Simplesmente Acontece (Hailey Upton/You G!P).

6- Fantasmas do passado.

Hailey P.O.V

- Você parece feliz hoje. - comentei o óbvio. S/n está batucando no volante enquanto canta uma música qualquer e não para de sorrir desde que chegou no distrito, então alguma coisa certeza aconteceu.

Eu jurei para mim mesma que não iria falar nada, mas está sendo impossível deixar que essa animação toda passe despercebida, ainda mais em plena terça feira.

- Eu estou. - ela sorriu ainda mais. - Bastante.

- Recebeu notícias boas? - perguntei com medo de acabar sendo invasiva, estamos trabalhando juntas há pouco tempo e eu não sei dizer se já temos intimidade o suficiente para falarmos da vida pessoal uma da outra.

- Sim. - ela respondeu. - É impressão minha ou você estava receosa em me perguntar sobre isso?

- Não é impressão sua. - admiti. - Eu realmente estava.

- Ué, mas por quê isso? - ela franziu o cenho confusa. - Você tem total liberdade de me perguntar o que quiser saber.

- Eu não sei. - fui sincera. - Nós duas sequer sabemos coisas básicas sobre a outra.

- Eu sei o seu nome do meio. - ela sorriu convencida. - E a sua idade, isso são as informações básicas.

- Mas eu não sei o seu. - retruquei. - Assim não vale.

- Foi você que nunca me perguntou. - ela deu de ombros. - Então não é culpa minha.

- Não acho que isso seja o tipo de pergunta que se faz. - eu bufei. - E mesmo se eu perguntasse, você seria sincera?

- Bom, provavelmente não. - ela respondeu com uma careta. - Então faremos assim…a partir de agora você tem um passe livre me fazer uma pergunta pessoal quando quiser e eu terei que responder a verdade verdadeira, sem omitir nada.

- É justo. - afirmei. - Fechado então.

- Justo seria se eu também tivesse esse passe livre, não é? - ela sorriu de canto e moveu suas sobrancelhas de forma sugestiva.

- Ah, não! - eu protestei imediatamente. - Eu tenho coisas mais importantes para perguntar do que você.

Céus, eu estou agindo feito uma criança.

- Tipo? - ela me questionou. - Me dê um exemplo. 

- Upton? - Voight me chamou pelo rádio.

- Na escuta. - respondi.

- Você e a S/n fiquem atentas, vamos entrar assim que tivermos um sinal.

- Entendido.

- Disparos. - Voight alertou. - Vão pela entrada Sul, agora.

Assim que a ordem foi dada, S/n deu partida no carro e dirigiu em alta velocidade em direção ao local, já que a nossa localização era bem mais afastada dos outros.

Kevin e Adam chegaram primeiro que nós e encontraram um corpo. Eu entrei primeiro no galpão, sendo seguida por S/n.

- Polícia! - eu gritei assim que vi uma arma. - Não se mexa.

- Não dá. - a voz dele saiu falhada, ao que parece, havia sido machucado.

Me aproximei rapidamente e chutei a arma para o lado, conseguindo ver que ele realmente estava ferido.

- Quem foi que atirou em você? - eu o questionei.

- 50-21 Bucky, estou solicitando uma ambulância para a rua Edson, número 152. - S/n falou pelo rádio. - Temos um homem baleado no abdômen.