Capítulo 17

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Sina Deinert

Fico na cama, mesmo estando acordada há uns vinte minutos, não consigo dormir direito. Cenas da noite ficam passando na minha cabeça sem parar, poderia ser culpa da bebida, mas eu estava sóbria o bastante para saber o que estava fazendo.
Tem uma batalha acontecendo dentro de mim, uma parte gostaria de continuar a manter relação com ele e a outra fala para que eu fuja para o mais rápido possível. Pela primeira vez na minha vida, não sei o que fazer.
Meu Deus, me ajuda a decidir!
Olho o relógio e já são quatro da manhã. Decido levantar e procurar algo para comer. Espero que ele tenha cumprido com a sua palavra e tenha deixado comida nesse apartamento.
Saio do quarto, a minha parte íntima não está ajudando, as pessoas falam que é um desconforto. Desconforto é o escambau, está e ardendo para caralho, o tanto que está sensível e um pouco machucado.
Vou para a cozinha e procuro. Ela está totalmente cheia, nunca estive tão feliz. Pego um prato e coloco um pedaço de bolo, um copo de suco e duas maçãs e saio dali, voltando para o meu quarto.
Sento-me na cama e pego o meu notebook. Achei muito suspeito aquela mulher fazer boas ações, logo ela que roubou do próprio genro.
Entro na conta da ONG que ela é benfeitora e descubro que a vaca nunca mandou um mísero tostão para lá.
— Como uma pessoa pode não prestar a esse ponto, roubar até de crianças? — Balanço a cabeça inconformada.
Pego toda a quantia que foi arrecadada e mando para a instituição a quem pertence.
Ela achou mesmo que iria ficar com esse dinheiro? Triste engano. Termino de comer e continuo a hackear a sua conta. Tento achar algo que me indique o porquê de ter me colocado no meio dessa confusão.
Fico até às cinco e meia, e nada.
— Droga, droga, droga! Mil vezes droga! Tem que ter algo, tem que ter um por quê.
Levo um susto quando alguém abre a porta.
Viro-me e vejo-o parado me observando. É impossível não se lembrar de seus beijos e de suas carícias. Do sabor único dos seus lábios. Só de imaginar começo a ficar ainda mais quente.
— Perdeu o sono, Sina?
— Sim e também estava com fome, então fui fazer um lanche.
Ele entra e se senta do meu lado, não posso controlar os batimentos do meu coração que a esse, momento já está disparado com sua presença.
— Você quer alguma coisa?
Ele acaricia a minha mão e vai subindo até o meu pescoço.
— Sim.
— O quê?
— Você.
Ele me empurra contra a cama e sela nossos lábios em um beijo. Coloco a minha mão no seu pescoço e vou subindo sentindo a maciez do seu cabelo, o seu cheiro já está em cada canto desse quarto.
— Por que não ficou no meu quarto me esperando? — fala mordendo a minha orelha e beijando o meu pescoço.
Quero responder, mas não sei o que falar.
Ele coloca sua mão por debaixo da minha blusa apertando o meu seio com força, fazendo com que eu levante ainda mais. Ele aproveita e começa a tirar a minha blusa.
Como num passe de mágica, pensei na insegurança e em tudo mais, me afasto dele o mais rápido possível.
— O que foi?
— Eu não estou pronta ainda para fazer outra rodada de sexo com você.
— Por que não?
— Noah. Não estou conseguindo nem andar direito. Não vou fazer sexo agora.
Exagero um pouco, mas não é tudo mentira.
Ele passa a mão pelo cabelo o desarrumado e se levanta.
— Deixa de ser fresca, Sina.
— O quê? Fresca é sua mãe, sai daqui agora.
— Quero ver quem vai me tirar.
— Deixa de ser infantil, vai fazer o que? Obrigar-me a fazer sexo com você?
— Você sabe muito bem que nunca, te obrigaria a ter relações sexuais comigo.
— Então sai.
— Quer saber, ok se está tão machucada, descanse um pouco.
Fico apenas olhando para ele, travando uma batalha comigo mesma. Ele está saindo, mas antes para na minha frente, engulo em seco ao olhar para aqueles olhos.
— Toma.
Fala me entregando uma caixa de remédio e se vira para sair. Droga, quer saber que dane se tudo.
— Noah.
Ele se vira e fica me olhando.
— Que seja o que Deus quiser. — me jogo em seus braços. Ele corresponde me erguendo entrelaço as pernas na sua cintura o que faz com que ele me empurre em direção a porta e me beija como nunca.

A Nerd na MáfiaWhere stories live. Discover now