚎𝚗𝚝𝚒𝚛𝚊𝚜 𝚊̀  𝙿𝚊𝚛𝚝𝚎 - Cinco HargreevesOnde histórias criam vida. Descubra agora