#orgulho

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Quando acordei no dia seguinte, me levantei antes de Bellingham que dormia ao meu lado e Henrique ainda não havia dado as caras por aqui.

Ia sair em silêncio para não acordar o Jude, mas assim que abri a porta ele acordou.

_ Está saindo? - Perguntou se sentando na cama e assenti.

_ Vou começar a trabalhar, talvez eu ache um lugar bacana para abrir a loja. Mas pode continuar a dormir, se o Henrique bater na porta você abre para ele.

_ Isa.. é perigoso. - Dessa vez ele não ia comigo nem ferrando.

_ Não é, está um sol lindo lá fora e tem muitas pessoas na rua, eu vou ficar bem. Até mais tarde. - Falei saindo para fora sem dar a oportunidade dele se oferecer para ir comigo e fechei a porta logo em seguida.

Desci rápido e cumprimentei as pessoas que estavam na recepção, quando sai do lado de fora, o vento gélido passou por mim me fazendo se encolher um pouco, mas segui a diante.

Decidi ir andando para observar melhor, mas desta vez fiquei longe da pista de bicicletas, não queria ser atropelada novamente.

Era notório identificar quem era turista e quem era morador, as pessoas estavam bem vestidas e tiravam fotos, certamente para registrar e postar nas mídias sociais.

Foi então que me lembrei que também tinha uma que fiz a dias atrás, resolvi me sentar na beira de uma pequena fonte dos desejos, e comecei a mexer no celular, havia pessoas sentadas conversando e outras namorando, mas isso não me atrapalhou.

Abri a minha rede social e decidi editar, arrumei a minha bio e coloquei uma música que gostava desde quando eu estava na fase da pré-adolescência.

Decidi postar uma foto que havia tirado no canil em que adotei Belligol, e coloquei uma legenda fofa com ele. Era a única foto que eu tinha postado, então resolvi tirar uma selfie nesse lugar e postei logo em seguida.

Eu não tinha nenhum seguidor e também não estava seguindo ninguém, era certeza que ninguém iria me seguir ou me encontrar nesse perfil, então desliguei o celular e voltei a minha vida.

Comecei a andar pelas ruas de Barcelona e cada lugar que passava eu fotografafa, minha mãe iria amar conhecer tudo, então por que não fotografar para ela ver também?

Inclusive, que falta que estava sentindo dela. Mas não podia ligar pelo fato do meu pai ser um homem de meia idade e rabugento, quem diria que ele se tornaria isso.

Fui seguindo até encontrar um terreno vazio, mas era muito estreito então nem me dei o trabalho de marcar o número do telefone.

Andei mais alguns quarteirões e encontrei uma loja, ela ainda funcionava mas estava escrito vende-se na porta, então resolvi entrar.

Não havia nenhum cliente, mas entrei mesmo assim.

_ Eu posso ajudar? - Uma mulher de aparentemente trinta anos me atendeu com um sorriso no rosto, ela usava um cachecol vermelho enrolado no pescoço, e achei aquilo divino.

_ Amei o cachecol. - Elogiei, afinal não custava nada.

_ Obrigada. - Agradeceu olhando rapidamente para ele com um sorriso sútil nos lábios.

_ Eu vi a placa de vende-se.. - Falei apontando para porta.

_ A sim, estamos vendendo, você está interessada? Gostaria de dar uma olhada? - Ela era muito gentil, então assenti seguindo ela. _ Como pode ver, precisa fazer alguns reparos, mas meu avô tem as escrituras e o contrato tudo certinho, se você quiser verificar.

Country on fire - Jude BellinghamOnde as histórias ganham vida. Descobre agora