Capítulo 13

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Sina Deinert

— Sinto muito pela sua perda.
— Já faz muito tempo, mas obrigada mesmo assim.
— Você quer alguma coisa, Esteves?
— Você está nos devendo uma visita, Noah já está na hora do jantar de apresentação do seu noivado, com a minha filha.
Ele chega mais perto dele.
— Não estou te devendo nada, já vou me casar com a sua filha daqui a dois meses, peça a sua esposa para preparar tudo e me avise qual será a data do casamento e pronto.
— Não é bem assim, a nossa cultura fala que temos de fazer uma cerimônia antes para apresentar o casal à sociedade.
— Sou o chefe da máfia italiana e estou dizendo que é assim que vai ser porra e pronto, já falei não vou repetir.
— Farei o que deseja. Obrigado pelo tempo.
Ele se retira.
— Você é um mal-educado mesmo.
— Você não se meta no que não é da sua conta, você já me irritou demais essa noite.
— Mal-educado.
— O que você falou?
— Nada não.
Ele levanta uma sobrancelha e continua digitando no seu celular.
— O Noah você bem que poderia tomar vergonha na cara e comprar algumas coisas para sua casa.
— Lá tem tudo que preciso.
— Bem é que você esqueceu que agora vivo lá também, então devolva o meu cartão de crédito que eu mesma compro.
— Você está falando de comida?
— Do que mais seria?
— Vou pedir para resolver isso, talvez assim você fique com a boca fechada, pelo menos com isso.
— Até que fim.
— Você é muito folgada, garota.
— E você é idiota, e aí.
— Ocupe então a boca com comida, talvez assim você consiga ficar com ela fechada.
— Pego mesmo.
Continuo a comer como se não houvesse amanhã.
O Noah sai um pouco da mesa e começa a conversa com várias pessoas. Me deixa aqui aproveito e bebo mais uma taça de champanhe. É melhor não beber mais, já estou um pouco zonza.
Já tem quase trinta minutos que o infeliz saiu e a minha bexiga já está quase estourando de tão apertada que está.
— Que se foda, vou ao banheiro.
Levanto-me e vou em direção ao banheiro até apertando uma perna na outra, de tanta vontade que estou de fazer xixi. Abro a porta e tem umas três mulheres lá dentro mexendo em suas maquiagens, corro literalmente e entro na cabine.
Alívio, essa é a palavra que me define agora. Saio e não tem ninguém mais aqui.
Quando vou sair alguém entra, pensei que fosse o Noah, mas não é. É um homem com uma pequena cicatriz no olho direito. Ele me olha e só consigo sentir medo.
— Oi! Moço aqui e o banheiro feminino.
— Sei.
— Se você sabe, o que o senhor está fazendo aqui?
— Estava te procurando.
— Você me conhece?
Ele chega mais perto e pega o meu braço tento retirá-lo na mesmahora.
— Solta o meu braço agora, você ficou maluco?
— A ordem dela foi de te matar, mas acho que vou aproveitar primeiro.
— Ordem?
— Parece que tem alguém que te odeia bastante, mas te conhecendo agora entendo.
— Para com isso me solta agora!
Começo me debater contra ele, o desgraçado pega no meu pescoço. Começa a apertar com força, dou um chute em sua barriga e ele acaba me soltando. Aproveito e corro em direção a porta. Quando vou tocar a maçaneta, sinto ele pegar no meu cabelo, o puxando para trás tento me equilibrar, mas não consigo acabo caindo.
Ele vem para cima de mim e dá um tapa no meu rosto que se vira no processo. A essa hora já estou chorando e gritando por socorro. Tento sair debaixo dele, mas não consigo. Ele prende as minhas mãos para cima e segura as minhas pernas com o peso do seu corpo.
— Por favor, para.
— Calma você vai gostar.
— VOU GOSTAR O CARANHO, ME SOLTA DESGRAÇADO, INFELIZ.
Ele começa a tentar retirar o meu vestido rasgando-o no meio. Coloco toda a força no braço e consigo soltar um e enfio o dedo no seu olho direito com toda a força que tenho.
— Vadia.
Aproveito que ele me soltou para segurar o olho machucado e levanto a perna acertando um chute nas suas partes íntimas. O grito de dor que ele dá é alto e esganiçado. Saio de baixo dele com dificuldade e me arrasto em direção a cabine e a uso para consegui levantar. Uma dor começa no meu quadril, acabo tendo dificuldade para chegar perto da porta, essa se abre.
— O que aconteceu aqui?
Chego um pouco mais perto, mas paro quando sinto uma fisgada, respiro mais devagar tentando não desabar na sua frente.
— Ele veio me matar, mas como você pode ver não conseguiu.
— Levem e o preparem, logo chego lá.
Os dois entram no banheiro e retiram o cara do chão levando-o dali.
— Toma.
Fala retirado o blazer e me entrega, coloco por cima do que um dia foi um vestido quando vou passar por ele quase que caio. Ele é mais rápido e acaba me pegando antes que eu caísse no chão.
Sem mais nem menos ele passa o braço por debaixo das minhas pernas levantando-me acabo encostando a cabeça no seu peito e sentindo o seu cheiro.
— Isso tudo aconteceu por não ter me obedecido, você está horrível.
— Na próxima vez faço xixi no salão.

A Nerd na MáfiaOù les histoires vivent. Découvrez maintenant