Country on fire - Jude Bellingham

Paternidade

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Já era um novo dia, na noite anterior antes que pudesse sentir falta de Jude, claro que eu não admitiria isso em voz alta, ele me ligou.

Me disse que havia chegado na casa do Rodrygo e que iria ficar por lá mesmo, fiquei pensando se não seria melhor que ele avisasse a mãe dele, mas provavelmente ele fez isso e quis me avisar também, como quem diz: Cheguei bem, não se preocupe.

Depois da longa conversa que se findou a meia noite, decidimos que o dia seguinte seria puxado, então fomos dormir.

Hoje acordei com os latidos de Belligol e graças a ele, consegui chegar no horário no trabalho.

Hoje tinha jogo do Real, então era somente disso que os funcionários falavam na loja, isso quando não apostavam quantos gols Bellingham faria.

Fiquei pensando se apareceriam muitos clientes, mas não. Não havia quase ninguém e foi assim até que a partida se iniciou, o dono e também meu chefe estavam na loja para se certificar que estaria tudo bem, então hoje Gael que estava aqui, animado assistindo seu time preferido jogar, mas ele estava misturado com os demais funcionários.

Todos os funcionários estavam sentados, tanto no chão quanto nas cadeiras em frente a televisão e eu estava no fundo com as costas encostada no balcão, assistindo o jogo um pouco longe dos demais, com Henrique ao meu lado.

_ Vocês tem alguma coisa? - Henrique perguntou, mas não olhei para ele. _ Sabe.. com o Bellingham.

_ Não sei, isso me complicaria? - Perguntei e ouvi ele suspirar alto.

_ Ele é um jogador famoso e todas as meninas são fanáticas por ele. Acha mesmo que consegue esconder isso, sendo que ele vem te buscar e trazer praticamente todos os dias?

_ Não deveria ser nada demais.

_ Mas você sabe que é. E mais cedo ou mais tarde, vão descobrir também. E você será a única prejudicada nessa história.

_ E o que você sugere? - Queria ter uma opinião, mas a verdade era que talvez, eu não gostasse da resposta que viria em seguida.

_ Se eu fosse você, terminaria qualquer coisa que está acontecendo, antes que seja tarde.

_ Por que? Por que ele é um jogador famoso? - Foi então que olhei para ele pela primeira vez.

_ Exatamente, eu não quero ser pessimista Isa, mas você sabe como isso vai terminar e não vai ser ele que será prejudicado. - Respondeu olhando para frente, enquanto fiquei pensando no que ele havia dito.

_ Gael, não grita. - O pai de Gael falou e por causa de Henrique eu não sabia o que estava acontecendo.

_ Mas pai, eu não estou gritando, eu só quero poder ir ao estádio no próximo jogo.

_ Já conversamos sobre isso, você foi uma vez, mas agora não pode ir. Tenho muito trabalho.

_ O que adianta esse maldito trabalho se você não tem tempo para mim? - Conseguia ver a frieza no olhar do pai de Gael, mas não fazia ideia do que estava acontecendo, assim como todos os funcionários.

_ Esse maldito trabalho é o que paga as suas coisas, deveria ter respeito e tomar cuidado de como fala comigo, eu sou seu pai e você não pode falar assim comigo.

_ Eu te odeio! - Gael gritou saindo correndo pelo corredor da loja, deixando seu pai sem graça na frente dos funcionários que observavam a discussão sem sentido que havia acontecido.

_ O que aconteceu aqui? - Perguntei olhando para Henrique que deu de ombros, tão confuso quanto eu.

_ Sei lá, só sei que o Gael é muito mimado. Se eu fosse o pai dele, daria uma lição e um castigo, essas crianças de hoje em dia estão cada vez pior.