S/N P.O.V
- Tem que ser ela, pai. - eu falei como se fosse óbvio, porque realmente era. Eu nem precisei fazer o reconhecimento facial através do sistema para saber quem era aquele garoto, pois, eu o conhecia. - É claro que foi ela que infectou aquele garoto, e sinceramente, eu não consigo acreditar que ela fez isso com o próprio namorado.
Eu nunca me esqueço de um rosto, nunca. Em relação a isso, eu tenho uma ótima memória. Principalmente se for alguém que perturbou a minha cabeça durante várias noites.
- Mas, a Bianca está presa, filha. - meu pai argumentou, e deu de ombros. - Não tem como ela ter feito nada.
- Ah, qual é. Por favor, não seja tão inocente a ponto de achar que ela não conseguiria orquestrar algo de lá de dentro. - eu retruquei, começando a andar de um lado ao outro ansiosamente. - Essa mulher fez de tudo para tentar matar a Hailey, e não conseguiu. Você acha mesmo que ela iria desistir assim sem mais nem menos?
- Bem, realmente faria total sentido ela não desistir. Essa mulher é totalmente obcecada por você. - meu pai falou, visivelmente preocupado. - E eu não sei como e porque você não está preocupada com isso.
- Eu a conheço bem, e por isso sei que ela não faria nada para me machucar, não intencionalmente. - eu suspirei. - O verdadeiro objetivo dela é atingir a Hailey.
A porta da sala do meu pai está fechada, mas os arredores da sala são feitos todos de vidro, ou seja, dá para ver muito bem o que todo mundo fica fazendo. As persianas estão todas abertas, me permitindo ter a visão da minha loira que está sentada em sua mesa, extremamente concentrada em algo no computador.
- E eu não vou deixar isso acontecer. - eu murmurei, fazendo uma promessa comigo mesma e com a Hailey, mesmo que ela não conseguisse me ouvir.
- Você a ama demais, não é? - eu escutei meu pai perguntar, ao mesmo tempo em que se aproximava de mim.
- Sim, eu amo essa mulher mais do que tudo. - eu afirmei, mordendo meu lábio inferior. - Ela vai ser a minha esposa e a mãe dos meus filhos.
- Eu acho que no final das contas, foi ela que te curou. Você fica tão diferente quando está perto dela. - meu pai observou. - Eu nunca vi os seus olhos e o seu sorriso brilharem tanto.
Hailey desviou a atenção do seu computador e olhou para mim sorrindo de lado. Eu sorri de volta sentindo o meu coração disparar, e soltei um suspiro apaixonado.
- É por isso que eu vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para protegê-la também. - meu pai disse, tocando o meu ombro e eu assenti. - A Hailey também é da família, e nós protegemos a família, sempre.
- Obrigada por me apoiar nisso, pai. - eu falei, agora sorrindo para ele que também abriu um pequeno sorriso para mim. - Eu sei que a ideia de ter um relacionamento dentro do distrito não te agrada nem um pouco, mesmo que isso também não seja da sua conta.
- Bem, eu percebi que não podia me meter na sua vida, e muito menos impedir. Então, eu apenas aceitei. - meu pai admitiu e eu ri. - E além do mais, não há nada nesse mundo que eu não faria só para te ver sorrir. A Hailey é ótima, eu sei que vocês vão ser felizes juntas. Ela é uma ótima policial e uma nora melhor ainda.
- Sim, mas agora nós temos que ir lá resolver esse caso. - eu falei respirando fundo, a fim de tomar coragem. Depois abri a porta e saí da sala com a foto do garoto em minhas mãos.
- E aí, conseguiu identificar o paciente zero? - Kevin perguntou curioso. Ao invés de chamá-lo de suspeito, o pessoal chamou o "desconhecido" dessa maneira.
- Eu meio que já conheço a figura. - eu murmurei fazendo careta, e colei a foto dele no quadro. Em seguida peguei o marcador preto e escrevi o nome dele logo embaixo. - O paciente zero se chama Xavier Thorpe, tem vinte anos, e estuda na Universidade de Nevermore.
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Simplesmente Acontece (Hailey Upton/You G!P).
FanfictionS/n e Hailey achavam que seriam apenas parceiras dentro do trabalho, mas acontece que o amor sempre pode surgir de maneiras inesperadas. Ele simplesmente acontece.