Capítulo 30

517 35 0
                                    

Sina Deinert

Acordo oito e meia e continuo na cama sem nenhuma vontade de me levantar, as palavras dele ficaram na minha cabeça repetindo várias e várias vezes, o meu coração se aperta ainda mais gostaria de não me importar mais não consigo.
Ele saiu cedo e até agora não voltou, não vou ficar nesta cama me lamentando por ele. Levanto tomo um banho e me arrumo visto uma calça jeans e um 'top' cropped na cor preta, calço meu tênis All Star e deixo o meu cabelo solto e passo um batom claro.
Não vou ficar aqui sozinha nem morta, pego a minha bolsa com a minha carteira, no corredor não tem ninguém. Ótimo! Pego o elevador. Quando este se abre tem um rapaz, ele me olha de cima a baixo e dá um sorriso para mim. Ele foca na minha barriga exposta, entro um pouco sem graça aperto o botão e me encosto um pouco na parede.
— Está aqui a passeio?
— Sim.
— Me chamo Alan.
— Sina .
— Prazer Sina, desculpa a minha indelicadeza, mas você gostaria de tomar um café comigo.
Fico sem graça na hora.
— Desculpa, mas estou acompanhada.
— Não estou vendo ninguém com você agora.
— Só porque não tem ninguém agora comigo, não quer dizer que estou disponível.
— Só um café. Prometo não morder, só se você quiser.
— Muito obrigada, mas dispenso.
Quando ele vai responder, o elevador para e a porta se abre, aproveito e saio.
Passo pela recepção e vou para o restaurante, sento-me em uma mesa mais afastada, uma moça me atende peço um café e uns pãezinhos.
Depois de uns minutos ela traz o que pedi, ouço uma risada e olho para uma mesa próxima da saída.
Tem uma mulher morena, linda sentada com um rapaz ela segura em sua mão depois começa a acariciar o seu pescoço.
Espera aí conheço aquele pescoço não pode ser desgraçado infeliz. Aquele é o Noah , o que ele está fazendo aqui e melhor ainda quem é aquela mulher?
As minhas mãos começam a suar na hora, uma raiva começa a me dominar respiro fundo. Levanto-me pego a minha bolsa e coloco o sorriso mais falso do mundo e vou a sua direção. Vou mostrar que também sei brincar.
Chego perto e lhe dou um beijo, depois me sento próximo a ele que por sinal me olha com uma mistura de ódio e espanto.
— Amor eu te esperei. Você não apareceu fiquei preocupada — falo ignorando completamente a mulher que está a minha frente está por sinal está com a boca aberta até agora.
— O que você está fazendo aqui, Sina?
— Já te falei estava preocupada.
— Não vai me apresentar sua amiga, Noah?
Eu e ela olhamos ao mesmo tempo, para ele.
— Ah! Desculpa Vanessa essa é...
Antes que ele termine de falar respondo.
— Prazer sou Sina Urrea, a esposa do Noah.
Ele começa a tossir sem parar, entro no jogo e começo a dar pequenos tapas nas suas costas.
— Você está melhor bebê. — Ele me olha com tanto ódio que dou um sorriso para ele em resposta.
— Estou.
— Não sabia que era casado, Noah.
— Ah! Tem pouco mais que um mês deve ser por isso, né amor? — Pego no seu rosto e começo a acariciar.
— Depois terminamos essa conversa, Noah tenho ainda outra reunião daqui a pouco — fala se levantando — Foi um prazer te conhecer Sina até mais Noah.
Ela sai e aproveito e pego um copo de suco e bebo tranquilamente.
— Simpática ela, né?
Ele pega o copo da minha mão e o colocar na mesa.
— Eu queria beber.
— O que você está fazendo aqui?
— Vim tomar um café, já que você não apareceu.
— E essa cena?
— Que cena?
— Não se faça de burra não combina com você, tem noção de quem é aquela mulher?
— Eu não, mas você deve saber por que a intimidade que estava com ela era notada de longe.
— Você não tem esse direito de se meter na minha vida.
— Por que não? Você se mete na minha a hora que quer, é bom né?
Ele respira fundo e passa a mão, diversas vezes pelo cabelo, eu pego um bolinho e como ignoro.
— Vamos! — fala se levantando.
— Pode ir, estou comendo ainda.
— Não estou te perguntando, anda se levanta.
— Não.
— Sina ! Estou fazendo um esforço fora do normal para não te arrastar pelos cabelos, então levanta daí agora!
— Idiota! — Me levanto para logo em seguida ser parada por ele.
— O que foi agora?
— Que roupa é essa Sina?
— É uma roupa por quê?
— Desde quando você se veste mostrando a barriga.
— O que tem de mais, é apenas uma barriga.
— Toma. — Ele fala retirando o blazer.
— Obrigada, mas não estou com frio.
— Pega essa merda agora!
— Não. — Saio de perto dele e vou para a recepção ele vem logo atrás e segura o meu braço me trazendo para perto.
— Para de fazer cena, Noah.
— Pega essa merda agora!
— Não pego mesmo, mal-educado.
— Se mais um homem olhar para você como aqueles que estavam no restaurante. Juro que mato um por um e coloco a cabeça deles do seu lado amanhã de manhã.
