Capítulo 18

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Babilônia

Quando terminei de secar meu cabelo fui ver quem queria falar comigo.

Cristian: Carrinho. - falou no idioma dele. Até que já tá melhorando, entendo a maioria das coisas que ele diz.

Me surpreendi quando vi que era Valentina, essa madame disse que não lembrava onde era minha casa e também nem avisou que vinha.

Ela tava com um monte de brinquedo no colo, Cristian mostrava cada um e dizia o nome. Tô ligado que ela nem tava entendendo nada, mas pra não desanimar o pivete, fingiu que sim.

Babilônia: Mas que bela surpresa. - ela levantou a cabeça, olhando pra mim. Cristian veio correndo pra perto, peguei ele e me aproximei dela que levantou e me abraçou. Sentei do lado dela e Cristian deitou no meu colo.

Samara: Com licença. - veio com o suco na garrafa, peguei e dei pro meu filho.

Babilônia: Valeu. - ela respondeu de nada. - já pode ir se quiser.

Samara: Tá, se precisar de alguma coisa me ligue ou mande mensagem. Assenti e ela foi pegar os bagulho dela pra ir embora.

Valentina: É teu esse bebê? - perguntou apertando o dedo do pé dele, ele riu e balançou os pés, esticando pra triscar na perna dela.

Babilônia: É, pô. - ela analisou cada detalhe dele. É lindo mermo parceiro, eu que fiz. - nome dele é Cristian.

Valentina: Nome muito bonito. - lógico, paizão pensou em tudo.

Cristian: É meu papai. - apontou pra mim. Ela sorriu e levantou o olhar pra mim.

Consegui tirar meu filho dos braços daquela velha fofoqueira. Conversei com Nataly e ela concordou dele ficar comigo, lógico que de vez em quando vou ter que levar ele pra ver a avó, mas vai ser só visita.

Não quero que ele atrapalhe a vida de ninguém, se eu fui homem pra botar no mundo e assumir então sou homem também pra criar ele.

Samara tá me fortalecendo demais. Pago cento e cinquenta por semana, ela almoça e às vezes até janta aqui, mas também a hora que eu ligo ela já tá na minha base.

Se posso gastar dinheiro com mulher, bebida e ostentação então posso gastar com meu filho também. Meus mano diz que é muito dinheiro, mas faço em um dia o que pago pra ela em um mês, então tá sussa.

Acho que hoje a noite a mãe dele chega, mas é bem provável ele ir pra casa dela só amanhã de manhã porque tô ligado que ela vai chegar cansada.

Valentina: Sempre foi teu sonho né? - olhei pra ele e depois pra ela, dando um sorriso de canto.

Babilônia: Desde novinho.

Sempre fui um cara de pensar no futuro, desde moleque eu já sonhava em construir uma família, ter uma casa e pá, eu sempre planejei ter meus bagulho.

...

Valentina: Você pode me dá água? Tô com sede. - pediu baixo, pra não acordar meu filho.

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