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Estar com Bellingham desde do início foi algo fora da minha realidade. Costumava não dar bola para ele, não ligava para o que ele dizia e brigávamos o tempo todo. Mas depois as coisas foram mudando, meus sentimentos se afloraram e ele fez tudo que um dia eu pedi para não fazer. Agora ele está com a cara de arrependido e fica me irritando por não me dar um minuto para pensar.
_ Você para com isso! - Falei tirando a sua mão de cima da minha e me levantei com a minha camisa em mãos.
_ Teimosa. - Falou se levantando também. Eu não era teimosa, e se eu for, não é por causa dele que eu vou deixar de ser.
_ Você é um cínico, sabia? Você fica beijando qualquer uma por aí e agora fica falando de coração. Vai a merda, Jude. - Falei brava e ele cruzou os braços indignado.
_ Não foi um beijo, ela só encostou e depois eu me afastei.
_ Isso é um beijo, seu bocó. - Era só o que me faltava, ele tentando me ensinar o que não seria um beijo. Me poupe Jude Bellingham.
_ Sabe o que é um beijo? - Perguntou e decidi ignorar, já estou cansada disso para ficar dando trela.
_ Não preciso que você fique me falando o que é um beijo, eu sei o que é um beijo. - Respondi me virando para a porta do elevador e foi quando senti a mão de Jude me virar com certa brutalidade e no mesmo instante senti seus lábios roçarem os meus. _ Não se atreva. - Murmurei parada, sem reação, enquanto ele apertava minha cintura.
_ Sabe qual a sua sorte? - Perguntou e levantei meu olhar para seus olhos. _ Que eu estou como no dia em que nos conhecemos. Quero que você me dê esse beijo. - Sussurou em meus ouvidos.
_ Tem alguém aí? - Escutei alguém gritar do lado de fora do elevador e me afastei de Jude vestindo minha camisa.
_ Tem moço, mas podemos aguentar mais algumas horas!! - Jude gritou e balancei minha cabeça em negação.
_ Não podemos, não!! Moço abre isso logo, por favor!!
_ Exagerada. - Jude disse rindo do meu desespero.
_ Seu cretino. - Murmurei encostando na parede do elevador, enquanto esperava o moço abrir esse negócio.
Demorou uns vinte minutos para que abrissem o elevador e quando ele abriu, agradeci rapidamente e passei o mais rápido possível indo na direção das escadas, afinal, estávamos no sétimo andar ainda.
_ Não corre, Isadora. - Ele não me deixava em paz.
_ Você quer me vencer pelo cansaço, só pode. - Falei olhando para trás, mas segurando forte no corrimão para não cair.
_ Não estou fazendo nada. Só acho perigoso correr na escadaria, ainda mais com essas luzinhas fracas.
_ É sério? Vou correr então. - Me virei e comecei a descer rápido os degraus. Mas por não ser boba nem nada, eu me segurei no corrimão para não cair.
_ Teimosa. - Falou pulando três degraus e parando na minha frente. Tentei desviar, mas ele não deixou, me fazendo ficar um degrau para cima.
_ O que você quer? Para de me encher, vai sair e ficar com as suas amiguinhas aguadas, agora sai da minha frente.
_ Vou lá então. Daí você pode ficar com o desnutrido espanhol.
_ Inclusive ele é um gostoso. - Falei tentando passar por ele, mas ele simplesmente me segurou pela cintura e me colocou contra a parede.
_ Você não me testa, Isadora. Podemos estar passando por uma fase difícil, mas não sei o que faço se você falar isso denovo daquele desnutrido na minha frente.
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Country on fire - Jude Bellingham
RomanceISADORA BENNETT uma brasileira que desde criança amava assistir aos jogos do Barcelona com seu pai e que cresceu ouvindo que quando fosse maior de idade, entraria na Universidade de Barcelona para cursar Comércio Exterior. Ao completar 19 anos, a ga...