Vou ignorar ela

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[ ... ]

Parecia que estávamos a anos dentro desse ônibus e os jogadores a frente pareciam que não conversavam a séculos, já que era um Tititi para cá e um Tititi para lá.

Após um longo período olhando as ruas passarem rapidamente, chegamos na frente do são Tiago bernabeu, onde após um pequeno período de tempo, os jogadores saíram um por um do ônibus.

Eu nem estava acreditando que ninguém nos descobriu aqui atrás e muito menos que eu estava bem na frente do estádio do Real Madrid, que eu só vi na tela do celular e da televisão.

_ Nem acredito que deu certo, como vocês estão aí atrás? Não se mataram não, né? -  Rodrygo perguntou olhando por cima do banco e evitei olhar para a pessoa ao meu lado, que fazia o mesmo comigo.

_ Acho que já podemos sair, não deve ter mais ninguém aqui. - Jude disse se levantando e passando pelos meninos, indo em direção a saída do ônibus.

_ Você pegou pesado com ele. - Camavinga disse e dei de ombros.

_ Ele começou. - Respondi me levantando junto a eles.

_ Você podia tentar ser legal com ele.

_ Eu sou chata e sei disso, não sei fazer amizade com as pessoas e estou bem assim. - Eu não era do tipo aberta e não gostava de me expor.

_ Mentira, olha para gente já somos família. - Camavinga disse me puxando para um abraço e balancei a cabeça, mas na verdade eu sabia que depois dessa noite eu não veria mais eles.

_ Tabom, eu agradeço a ajuda de vocês, se não fosse vocês ainda estaríamos a procura de um Uber em Barcelona, obrigada. - Agradeci e eles vieram em minha direção me dando um abraço.

_ Imagina Isa, pode contar com a gente, mas agora temos que ir, porque já está tarde. Você quer uma carona para casa? - Rodrygo perguntou mas neguei, eles não precisavam saber que eu não tinha uma casa.

_ Não obrigada. - Falei e ele assentiu indo em direção a saída, assim como nós.

Ao sair do ônibus notei que a maioria dos jogadores haviam entrado no estádio, então imaginei que os meninos também entrariam e puxei Gael para o outro lado.

_ Tchau gente e obrigada novamente. - Falei balançando as mãos e eles fizeram o mesmo acenando antes de entrar e sumir do nosso campo de visão.

_ Dorinha, como vamos embora agora? - Gael perguntou e olhei para todos os lados pensando na melhor idéia.

_ Você está com seu celular? - Perguntei e ele balançou a cabeça assentindo me entregando seu celular. _ Ok, vou ligar para seu pai e ele vai vir te buscar.

_ Tabom. - Acessei seus contatos e liguei para o contato chamado pai.

Ao contrário do que pensei, ele não demorou para atender, em rápidas palavras lhe contei que havíamos chegado e perguntei se ele podia buscar o menino que estava na frente do estádio de Madrid e ele concordou dizendo que seu motorista chegaria logo.

Após desligar sua ligação olhei para todos os lados e fui com Gael para um banco que havia na frente do estádio e ficamos ali esperando pelo motorista.

Se passaram dez minutos quando o motorista chegou procurando por Gael.

_ Tem certeza que não quer uma carona, Dorinha? - Gael perguntou, mas neguei lhe dando um beijo na testa.

_ Boa noite, Gael. - Falei e ele me deu um abraço bem forte.

_ Boa noite, Dorinha. Obrigado por me ajudar a realizar um sonho, te amo. - Foi o que ele disse antes de sair correndo até o motorista e entrar no carro luxuoso que o esperava.

Country on fire - Jude BellinghamOnde as histórias ganham vida. Descobre agora