Triginta et octo

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Gente, e eu voltei a ser escritora foi? Comecei a escrever esse capítulo ontem mas a empolgação de estar chegando em uma fase tão boa, movimentada e polêmica de sott tá me movendo. É um capítulo enorme e eu tive que dividir em dois, se eu conseguir posto a outra parte ainda essa semana.

Não sei o que esperar de sott e acho que nem vocês. Vem tanta coisa pela frente que tô com medo dos surtos. Ultimamente tenho estado assustada com alguns leitores surtados que cruzam o meu caminho. Vocês precisam de terapia, viu? Mas que Deus abençoe.

Ah, não sei se já perceberam que as capas dos capítulos são trechos de músicas que basicamente são um resumo do tema central do capítulo. Então, eu tenho uma Playlist no Spotify com todas as músicas que já usei pra sott até agora. Quem quiser dá um alô

Qualquer erro conserto depois. Foda-se.

Bora?

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A vida não passa de uma oportunidade de encontro. E encontros a gente sabe que são breves. Nascemos e imediatamente aprendemos a dar "tchau".Tchau para a mamãe ou papai quando saem para ir ao trabalho, para os pets fofinhos da vizinha, para o avião voando comedido na imensidão azul. Crescemos acenando as idas porque sabemos, sempre sabemos que eles vão voltar, que vamos nos ver novamente e que haverá vindas, outros encontros. O problema, talvez o maior problema é que nunca ninguém nos ensinou sobre as despedidas. Perder alguém é completamente diferente de dar tchau. Perder alguém é um adeus, por muitas vezes, inesperado.

Dói.

Uma dor tão intensa e inexplicável que nos faz querer explodir. As despedidas nos arruínam completamente. E quanto mais o tempo passa, menos se quer conjugar o verbo "ir". Porque sim, fomos ensinados a acenar mas nunca, verdadeiramente, se despedir.

E era o medo de uma despedida que tomava o peito de Camila naquele momento na sala de espera daquele hospital. Além de Camila estavam Lauren, Mike, Clara, Normani e Alycia há algumas horas esperando por notícias de Lily, mas nem sequer haviam visto a médica responsável pelo caso ou sequer sabiam quem era ela. De acordo com algumas enfermeiras ela havia entrado em sala de cirurgia, mas não conseguiam informar se era Lily quem ela estava operando naquele momento. Isso atormentava a todos presentes, principalmente Michael que não parava de chorar e tremer mesmo com todas as tentativas de Clara para acalmá-lo. Alycia estava um pouco mais afastada, atendendo e fazendo ligações a todo minuto pois havia adotado para si a tarefa de dar notícias e atualizações de Lily aos amigos que não estavam no hospital. Normani não saía da recepção, perguntando e pressionando a todo momento qualquer pessoa vestida num jaleco na tentativa de conseguir informações sobre o estado de saúde da sua melhor amiga. Camila apenas observava aquele caos, tentando manter-se calma e positiva para garantir que Lauren pudesse se sentir da mesma forma. E também para assegurar a si mesma que maus pensamentos não tomariam a sua mente outra vez.

A arquiteta deixou seu olhar vagar por aquele ambiente amplo e iluminado, projetado para acomodar familiares e amigos de pacientes em momentos de espera e angústia. As paredes eram pintadas em tons suaves, como um azul claro, transmitindo uma sensação de calma e tranquilidade. O lugar era cuidadosamente decorado para proporcionar conforto aos presentes. Havia assentos confortáveis espalhados pela sala, em forma de cadeiras individuais e conjuntos de sofás, promovendo opções de descanso para pessoas de diferentes idades e necessidades. No centro da sala, havia uma mesa de madeira, com algumas revistas e jornais dispostos sobre ela. Era um pequeno gesto para tentar distrair os pensamentos e ocupar a mente das pessoas, enquanto aguardavam notícias sobre seus entes queridos. As janelas amplas permitiam a entrada de luz natural durante o dia, iluminando o ambiente e proporcionando uma visão parcial do exterior. Cortinas leves e transparentes eram utilizadas para garantir privacidade quando necessário. Nas paredes, quadros com paisagens serenas estavam pendurados, trazendo um toque de serenidade e beleza. Também havia alguns painéis informativos com orientações sobre os serviços oferecidos pelo hospital e informações úteis para os visitantes. Ao redor, Camila percebeu que era possível encontrar pequenas mesas laterais, onde as pessoas podiam colocar seus pertences, como bolsas, casacos e celulares. Tomadas elétricas estavam disponíveis para que os visitantes pudessem carregar seus dispositivos eletrônicos. Um televisor de tela plana estava estrategicamente posicionado em um canto da sala, exibindo algum filme que a arquiteta não conseguiu identificar, mas sabia que aquela era uma distração visual para aqueles que desejassem.

Sign of the timesOnde as histórias ganham vida. Descobre agora