Tribus

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Oi, oi, oi!!! Tô animada de estar aqui com mais um capítulo de Sign of the times porque eu realmente tô amando demais escrever esse enredo.

Vi comentários com elogios sobre a minha escrita. Isso me deixou feliz porque vocês notaram que eu dei uma melhorada.

Outra coisa que me deixou feliz foi ver vocês falando que estão se apaixonando pela Holanda. Vocês não tem noção do quanto estudar sobre esse país me deixou mais próxima e apaixonada dele. É realmente maravilhoso.

Acho que querem o capítulo, né? Então, vamos lá.

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 Seus olhos eram atentos, vidrados na tela do notebook que apoiava em seu colo. Sentada no sofá com uma caneca de café ao seu lado direito, Camila procurava por respostas há mais de duas horas. Enganou-se tanto ao pensar que aquele simples sinônimo de vida não existiria mais em seu jardim no outro dia, que tornara-se obcecada com o assunto. Surpreendeu-se demais ao encontrar mais flores nas manhãs seguintes e nesta, sequencialmente. Já era a quinta delas. Uma nova vida a cada 24 horas, constatara.

Violeta. Fora essa que pôs-se a nascer em seu jardim. Uma flor tão popular mas com um significado tão peculiar... Remetendo a nobreza e ao poder, as violetas tinham dentre suas definições a espiritualidade e intuição, com uma cor que simboliza o mundo da magia e alquimia.

Claro que existia magia em meio a isto, pensou Camila quando leu o artigo sobre a flor pela primeira vez.

A arquiteta estava incrédula demais para considerar as hipóteses de que aquilo poderia ser algo bom. Não que fosse pessimista, claro que não, mas a vida e o tempo não lhe deram muitas razões para depositar positividade e confiança. E confiança era uma palavra que — para Camila — apenas servia para enfeitar dicionários. Por isso, aprendera a aplicar certeza em si, somente em si, deixando um pouco do que restara para sua amiga e prima distante, Brooke. Era a única pessoa que estava durando perto de Camila, por incrível que pareça.

Fechou abas, abriu outras, aprofundou-se em suas pesquisas entrando em sites não tão confiáveis. Precisava encontrar e iria, era determinada e não de desistir no primeiro obstáculo à sua frente. Sabia que não seria tão fácil e não precisava que fosse. A vida lhe ensinara uma porção de coisas, dentre essas, a persistência. E foi com sua insistência que conseguiu enxergar um tópico que lhe chamara atenção.

*Flor do destino

Estava lá, estampando a tela de seu notebook.

O coração da arquiteta disparou. Levantou-se, aplicando a caneca de café no pequeno centro à sua frente, tirando o computador do seu colo e deixando-o no sofá. Precisava contar a novidade a sua amiga que chegara de viagem noite passada.  

— ALLYSON!— Saiu aos gritos, correndo pela sala para alcançar a escada que levava ao primeiro andar. Subiu-as correndo. — ALLYSON! — Gritou outra vez. —  Oh meu Deus, eu encontrei uma coisa.

Passou pelo corredor no andar de cima e parou em frente a porta que ficava ao lado do seu quarto. Allyson dormia por lá e o grande problema do momento seria acordá-la. Camila aprendera ao longo do tempo uma lição muito importante: nunca, em hipótese alguma, deve-se acordar a Brooke.

— A não ser que seja algo de suprema importância. — Falou em baixo tom, tentando encorajar a si mesma do que precisava fazer. A arquiteta respirou fundo e colocou a mão sobre a maçaneta, girando-a devagar.

A cena que tomou o campo de visão de Camila era algo para rir. Havia travesseiros espalhados pelo chão, cobertor jogado para fora da cama e uma Allyson totalmente esparramada no colchão. Sua cabeça ultrapassava o limite do mesmo, deixando-a com o pescoço pendurado e a boca aberta. Em todos os seus séculos vividos a arquiteta nunca vira alguém dormir dessa maneira. Também não entendia como alguém tão pequeno conseguia ocupar tanto espaço numa cama consideravelmente grande..

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