Et viginti quinque

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Oi, meus bebês!! Como vocês estão nesse domingo maravilhoso?

Eu tô ótimo e tô aqui no colinho da minha mamãe que tá cuidando do meu pé (sim, eu fui inventar de jogar bola e quase rompi o tendão). Sabem que isso sempre acontece comigo, né. Esse serzinho hiperativo que vocês conhecem.

Amores eu fiz a introdução de alguns personagens que vão ser muito importante. Inclusive, no final do capítulo, há um mistério sobre uma personagem nova. Vou fazer vocês brincarem de caça ao tesouro. Hahahahaha

Inclusive a primeira dica sobre ela é que é de uma série. As próximas vem em breve.

Esse capítulo tá muito, muito precioso e preciso que vocês absorvam tudo o que acharem importante pra poder se lembrarem depois o motivo do acontecimento, ok?

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Nada melhor que o ar geladinho da manhã para acordar os pulmões da arquiteta. Camila andava tranquilamente a caminho de sua padaria preferida ― a única aberta em pleno feriado de Natal. Observava Amsterdam com um gigante sorriso em seu rosto. Era inacreditável que ainda houvesse espaço para mais beleza naquele lugar. A neve predominava as ruas, e mesmo que tudo estivesse branco, não era capaz de descolorir a magia impregnada naquele país.

Levantou-se a todo vapor e deixou a casa de Lauren bem cedo, depois de uma despedida carinhosa e difícil, é claro. Passava um pouco das 9h e já havia feito um montante de coisas, como quebrar o seu relógio ao esbarrar em um alicerce da obra. Sim, ela esteve lá.

Para Camila não existia isso de feriado quando se estava bastante focada. Dirigiu até a construção somente para checar se tudo estava indo de acordo e fazer o levantamento dos materiais que faltavam. Logicamente possuía funcionários para isso, mas era o dia de folga deles e fazer aquilo não a mataria.

Sorriu enquanto meneava em negativo sua cabeça. Às vezes era bom saber que era imortal. Riu ainda mais ao concluir que mesmo com todos esses anos vividos seu senso de humor continuava péssimo. Camila voltou a si quando atravessou a porta do estabelecimento e ouviu o pequeno sino soar sobre sua cabeça.

Ah, como gostava daquele lugar! Entrar lá era como receber colo de mãe: tanto aconchego que te fazia sentir-se seguro. Com paredes amarelas, móveis rústicos e uma infinidade de doces, aquela padaria conseguia fazer a arquiteta sentir coisas inexplicáveis. Talvez fosse pelo belo desenho da Torre Eiffel na parede esquerda, trazendo-a as boas lembranças do tempo em que vivera feliz na França, ou talvez fosse só a energia dos proprietários e ambiente. Alice e seu marido eram pessoas especiais.

― Olá, querida! Feliz Natal! ― Ofereceu a dona que já conhecia a arquiteta. Camila fora até o balcão e preferiu sentar-se num banco por lá.  ― Como vai?

Alice não tinha mais que trinta e cinco anos. Uma mulher de expressão angelical, cabelos ruivos e olhos tão azuis quanto o céu de Amsterdam em dias de verão.

― Muito bem, obrigada! Feliz Natal para você também. ― Camila varreu os olhos pelo local.

― Onde está Reiki?

― Ficou com Gusman para abrir os presentes de Natal. Como não temos um grande fluxo de clientes estamos apenas eu e meus dois cozinheiros.

― Mande um Feliz Natal para os dois. E diga ao pequeno Gusman que trarei um presente para ele em breve.

― Não se incomode, Camila.

― Não é incomodo algum. ― Ela ofereceu um terno sorriso, segurando a mão de Alice para um aperto respeitoso. ― Pode me trazer o de sempre?

Sign of the timesOnde as histórias ganham vida. Descobre agora