Capítulo 08

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Sina Deinert

Fico deitada na cama até às onze horas morrendo de medo do que o Noah possa fazer.
Já se passaram mais três dias e ele não fez nada, mas sei que o que eu fiz, ele não vai deixar barato e essa sensação não vai deixar em paz com certeza.
O único problema é a fome que estou sentindo agora, se não fosse isso eu ficaria no quarto o dia todo.
Levanto-me da cama e abro a porta devagar, coloco a minha cabeça para fora e olho o corredor a minha frente e nada nenhum sinal dele. Vou devagar até a escada e observo e também nada.
Respiro profundamente e vou em direção a cozinha. Procuro algo para comer, abro a geladeira e nada só água e refrigerante. Pego duas latas de guaraná, abro a porta do armário e a mesma coisa.
— Vou morrer de fome.
Tantas formas de se morrer e vou logo morrer de fome. Bebo os meus refrigerantes de uma vez.
Só um pão, custava só um pão.
Decido ficar na sala e coloco Naruto para assistir.
— Vai Sakura porra vai, isso boa. Oh! Inferno, faz alguma coisa.
Fico a tarde toda no sofá assistindo a Naruto, quando já são seis horas tomo um banho e visto um dos meus pijamas preferidos, ele é todo preto do Batman.
Quando já são sete horas alguém abre a porta.
— Pensei que iria ficar no seu quarto o dia todo.
O Noah entra e já fico em alerta na hora. Ele não é assim tem algo errado com certeza.
— Você não vai fazer nada?
Ele se senta do meu lado e fica me observando de um jeito muito estranho.
— Eu não sou tão ruim igual você imagina, Sina.
— Sei.
— Mudando de assunto, conseguiu alguma coisa em relação ao dinheiro?
— Nem liguei o meu notebook hoje.
Ele começa a ficar vermelho e juro que estou pensando que ele vai estourar na minha frente.
Ele solta um longo suspiro e passa a mão pelo cabelo fecha as mãos em punho as apertando com força, umas duas vezes e olha para mim.
— Você sabe o porquê de estar aqui, né?
— É lógico, tenho que encontrar a pessoa que te roubou e limpar o meu nome.
— E o que você está esperando?
— Estou esperando você desconfiar e perceber que sou um ser humano e um ser humano precisa do básico sabe, comida, por exemplo.
Ele levanta uma sobrancelha para mim.
— Que droga, cara, comida. Fiquei trancada nesse apartamento o dia todo sem comer porque o bonito aí saiu e não deixou nada.
— O bonito?
— Sério qual é o seu problema, você está super esquisito.
— Você gosta de comer, né?
— Adoro.
— Ok, pode ser uma pizza então?
— Uma nada, pode ser duas.
Ele está estranho, está sorrindo e a forma que sorri é assustadora, para falar a verdade.
Continuo a assistir o meu anime e ele fica trocando mensagens no celular, uma hora ou outra ele me olha e aquela mesma sensação de que algo vai acontecer não me deixa.
Alguém abre a porta e entra, para o meu completo espanto é o Josh .
— Noah, você me chamou?
Ele olha de mim para o Josh e dá um sorriso macabro. Levanta-se e vai para perto dele. Coloca uma mão no bolso da sua calça social.
— Sabe, Josh pensei melhor e decidi que você pode ficar com ela agora mesmo se você quiser.
Entro em alerta na hora, me levanto e começo a dar passos para trás, mas o Noah vem até mim e me pega pelo braço com força e começa a me puxar, e para na frente do Josh.
— Me solta, Noah você ficou louco?
— Louca é você em pensar que manda em algo aqui, que tal eu te ensinar o seu lugar.
Ele começa a tentar tirar a minha roupa puxando o zíper da frente mais não sou o tipo de mulher que fica só esperando a merda ser feita, brigo com ele tentando me soltar.
Em um ato de pura raiva pego a sua mão e dou uma mordida o mais forte que eu consigo, o gosto de sangue se faz presente na minha boca só paro porque ele me dá um empurrão tão forte que caio e acabo batendo a cabeça no chão com o impacto.
— Vou te matar garota, por isso.
Ele aproxima-se, tento me levantar e nada, começo a arrastar-me em direção a cozinha. Quando já estava quase conseguindo, ele me pega pelos cabelos e me arrasta de volta para a sala, me joga no sofá e olha para o Josh que eu já tinha me esquecido que estava aqui.
— Saia daqui, Josh! Depois conversamos.
— Noah!
— Eu mandei sair, porra, agora.
Ele sai como se nada estivesse acontecendo aqui.
— Vai me matar, é?
— Você tem muita sorte por eu precisar de você ainda.
Ele me olha de cima a baixo mais uma vez.
— Que tal tirar essa sua roupa ridícula.
Ele se aproxima e tentar tirar o meu pijama de novo. — Para, por favor, para.
Uma coisa que eu não gostaria, mas que é impossível começo a chorar sem parar. — Por favor...
— Não.
Ele me pega pelo braço e me arrasta escada acima, tento me soltar seguro no corrimão e nada.
— Me solta, filho de uma puta, me solta.
Jogo-me no chão tentando fazer com que ele desista, mas parece impossível. Choro ainda mais, quando passamos pelo meu quarto e vamos para o dele.
— O que você vai fazer para, por favor, Noah, paraaaaa.
— Você logo saberá.
Ele me puxa e me joga na cama, arrasto-me, mas ele me pegar pelos calcanhares até a beirada dela.
— Agora você vai aprender a me respeitar.
Ele segura as minhas mãos em cima da cabeça e abre o pijama. Deixando-me só de calcinha e sutiã. O choro já se tornou desespero a essa hora, tento me soltar e nada.
Ele passa a mão na lateral da minha barriga e vai subindo, para na região dos meus seios.
— Para.
— Isso tudo é para você aprender a me respeitar, você não é nada, não tente medir força comigo. — Ele dá um longo suspiro. — Sempre sairá perdendo.
Ele abaixa a cabeça no vale do meu pescoço e me cheira nesta região. Chega perto do meu ombro e dá um sorriso.
— Já que você me marcou nada mais justo que te marque também.
Antes de o meu cérebro processar a informação. Ele me morde com toda a sua força. Um grito que parecia não ser meu sai da minha boca.
Choro ainda mais.
— Saia daqui. Posso ser tudo, mas nunca obrigaria uma mulher a fazer sexo comigo.
Ele sai de cima de mim e pega uma bebida. Levanto-me e coloco a mão no meu ombro esquerdo em cima da ferida que ele fez uma dor muito forte tomar conta de mim.
— Anda saia daqui e não coloque o pé para fora do seu quarto até eu mandar.
Pego o resto do que um dia foi meu pijama e saio.

A Nerd na MáfiaWhere stories live. Discover now