Sacrifice Games - (percabeth)

Combate.

Capítulo 12: Percy.

Fiz o que ela disse. Depois do jantar, encontrei Annabeth na frente dos elevadores. Vestia roupas leves e o cabelo preso num rabo de cavalo.

—O que vamos fazer? —pergunto, parando em sua frente e cruzando os braços.

Ela me olha de cima a baixo, mas não soube identificar o que estava pensando.

—Já escalou um prédio? —de novo ela não respondeu a minha pergunta, fazendo outra em vez disso. Seus olhos estavam nos meus agora.

Neguei com a cabeça.

—Não. Claro que não. Por que eu faria isso?

Pude ter certeza que um brilho malicioso passou pelos olhos dela. 

—Você não sabe o que é diversão, Jackson.

Pensei que entraria no elevador, mas Annabeth andou até o fim do corredor, indo até a grande janela de vidro. Tirou uma faca cor de bronze do cinto, passando-a no vão entre o apoio do vidro e o batente. Ouvi o estalar do trinco sendo separado do fecho e encarei a loira, boquiaberto.

—Como você…?

—Não sou uma santa. —empurrou a janela para cima, deixando o ar frio da noite penetrar o corredor e colocando a cabeça para fora. —Ótimo. Tem apoio para os pés.

Ela realmente esperava que eu fizesse aquilo, mas internamente eu estava apavorado com a ideia. Ficar a mais de quatro mil metros do chão não estava no topo da minha lista de desejos.

—Não podíamos simplesmente pegar o elevador?

—O elevador fica desativado à noite. Tecnicamente estamos proibidos de sair.

—Então vamos escalar o prédio?

Ela sorriu.

—Emocionante, não?

Annabeth se içou para fora, ficando de pé no parapeito da janela e me encarando pelo vidro.

—Você não vem? —perguntou, a sombra de um sorriso presente no rosto.

Engoli em seco antes de imitá-la, ficando de pé ao seu lado, respirando aquele ar frio. Espiei por cima do ombro e me senti ficar até meio tonto.

—Não olhe para baixo, rebelde.

Annabeth começou a caminhar de lado pelo apoio, segurando-se no que havia acima de sua cabeça. Um pedaço do calcanhar ficava para fora e os braços completamente esticados.

—Você é louca. —acabei falando em voz alta.

Ela sorriu de novo, virando o rosto por um segundo.

—Eu te desafio a escalar oito andares primeiro que eu.

"Oito andares?", disse o anjinho no meu ombro direito. "Você não deveria ir de jeito nenhum".

"Ela te desafiou", disse o diabinho do meu ombro esquerdo.

Respirei fundo, agarrei o apoio e a segui.

(...)

Não sei como cheguei vivo até o terraço. Ainda demorei um pouco mais que Annabeth para chegar até lá, que me esperava com as duas mãos na cintura. Suas bochechas estavam vermelhas e alguns fios de cabelo grudavam no rosto por conta do suor.

Desabei no chão, me virando de barriga para cima de modo a encarar o céu estrelado. Todos os meus músculos estavam doloridos e meu coração batia desenfreadamente por conta da adrenalina. Eu estava sem fôlego.