𝙲𝙰𝙿𝙸́𝚃𝚄𝙻𝙾 13

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CAPÍTULO 13:
Doce Mentira.

⊰◎⊱

𝚃𝚎 𝚎𝚗𝚌𝚘𝚗𝚝𝚛𝚘 𝚗𝚊 𝚜𝚞𝚊 𝚜𝚊𝚕𝚊 𝚊̀ 𝚖𝚎𝚒𝚊 𝚗𝚘𝚒𝚝𝚎, 𝚜𝚎 𝚟𝚒𝚛𝚊 𝚌𝚘𝚖 𝚊 𝚍𝚎𝚜𝚌𝚞𝚕𝚙𝚊 𝚚𝚞𝚎 𝚟𝚊𝚒 𝚍𝚊𝚛.

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Só faltou embaixo estar escrito "assinado: entidade maligna". Cinco deixou esse papel debaixo da minha porta hoje cedo, o que significa que nossa invasão super proibida acontecerá hoje à noite.

Tenho vontade de dar um soco nele por me fazer sair de casa tão tarde da noite, e outro soco em mim mesma, por ter aceitado. Meu expediente acabou e eu só tive algumas horas para descansar até ter que voltar para a Comissão.

Chego perto do segurança e mostro meu crachá. Ele questiona o porquê de eu voltar ao serviço tão tarde, e eu, confiante, digo que esqueci a minha bolsa no meu escritório.

Eu imaginava que a Comissão ficaria numa completa escuridão à noite, mas é claro que há agentes de plantão. Então ao invés de ser um lugar macabro e escuro, é só meio vazio.

Vou até a minha sala e destranco a porta, acendo a luz e meu próximo passo seria sentar na cadeira enquanto espero o Cinco. Mas ele estava lá. Sentado na minha cadeira. Foi o maior susto que já levei. Ele estava olhando fixamente para mim, em silêncio, e estava no escuro antes de eu chegar.

— Como caralhos você entrou aqui?! — me esforço para não gritar, soa mais como um sussurro furioso. Fecho a porta e ando com passos largos e pesados até a mesa — Você fez uma cópia da minha chave, seu canalha?

Era óbvio que não era uma boa ideia pedir para ele guardar as minhas roupas.

— Não, eu só… consegui abrir com um grampo — ele respondeu, na defensiva.

— Ah, um grampo?

— Sim, esses de cabelo.

— Em que filme estamos? — solto uma risada indignada.

— Isso funciona na sua porta, tá? Recomendo trocar a fechadura.

— Sai da minha cadeira — eu peço, nada educada. Quando ele se levanta, eu paro ele no meio do caminho. Passo minha mão pelo seu corpo inteiro à procura de uma chave, não consigo confiar apenas em suas palavras. Não encontro nenhuma chave, e nenhum grampo.

— Por que está tão nervosa?

Porque o arquivo que você procura feito um louco está bem na minha gaveta.

— Porque você me tirou pelo menos 3 horas de sono dessa madrugada.

— Te dou folga amanhã.

— Justo — eu concordo.

Dou passagem para ele sair da sala e vou atrás, tendo a certeza que tranquei a minha sala. Com dois dias sendo o diretor, Cinco já sabia onde ficava a sala dos arquivos, que é meio secreta e não revelada para a maioria dos agentes. Ele me disse que era na ala Norte. Andamos até lá, com passos leves, mas não tão falsos. Se alguém nos ver, não pode pensar que estamos tramando algo.

Quando chegamos numa porta comum, Cinco tira um conjunto de chaves no bolso, com um pequeno sorriso prepotente para mim, e então abre a porta. Entramos depressa na sala e ele tranca. Por algum motivo, Cinco deixou as chaves penduradas na porta. É seguro pois só nós dois estamos aqui, mas é bem preguiçoso também.

Finalmente consigo analisar a sala. É enorme. É um galpão gigante. Cada evento ao longo da linha do tempo está bem aqui nessa sala. São corredores e mais corredores formados por estantes extensas que quase chegam ao teto.

𝙼𝚎𝚗𝚝𝚒𝚛𝚊𝚜 𝚊̀  𝙿𝚊𝚛𝚝𝚎 - Cinco HargreevesWhere stories live. Discover now