Capítulo 12

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Sina Deinert

— Você é a reencarnação do demônio mesmo, não tem nada a ver eu beber mais uma taça de champanhe.
— Se você está com sede é só beber água.
— Pega essa água e enfie no seu cu.
— Você não é virgem, Sina? Já está querendo dar o seu cu, que coisa feia.
— Vá para o inferno você é o seu sarcasmo.
Vou te matar.
Noah insuportável idiota. Ah! Que raiva desse homem, meu Deus, queria fazer picadinho de cada parte do seu corpo, esse maldito. Continuo a comer já que não posso beber, infeliz desgraçado. Estou já entediada com essa droga que não começa.
Oh! Povo cheio de mimimi.
— Noah, dance comigo essa música?
A piranha ruiva está agora na nossa mesa, fico observando a conversa.
— É Noah, dança com ela.
Ele me olha com tanta raiva, que penso que se pudesse, estaria me matando agora mesmo. Dou o maior sorriso irônico em resposta.
— Não estou a fim procure outro.
— Nossa, Noah deixar de ser chato, só uma dança.
— É Noah, só uma dança.
— Qual é o seu problema, Sina? Por que está me empurrando para ela? O que está tramando?
— Eu nada, você que é paranoico, é só uma dança.
— Estou de olho em você garota — fala já se levantando.
Dou graças a Deus que estou sozinha agora. Pego mais uma taça de champanhe e a viro de uma vez isso é muito bom. Oh, delícia!
Pego mais uma só e quando vou virar chega uma garota loira, com olhos de um azul perfeito. Ela se senta na minha mesa e cruza as suas pernas extremamente longas em seu vestido rosa bebê.
Olha-me de cima a baixo e dá um sorriso para mim. — Então você é a nova puta do Noah.
Mais uma rejeitada, mereço.
—Estou sabendo não, sou?
Levanto uma sobrancelha igual o Noah.
— Se está vivendo no apartamento, igual à Rebeca antes, sim, você é. — Eu lá tenho culpa dele ser um safado. Resolve com ele garota.
— Pode ficar tranquila daqui a dois meses resolvo com ele.
— Por que daqui a dois meses?
— Ah! Desculpa por não me apresentar, sou Valentina Mancini. — Ela olha para mim com um ar de superioridade, — Noiva do Noah.
Fiquei até abalada por ele ter uma noiva, mas isso não é o motivo da minha boca aberta e sim pelo sobrenome Mancini. Mais que inferno Mancini é o sobrenome da mulher que está com o dinheiro do imbecil do Nicolai.
— O que você é de Verônica Mancini?
— Ela é minha mãe por quê?
Vai dar merda, vai dar merda das grandes.
— Eu já ouvi falar dela aqui na festa — minto.
— É normal, já que foi ela que a organizou.
— Lógico.
— Ah! Pode aproveitar o tempo com ele. Daqui a dois meses ele será todo meu.
Ela sai da minha mesa e some entre os convidados.
Agora o que faço? Conto para ele que a futura sogra o roubou ou não? Pensando bem se eu contar, nunca vou saber o porquê dela ter me envolvido nessa merda, droga. Preciso saber primeiro, depois conto para ele. Bebo mais uma taça e decido andar um pouco e ver se descubro algo sobre essa mulher.
Levanto-me e sinto uma leve tontura e parece que subestimei o teor alcoólico do champanhe.
Passo pelas mesas e vou em direção a exposição de fotos e no caminho pego mais dois canapés e enfio na boca.
Levo um susto quando alguém pega no meu braço e sai me arrastando em meio das pessoas.
— Olha a vergonha. Noah para com isso.
Ele não responde só continua a me levar com ele de novo para a mesa.
— Você tem algum problema, Sina? Em qual momento falei que poderia sair da mesa?
— Desde quando eu preciso te avisar de algo, você não é nada meu.
— Porque posso. Então se comporte, já matei pessoas por muito menos.
— Não tenho culpa se você é um psicopata sádico.
— Você terá, quando estiver se engasgando com o seu próprio sangue.
Não respondo apenas contínuo o encarando com ódio extremo, pego mais um docinho e como.
Uma mulher beirando aos seus quarenta anos sobe no palco com sua elegância ao extremo.
— Boa noite, como vocês sabem esse é o décimo ano seguinte que realismo essa festa para arrecadar fundos para instituições de caridade pelo mundo. Esse ano foi escolhido por nós a África para ajudar principalmente as crianças que lá vivem. Então vamos lá, que comecem os lances. Agora fiquem com Tomás ele vai ser o nosso leiloeiro dessa noite.
Um homem mais velho sobe ao palco e começa seu trabalho.
Viro-me para o Noah que está prestando atenção em cada movimento nela.
— Noah, quem era aquela mulher que estava no palco?
— Para que você quer saber?
— Só curiosidade.
Ele olha para mim desconfiado, mas responde.
— Aquela é Verônica Mancini.
Já imaginava ser ela.
— Sua futura sogra.
Ele se aproxima de mim e pega no meu braço começando a apertá-lo de novo.
— Qual é o seu problema com braços hem?
— Me controlo para não pegar a minha arma e acertar a sua testa.
— Ok então, foi sua futura esposa que veio até aqui me falar e já ia me esquecendo parabéns.
— O que mais aquela idiota falou?
— O básico sabe, que vão se casar e que é para eu aproveitar bastante de você porque daqui a dois meses será todo dela.
— Quanta inocência ela pensa que irei ficar somente com ela quando casarmos.
— A esperança é a última que morre, né. Ela afinal não tem culpa de ser exatamente com você.
— Você está com a língua mais solta do que o normal, você bebeu não foi?
— Não, você falou para não beber, obedeço.
— Às vezes, fico imaginando como seria arrancar essa sua língua.
— Tá bom, até parece que seja só isso, o que você imagina fazendo com a minha língua.
Merda, falei em voz alta. Nunca mais bebo.
— Noah?— Viro-me na mesma hora que ele.
O Noah se levanta e lógico me levanto também. Tem um homem agora na minha frente beirando seus cinquenta anos, seu cabelo branco, mas que um dia já foram loiros, seus olhos de um azul muito bonito e marcas de expressão aparentes.
Ele olha para mim de cima a baixo, essa mania chata de olhar para as pessoas assim, mas algo em sua expressão não me agrada em nada.
— Te conheço de algum lugar, senhorita?
— Que eu saiba não, por quê?
— Devo ter me confundindo deixa, você me lembra alguém.
Quando ia perguntar quem, o Noah me interrompe.
— Sina esse é Esteves Mancini.
O marido da mulher que o roubou e seu futuro sogro.
— Prazer senhor, me chamo Sina Deinert e sem ser chata, mas quem eu te faço lembrar?
Talvez seja alguma pista, o Nicolai agora está me observando
Atentamente.
— Ah! Você me faz lembrar, da minha antiga mulher. — Ela está aqui? Gostaria de conhecê-la.
— Impossível ela morreu já faz anos.

A Nerd na MáfiaWhere stories live. Discover now