Triginta

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BOA TAAAAAAARDE!! Que tarde de sábado maravilhosa para uma atualização de Sign of the times, Hein??? O que posso adiantar pra vocês é que esse é um capítulo soft que serve apenas de ponte para a história, o próximo vai ser um cap cheio de açúcar de tão lindo e fofo e mais uns cinco assim até a desgraça acontecer de verdade. Hahahahahaha

Acho que vocês vão pirar com a chegada da nova personagem e da nova contratada para ajudar Lauren na filial da bistrô. Bora lá??

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 Tem coisa que sacode a gente que nem ventania, deixa uma bagunça e, por ora, vai embora. Depois volta. Você perde o rumo, as estribeiras, bate a cara na porta, chuta o mindinho em alguma quina. Você derruba garfo, colher, copo, prato e panela. Você sabe o que tem que fazer, só não sabe como. 

Mas é que, caramba, nossa vida vira do avesso algumas vezes. Nós nos enrolamos com as situações, confundimos emoções, ficamos perdidos em labirintos construídos por nós mesmos, tudo isso na tentativa de arrumar nosso coração só pra alguém morar. Sendo que, na verdade, precisamos de alguém que quer estar ali por nós, conosco. Precisamos de alguém que não liga pra desordem ou arrumação, alguém que só faz questão da gente mesmo. 

 E Lauren sabia que Camila fazia. Estava noiva há uma semana e nem conseguia acreditar. A todo momento as cenas daquela noite e do pedido invadiam sua mente, a sacudindo, enfraquecendo as pernas. A maneira que a arquiteta entendia suas limitações e as aceitava, o jeito que ela conseguia amar só com o olhar... Lauren conseguia ver tanta coisa nele…. Nunca precisou ouvir nada da boca de Camila porque ela amava com os olhos, porque ela transbordava amor. Era impressionante como as coisas mais simples a conquistava. 

 Mais outra tampa de panela escorregou da mão da Tournant, fazendo um barulhão. Ela a  apanhou e colocou sobre a pia, se escorando na mesma, respirando fundo. Estava tão aflita, tão nervosa e nem sequer entendia o motivo. Talvez, no fundo, soubesse. 

 E se não for o momento? E se ela não for boa o suficiente para fazer a arquiteta feliz pelo resto da vida? E se Lauren não estiver pronta? 

E se...
E se…
E se…

 A Tournant estava tão perdida em suas inseguranças e incertezas que nem sequer ouviu a panela de pressão apitar, muito menos percebeu quando Alycia entrou na cozinha e correu para desligar o fogão. 

― Alguém está com a cabeça no mundo da lua, não é mesmo, Lauren? 

― Alycia! Oi! ― finalmente voltou a si. A americana foi de encontro a amiga, abraçando-a apertado. 

― Cheguei na hora certa. Pelo que conheço de você e seus abraços, está precisando de um ombro amigo, correto? 

― Sim. E de ajuda na cozinha também ― desabafou, deixando seus ombros caírem. ― Não é muito trabalho, consigo dar conta, mas não sei o que tá acontecendo hoje. Não consigo me concentrar em nada, me sinto aflita, ansiosa, não sei explicar. 

― Eu acho que posso. 

 Alycia tirou sua jaqueta jeans e a pendurou perto da porta em um pequeno gancho, então foi lavar as mãos.

― O que precisa ser feito? 

― Consegue picar aqueles legumes ali? Preciso checar se não queimei nada ou vou ter que fazer de novo.

― Tá zoando, Jauregui? ― aquela pergunta fez Lauren sorrir. ― Sou uma lady, mas também sou pau para toda obra. Tenho até troféu por picar legumes extraordinariamente bem. 

 ― Sério? 

― Claro que não, idiota! ― pegou a tábua de madeira e a faca para então começar. ― O que esse coraçãozinho está sentindo? 

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