— Você não teria coragem.
— Você quer mesmo pagar para ver.
— O que tem de errado eles olharem, afinal você estava quase caindo de boca no decote daquela mulher.
— Pega agora — fala entredentes.
Sustento o olhar dele dou um sorriso cínico.
— Não.
Ele segura o meu braço com força e sai me levando junto, tento me soltar, mas não consigo, cada pessoa que passa por nós olha com espantado.
— Para, Noah todos estão olhando.
— Que olhem. — Quando estamos chegando ao elevador sinto alguém segurar o meu braço paramos na hora.
Viro-me para logo ver o Alan olhando de mim para o Noah.
— Algum problema, Sina?
Merda o Noah me observa com mais ódio ainda.
— Quem é esse, Sina?
— Não tem problema nenhum, Alan.
— Da onde você conhece esse cara, Sina? — pergunta apertando o meu braço.
— Do elevador — falo me soltando.
— Se esse cara estiver te incomodando, é só falar.
— Por quê? Se eu estiver a incomodando o que você vai fazer?
Antes que ele responda me meto no meio.
— Não tem problema nenhum aqui, Alan é só uma briguinha à-toa.
— Deixe-o terminar estou doido para ouvir a sua resposta.
— Noah, vamos! — falo pegando no seu braço, por favor...
Ele olha para mim e a sua expressão melhora.
— Por favor, não faça nada.
— Quando chegarmos ao quarto. Quero uma explicação sobre isto — fala olhando para o Alan.
Balanço a cabeça apenas, saímos dali e pegamos o elevador. Em momento nenhum ele olha para mim, mas vejo que está com muita raiva, a sua boca está em uma linha reta.
Saímos. Ele abre a porta e entro, quando me viro para ele e sou recebida com um tapa na cara, meus olhos se enchem de água, só que a raiva é tão grande que devolvo no mesmo nível. A minha mão começa a latejar
Ele agora me olhar com mais raiva ainda.
— Você ficou louca?
— Eu não, mas vejo que você ficou, escuta aqui, Noah essa é a última vez que falo se você encostar um dedo em mim de novo, juro por tudo que é mais sagrado na minha vida, nunca, está me ouvindo, nunca mais olho na sua cara.
Ele chega mais perto de mim.
— Você está subestimando o seu valor para mim, você não vale tudo isso.
O meu coração se aperta mais e mais com suas palavras, mas me recuso a aceitar.
— Eu sei disso, sou apenas a mulher que você está trepando.
— Nunca se esqueça disso.
— Pode ficar tranquilo, nunca vou me esquecer.
— Estou cansado de ficar discutindo com você, nunca mais faça o que você fez lá embaixo, não terei mais pena de você está me ouvindo.
— Perfeitamente, tenho problema nos olhos não no ouvido.
Ele fecha a mão em punho e se aproxima de mim, fico esperando o seu ataque de fúria, mas esse não vem.
— Você não faz ideia do que acabou de fazer. Aquela mulher era o assunto que eu vim resolver. Graças a você agora não tenho nada.
— Você dará outro jeito.
Ele começa a sorrir de ódio para mim.
— Não coloque a prova a minha paciência, Sina você não gostará que vai encontrar.
— Não penso que você tenha mais alguma coisa para me mostrar — falo me sentando na beira da cama. Não estou me sentindo bem minha cabeça está rodando.
— Sério... Tento conviver com você, mas a cada dia que passa parece mais impossível.
— Porque para mim, é muito fácil, né.
— Estou louco para descobrir quem é a pessoa que me roubou e porque quer você morta. para assim acabar de vez com isso.
Cada palavra que sai da sua boca é uma faca enfiada no meu coração. Como chegamos a esse ponto?
Engulo essa dor que está se formando em mim, uma dor amarga, uma dor horrível.
— Faço das suas palavras as minhas.
— Ótimo, assim está melhor e acho também que acabou o que começamos, isso que aconteceu só mostra o quando foi errado, assim que descobrimos quem me roubou você voltará para sua vida e eu para a minha.
— Ótimo e tudo que quero.
Ele me olha por mais um tempo, abre a boca para falar algo, mas se cala.
Dentro de mim, está uma batalha, lá tem uma garota implorando para que ele fale que gosta de mim e que nada mudou que quer ficar comigo só comigo.
Mas o seu silêncio é a confirmação de tudo que eu tinha mais medo, a sua rejeição a indiferença de tudo que vivemos, não fui nada para ele.
— Arrume as suas coisas vamos partir daqui a pouco, não temos mais nada para fazer aqui.
Ele entra no banheiro, a minha cabeça parece que vai explodir agora mesmo, lágrimas caem livremente pelo meu rosto.
Afinal eu não estava errada, sou apenas mais uma, mas no fundo gostaria de estar enganada.
A sua confirmação, está doendo tanto é uma dor que espero nunca mais sentir, mas tenho certeza que não é nada em comparação do que está por vir.

A Nerd na MáfiaWo Geschichten leben. Entdecke jetzt